Costuma-se dizer que a palavra é capaz de convencer, no entanto, é o exemplo que pode contagiar e influenciar. É assim que Miguel Annunciato, de 10 anos, de Sorocaba (SP), inspirado principalmente pela irmã mais velha, Nicole Annunciato, resolveu escrever seu próprio livro – dessa forma, surgiu “Detetive Minhoca”.
“A história surgiu enquanto eu assistia alguns desenhos. Depois de ler os livros da minha irmã, eu tive uma ideia de uma minhoca. Ela achou engraçado e me incentivou. Eu gosto muito de suspense, igual ela escreve”, contou Miguel em entrevista.
Nicole, que já possui três livros e dois contos publicados, notou que a história do irmão poderia ser transformada em livro: “Eu tento incentivar ele a ler desde pequeno. E é muito legal pensar que essa história saiu toda da cabecinha dele. Até o papel de parede do celular dele é meu livro, é meu maior fã”, relatou.
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“Detetive Minhoca“, que está entre um dos finalistas na 6ª edição do Prêmio Ecos da Literatura na categoria Melhor Livro Infantojuvenil, narra a jornada do personagem tentando descobrir para onde foram todas as frutas do mundo.

A irmã, que é jornalista e autora dos livros ‘O dia em que o Sol se foi‘, ‘I.A.RA’, ‘Departamento Nacional de Ocorrências Sobrenaturais‘ e ‘FAX’, participa do mesmo concurso e é finalista na categoria Melhor Conto Digital.

O garoto quer continuar escrevendo e pensa até em ilustrar os próprios livros: “Eu adoro desenhar também e os desenhos fazem os livros serem mais legais e chamativos. É muito legal quando alguém lê meus livros. Tento fazer meu máximo para as pessoas gostarem”, afirmou.
Miguel sabe que pode contar com o apoio e incentivo, no entanto, Nicole reforça que ele só irá continuar se essa for a sua vontade: “Enquanto ele gostar e quiser, vou incentivar. Acho a escrita e a literatura muito importantes, e mesmo que futuramente ele não queira seguir nessa área, isso é algo que a gente leva o aprendizado pra vida. Imagina que legal quando ele foi adulto ver um livrinho que ele escreveu quando era criança? É muito legal, mas, por enquanto, ele não precisa se pressionar com isso de ‘querer ser escritor’. Ele tem que brincar e se divertir, tudo tem a hora certa. Se escrever for divertido pra ele, então vamos escrever.”