O infantojuvenil “As Belas Coisas da Vida” nos transporta para os verões em São Pedro do Mar, onde o menino Dom Miguel, na casa de praia do tio Tatí, descobre um mundo cheio de possibilidades e ternura. Entre conversas curiosas e a diversão de construir castelos de areia, tio e sobrinho fortalecem um laço afetivo que supera a distância e os desafios do tempo. Escrita por Aline Marosa e dirigida por Márcio Nascimento, que também atua no espetáculo, esta montagem nos convida a perceber a beleza nas pequenas coisas e a nunca perder o fascínio pelo mistério.
“Esta é uma peça que enaltece a importância das pessoas que cruzam nosso caminho, deixando um pouco de si, seja um familiar, amigo, professor, taxista ou vizinho. É um olhar generoso para o outro, para sua história, e para a simplicidade do encontro”, destaca Márcio, que convidou seu sobrinho do coração, Miguel, de 10 anos, para interpretar o papel.
Durante os meses em que Dom Miguel e tio Tatí estão separados, a troca de cartas se torna uma ponte essencial entre eles. O menino, que se esconde do mundo sob um balde na cabeça, enfrenta dificuldades em se relacionar com outras pessoas e, muitas vezes, se sente perdido em sua própria insegurança. As correspondências, sempre recheadas de afeto e incentivo para que ele não esmoreça, são entregues pela gaivota Clarim, a fiel escudeira da dupla.
Leia também: “A história de Kafka e a boneca viajante”: a experiência inventiva da leitura
Os anos se passam nessa dinâmica entre férias na praia e trocas de cartas à distância, até que Dom Miguel descobre que seu tio está, aos poucos, perdendo a memória. Impactado pela notícia, o menino inicia uma cruzada para proteger as boas lembranças dos verões compartilhados com seu melhor amigo. Nessa jornada, brincando com o tempo passado e presente, ele conversa com o Mistério, viaja em tapetes voadores e compreende como funciona o armazenamento de memórias no cérebro. À medida que se torna mais confiante, Miguel gradualmente abandona o balde na cabeça, assumindo seu papel como o grande guardião das recordações do tio Tatí, que, a certa altura, já não o reconhece mais.
“Durante as minhas pesquisas, conversei com familiares que convivem com pessoas acometidas pelo Alzheimer, para entender o que mantém os laços de afeto quando as memórias escapam. E realmente, a resposta é sempre o amor”, enfatiza Aline, que também se inspirou no livro “As Mais Belas Coisas do Mundo”, de Valter Hugo Mãe, para compor a dramaturgia.
O músico Maurício Durão, autor e diretor da trilha sonora original, e o violoncelista Marcio Malard completam o elenco, onde, além de tocar os instrumentos, participam ativamente da cena, tornando-se personagens em si mesmos, com suas intervenções musicais que dialogam diretamente com a trama. A encenação utiliza formas animadas e manipulação de bonecos, acrescentando uma camada a mais de fantasia ao enredo.
Selecionada pelo edital Sesc Pulsar 2023/2024, “As Belas Coisas da Vida” estreia no dia 31 de agosto no Sesc Tijuca e fica em cartaz até 13 de outubro, com apresentações aos sábados e domingos, sempre às 16h.
Serviço:
Quando: 31 de agosto a 13 de outubro de 2024 (exceto dias 21 e 22 de setembro)
Dia/Hora: Sábados e Domingos, às 16h.
Sessões extra: 27 de setembro (às 11h e às 15h)
Local: Sesc Tijuca (Teatro I)
Ingressos: R$ 2 (associado do Sesc), R$ 5 (meia-entrada), R$ 10 (inteira), Gratuito (PCG)
Endereço: Rua Barão de Mesquita, 539, Rio de Janeiro – RJ
Bilheteria – Horário de funcionamento:
- Terça a sexta – de 7h às 19h30
- Sábados – de 9h às 19h
- Domingos – de 9h às 18h
Classificação: Livre
Duração: 60 min
Capacidade: 150 lugares
Marcio Nascimento – Idealização, direção e atuação:
Ator, animador de bonecos e diretor, integra a Cia. PeQuod de Teatro de Animação desde 1999. No ano de 2019, idealizou, atuou e dirigiu ao lado de Miwa Yanagizawa, o espetáculo Iago, e foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator. No teatro infantojuvenil, recebeu três prêmios Zilka Salaberry como melhor ator; e um Prêmio CBTIJ de melhor ator em papel coadjuvante. Dirigiu os espetáculos infantojuvenis: Cadê Mafalda?, do Grupo Rerigtiba de Anchieta/ES em 2023; Seu Miguel, Seu Miguel e O Menino que Plantava Flores em 2021. Trabalhou como ator e diretor de movimento dos bonecos dos espetáculos da Artesanal Cia de Teatro, dentre eles, O Homem que Amava Caixas e O Gigante Egoísta.
Aline Marosa – dramaturgia:
Aline Marosa é atriz, autora, diretora, musicista, palhaça e figurinista. É coautora da minissérie O Menino que Plantava Flores (2021), biografou Santos Dumont (2015/Museu do Amanhã), escreveu Vovô Tempo e a Roda Girante (2020 – SESI-RJ). É atriz e coautora de Um Sonho para Mèliès (2016/Oi Futuro), A História das Histórias (2017/SESC-RJ e Doutores da Alegria), Onde Moram os Sonhos (2018/Doutores da Alegria). Integrou os elencos de A Corrida do Ouro, do Ateliê Maschere (2019 e 2022); Lupita, de Flávia Lopes (2020/Oi Futuro / 2022 SESI-SP / 2023 SESI e SESC-RJ). Fez a assistência de direção de O Aniversário de Bu (2022/ SESC-RJ), com a Inepta Cia. Premiada no Festival O Bosque – PUC-Rio 2020. Indicada a Melhor Direção por O Quadro (2021/IX Festival Ziembinski), vencedor de Melhor Esquete no Festival. Indicada a melhor visualidade no Festival de Teatro de Cabo Frio/RJ (2022) e no festival de teatro Ziembiski / Os Ciclomáticos (2023) com a cena O Dia em Que Ninguém Morreu, do grupo Coxias e Trincheiras.
Ficha Técnica
- Dramaturgia: Aline Marosa
- Direção: Marcio Nascimento
- Intérpretes: Miguel Malard e Marcio Nascimento
- Stand-in: Gustavo Kaz
- Direção Musical e Música Original: Maurício Durão
- Músicos: Marcio Malard e Maurício Durão
- Bonecos e Identidade Visual: Dante
- Cenário e adereços: Carlos Alberto Nunes
- Figurino: Kika de Medina
- Iluminação: Diego Diener
- Visagista: Mona Magalhães
- Preparação corporal: Paulo Mazzoni
- Preparação vocal: Debora Garcia
- Fotógrafo e redes sociais: Daniel Barboza
- Assessoria de Imprensa: Lyvia Rodrigues | Aquela que divulga
- Direção de Produção: Carolina Bellardi e Fernanda Pascoal
- Produção Executiva: Fernando Queiroz
- Coordenação de Produção: Bárbara Galvão, Carolina Bellardi e Fernanda Pascoal | Pagu Produções Culturais