O padre Júlio Lancellotti, de 72 anos, tem sido reconhecido por apoiar minorias e ser um dos pontos fortes do pensamento religioso progressista no Brasil. No começo de junho, o padre fez uma live em que indica alguns livros para quem quer conhecer um pouco mais sobre o mundo contemporâneo e virou alvo de ataques do que ele chama de “milícias virtuais”. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele relatou ter sido “bombardeado” pelas redes sociais, ligações no celular e recados no Whatsapp por jovens católicos que fariam parte de uma milícia.
Como é regra no NotaTerapia, sempre que alguém tenta censurar um livro, a gente indica!
“O Deus das vítimas”, de Edevilson de Godoy (sobre a presença divina nos marginalizados)
O doutor em Teologia e Ciências da Religião, Prof. Edevilson de Godoy, trata nessa obra sobre o Deus que se revela nos pequenos, nas vítimas, em todos aqueles que estão à margem do mundo. Na primeira parte, o autor discorre sobre a solidariedade do Deus judaico com as vítimas oprimidas, ao rechaçar a violência coletiva. Na segunda parte, apresenta Jesus como a revelação da face íntima de Deus, a partir da teoria mimética, analisando temáticas centrais, como: encarnação, reino de Deus, Filho do Homem e sua conduta apocalíptica, paixão, morte e ressurreição.
“Teologia e os LGBT+”, de Luís Corrêa Lima, (sobre a realidade dessa população na perspectiva da teologia)
Pensar a realidade da população LGBT+, na perspectiva da teologia, exige, antes de tudo, deixar-se sensibilizar por suas dores e conflitos penosos, bem como reconhecer seus talentos, contribuições e possibilidades, superando estigmas que, desde há muito tempo, construíram concepções sexualizadas e jocosas dessa população que, ainda a duras penas, alcança maior visibilidade. Longe de ser uma questão meramente abstrata, o tema da teologia e os LGBT+ se lança a uma realidade que diz respeito à vida concreta de muitas pessoas que nem sempre são acolhidas pela comunidade cristã. O objetivo deste livro é encorajar a derramar óleo e vinho nas feridas humanas e colaborar para o progresso da doutrina. Nossas palavras podem salvar vidas, ou podem destruí-las
“Deus e o mundo que virá”, (uma conversa do papa Francisco com o vaticanista italiano Domenico Agasso sobre a pandemia)
Em meio à tempestade, o Senhor nos convida a acordar e ativar a solidariedade e a esperança, sustento e significado nesta hora em que tudo parece naufragar”. À medida que a pandemia se alastrava, com suas angústias e consequências, Francisco se revelava um ponto de referência constante, não apenas para os fiéis, mas para todos aqueles que sofriam pela doença ou a enfrentavam em suas diversas frentes. Com suas palavras calorosas, diretas, ricas de imagens sugestivas, Francisco exorta a combater o vírus da indiferença e do egoísmo que tem conduzido o mundo para o abismo da destruição e, sobretudo, a cultivar com persistência a esperança, que não poupa do mal, mas nos dá forças para enfrentar os obstáculos, até mesmo aqueles que parecem insuperáveis.
Veja em vídeo aqui:
a
Comentários estão fechados.