Casa de barro branco e areia, de Genedilson Ferreira Monteiro, une o poético e o fantástico em drama familiar sobre luto
Um caderno de poesia une dois estranhos que partilham o mesmo teto na paradisíaca praia de Tabatinga, na Paraíba. No que deveria ser um cenário deslumbrante, o verde da Mata Atlântica e o azul do oceano são acinzentados por mágoas, silêncios e assuntos inacabados.

Com uma narrativa que mescla poesia e fantasia, Casa de barro branco e areia marca a estreia do jornalista paraibano Genedilson Ferreira Monteiro como romancista. Publicado pela Lura Editorial em 2024, o livro traz um drama familiar contado a partir do ponto de vista de um filho abandonado pelo pai ainda criança e que depois de adulto se vê na função de cuidador daquele que o deixou.
A objetividade dos cuidados exigidos pela saúde desse pai ausente toma conta da rotina, até que após a perda o narrador precisa lidar com o luto enquanto uma tormenta de sentimentos desemboca em uma profunda solidão.
“Solidão é quando
A gente fica cercado
De ninguém e nada”
No fim das contas, é possível fazer as pazes com o passado? Para tentar responder a essa pergunta, Monteiro mergulha no mundo fantástico através das raízes da mitologia indígena, tendo na figura do beija-flor um elemento essencial, para guiar o narrador desta obra em uma jornada de aceitação, compreensão e reconciliação. Um lembrete da preciosidade e efemeridade da vida.
“A mensagem do livro é a de que você precisa abrir seu coração nos momentos mais simples, nos momentos mais pequenos, nos momentos mais inexpressivos em que você esteja com pessoas que você precisa dar uma palavra de apoio, dar uma palavra de afeto, dar uma palavra de reconhecimento, de gratidão… Uma palavra de perdão, de pedir perdão ou de ouvir um perdão, e de perdoar, porque a vida é muito curta e todo mundo faz uma viagem sem volta um dia”, afirma Monteiro.
Sobre o autor:

Genedilson Ferreira Monteiro nasceu em Campina Grande-PB e formou-se em jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba. Desde jovem, demonstrou interesse por literatura e poesia, tendo escrito os seus primeiros versos ainda no ensino médio. Trabalhou por alguns anos como assessor de imprensa e colaborou esporadicamente com veículos de comunicação em sua cidade. Posteriormente, mudou-se para a capital, João Pessoa, onde é servidor do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Em 2022, publicou um conto e uma poesia em coletâneas da Lura Editorial na 26a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Em outubro de 2025, estará presente na Bienal do Livro de Pernambuco com o livro Casa de barro branco e areia, que marca sua estreia como romancista.
Sobre a Lura Editorial:
LURA (lu·ra), do latim lura: abrigo de certos animais, especialmente coelhos e lebres. A Lura Editorial inspira-se em um modelo cada vez mais presente nos Estados Unidos e Europa: prestação de serviços gráficos e editoriais para autores independentes. Atualmente, está situada em São Caetano do Sul, SP, Brasil, e em Orlando, FL, EUA.
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