Tracy Smith é uma das poetas contemporâneas mais celebradas. Memorialista, editora e tradutora, ela foi vencedora do Prêmio Pulitzer. Foi a 22ª Poeta Laureada dos Estados Unidos entre 2017 e 2019, período em que liderou o projeto American Conversations: Celebrating Poetry in Rural Communities com a Biblioteca do Congresso, criou o podcast The Slowdown, da American Public Media, e organizou a antologia American Journal: Fifty Poems for Our Time.
Smith é autora de cinco livros de poesia: Such Color: New and Selected Poems, vencedor do New England Book Award de 2022; Wade in the Water, premiado com o Anisfield-Wolf Book Award de 2018; Life on Mars, que recebeu o Prêmio Pulitzer em 2012; Duende, vencedor do James Laughlin Award da Academia de Poetas Americanos em 2006; e The Body’s Question, agraciado com o Cave Canem Prize em 2003. Seu livro de memórias, Ordinary Light, foi finalista do National Book Award de 2015 na categoria não ficção.
Ela chega ao Brasil com “Vida em Marte”, publicado por aqui pela Relicário Edições. O livro, segundo o New York Times Book Review, um dos livros de poesia mais notáveis de 2011 e premiado em 2012 com o prestigioso Prêmio Pulitzer de Poesia, Tracy K. Smith imagina uma trilha sonora para o universo.
Sua poesia, com referências tiradas de David Bowie e da ficção científica, acompanha as descobertas e fracassos da existência humana para nos sugerir que o importante não é tanto desvendar os enigmas do universo, mas sim acolher o seu mistério.
Ainda assim, todos buscamos respostas — na religião, na ciência, na arte —, mas a interrogação permanece viva, não se encerra, especialmente quando nos deparamos com a perda e o luto. É por isso que Smith, que escreveu esses poemas após a morte de seu pai, um dos engenheiros do Telescópio Hubble, constrói sua metáfora marciana: o espaço exterior, sinônimo daquilo que não pode ser plenamente conhecido, onde seu pai se desvaneceu. Eleva o olhar às estrelas, mas focaliza a lente de seu telescópio no concreto, no íntimo, até mesmo no doméstico.
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Em matéria exclusiva para o Nota, Tracy destacou os 5 livros que mudaram a sua vida. Confira:
1. Death of a Naturalist, de Seamus Heaney
“A música visceral da linguagem de Heaney cria um poderoso senso de comunidade em poemas que exploram família, história e traçam o surgimento de sua vocação poética. Este foi o livro que despertou em mim o desejo de me tornar poeta”, disse a autora
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2. Magic City, de Yusef Komunyakaa
Com metáforas vívidas e impactantes e ritmos influenciados pelo jazz e pela linguagem coloquial, esses poemas exploram a alegria e a sabedoria amarga da infância, da família e do perdão.
“Obras como “Venus’s Flytraps” e “My Father’s Love Letters” me cativaram, mostrando que um poema não precisa resolver ou explicar as raízes de um conflito para testemunhar seus efeitos.”, afirmou Smith
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3. To Repel Ghosts, de Kevin Young
“Este livro, que explora a vida do artista Jean-Michel Basquiat, me surpreendeu com sua ambição, expandindo minha compreensão do que a poesia pode alcançar. Ela pode ser história, biografia, um telegrama aos mortos. Young fala em línguas, canalizando Basquiat e seu círculo, criando um retrato de uma cultura inteira”, disse a autora
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4. Poemas Escolhidos, de Elizabeth Bishop
Bishop é quase universalmente reverenciada pelo poder de suas descrições, sua maneira meticulosa de observar o mundo e recriá-lo fielmente em palavras. Seus poemas mapeiam uma jornada por diferentes estágios de atenção, e, com o tempo, seu olhar aguçado revela um desejo—muitas vezes impossível—do eu lírico: mergulhar completamente no mundo para ser tocado e transformado por ele.
“At the Fishhouses” é um dos meus exemplos favoritos, junto com “Crusoe in England” e “The Riverman”, poemas marcados pela vida de Bishop no Brasil.
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5. Quilting, de Lucille Clifton
“Quilting nos convida a enxergar os lugares e espaços comunitários que a imaginação coletiva ignorou ou descartou. Nos versos iniciais de “Study the Masters”, Clifton subverte a expectativa de “maestria”, redirecionando-a para a “tia Timmie”, que “alisava os lençóis / onde o grande poeta dormia”.
Clifton é uma gigante. Sua consciência e sua mente inquisitiva nos conduzem pela história, por eventos globais e pela mitologia, sempre nos conectando com a amplitude e a complexidade da vida negra.”
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