“Fita Verde no Cabelo”: Clássico infantil Chapeuzinho Vermelho ganha versão com reinvenção e linguagem, características do autor mineiro
Para os admiradores de grandes clássicos, Fita Verde no Cabelo traz uma releitura de Chapeuzinho Vermelho com novas perspectivas. Originalmente parte de Ave, Palavra – livro póstumo do Guimarães Rosa publicado em 1970 – a obra mostra exatamente o que acontece quando João Guimarães Rosa coloca sua mente curiosa e observadora para trabalhar em uma narrativa infantil.
Neste lançamento da Global Editora, o projeto gráfico é de Mauricio Negro. A ilustração de capa recria os elementos importantes da história de uma maneira mais artística e atual. O autor, que é conhecido pelo estilo roseano e sua imersão na vida sertaneja, constrói uma fábula sem perder as características que fazem da sua literatura uma das melhores do Brasil.
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Diferente da história original, onde Chapeuzinho é levada pelas circunstâncias da vida com certa ingenuidade, a protagonista Fita Verde é colocada em uma posição distinta: confiante e independente para trilhar seu próprio caminho.
Além de reforçar a independência da protagonista, a obra aborda questões ambientais com o lobo mau exterminado por caçadores e a avó também ganha um destino diferente.
Mesmo com todas essas características, a qualidade imersiva e o projeto linguístico marcante de Guimarães Rosa estão presentes em cada capítulo do livro, criando uma obra simbólica e original.
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Ficha Técnica:
Obra: Fita Verde no Cabelo
Autor: João Guimarães Rosa
Ilustrador: Mauricio Negro
Páginas: 40
ISBN: 978-65-5612-324-0
Formato: 18 x 23
Preço sugerido: R$ 55,00
Sobre João Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa nasceu em 27 de junho de 1908 em Cordisburgo, Minas Gerais, e faleceu em 19 de novembro de 1967, no Rio de Janeiro. Publicou em 1946 seu primeiro livro, Sagarana, recebido pela crítica com entusiasmo por sua capacidade narrativa e linguagem inventiva. Formado em Medicina, chegou a exercer o ofício em Minas Gerais e, posteriormente, seguiu carreira diplomática. Além de Sagarana, constituiu uma obra notável com outros livros de primeira grandeza, como: Primeiras estórias, Manuelzão e Miguilim, Tutameia — Terceiras estórias, Estas estórias e Grande sertão: veredas, romance que o levou a ser reconhecido no exterior. Em 1961, recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra literária.