No início do século passado, na fronteira entre Quebec e o estado de Velmot, uma viúva construiu uma casa de ópera e uma biblioteca, a Haskell free library. O local é conhecido por ser de fácil acesso entre o Canadá e os Estados Unidos. No entanto, autoridades estadunidenses passaram a restringir o acesso à biblioteca. Canadenses que não possuem cartão de biblioteca não podem mais transitar pela calçada e pela entrada principal, que ficam do lado dos Estados Unidos. O Governo Trump justifica que as ações são para impedir a entrada de drogas.
A medida ocorreu após a visita da secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, que, segundo os funcionários da biblioteca, andava sobre a demarcação da fronteira dizendo 51º estado, EUA”. Sylvie Boudreau, presidenta do conselho de administração da biblioteca comenta que:
Martha Stewart Haskell queria deliberadamente a biblioteca na fronteira, mas não creio que em 1901 ela poderia imaginar onde estaríamos hoje.

“Embora eu tenha trabalhado em uma alfândega, eu sou uma pessoa que acredita que não deveriam existir fronteiras. É utópico, eu sei.”, diz Boudreau. “Ao mesmo tempo, entendo os riscos, as pessoas entram e saem e seus dados não são inseridos no sistema,” ela acrescenta.
Por mais de um século, canadenses e estadunidenses compartilharam o espaço bibliotecário. Essas condutas do governo do Presidente Trump acontecem em meio a fragilidade diplomática entre ambas as nações. Já o senador de Vermont, Peter Welch, acredita que essa conduta seja preocupante. “Vermont ama o Canadá. Essa instituição cultural compartilhada celebra a parceria entre nossas duas nações”, compartilhou o político em um post do X.