O professor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Gabriel Mendes, de 31 anos, formado em engenharia mecânica, teve uma ideia inusitada e divertida ao propor para os alunos que substituíssem a palavra “presente” da chamada por frases corriqueiras ditas pelas mães.
“Nem de longe eu imaginava um alcance desses. Acho que o pessoal se identificou, vi muitas mães compartilhando com os filhos… Muitos filhos também compartilhando com suas mães. Quem nunca ouviu alguma daquelas frases, né?!”, comentou o professor.
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A ideia surgiu após o professor comentar em sala de aula algumas frases que sua mãe falava – e que fala até hoje. Diante dessa situação, os alunos quiseram compartilhar também as frases recorrentes que escutavam, e isso transformou-se na chamada do dia. Os vídeos começaram a ser gravados no início do ano e a iniciativa partiu dos próprios estudantes.
Com cinco turmas em disciplinas voltadas para a área técnica em mecânica, automação e química, o educador destacou que as conversas sobre outros assuntos favorecem a aproximação e ajudam a criar um ambiente de interação e de descontração, facilitando a aprendizagem dos alunos. Além disso, ele busca exemplos lúdicos e outras formas de abordagens para dar maior dinamicidade às aulas.
“Os vídeos foram algo natural… Partiu dos próprios alunos. Eles começaram a fazer algumas gravações, alguns professores não gostam da ideia de serem filmados, mas eu não importo e entendo que isso é uma nova era. Eles são muito atraídos pelos vídeos de internet, então pensei: ‘Se eles gostam desse método, não vejo por que não me adaptar também’. Tem dado certo”, afirmou.
As frases, em geral, são tão marcantes que ficam registradas na memória. Difícil não se lembrar de pelo menos uma delas:
“Quando eu chegar em casa a gente conversa!”
“Leva o guarda-chuva que vai chover.”
“Quem disse que você vai? Não vai não!”
“Na volta a gente compra!”
“Não fez mais que sua obrigação.”
Confira os vídeos:
Depois da receptividade dos alunos, as novas chamadas seguiram um processo semelhante, mas com outras propostas – eles deveriam citar um “Presentim Baratim pro Dia dos namorados”, “Crush famoso” e “O que farei nas minhas férias?”.
Outros professores também têm adotado a mesma dinâmica e o resultado não é diferente – os alunos gostam e sempre participam. Por exemplo, Frederico Lopes Vieira, que ministra aulas de matemática em Goiânia, além da chamada, aposta em inovações dos métodos de ensino como caracterização com fantasias e atividades recreativas.