Incrível lista de quadrinhos lgbtqia+ para você ler agora mesmo!
Se tem uma coisa que a gente adora fazer aqui é indicar livros. Acreditamos que a melhor forma de espalhar leituras é, primeiro, dando exemplo, e lendo. E depois, ajudando a falar deles. Quando se trata de temas de minorias, então, é a nossa voz essencial para amplificar essas obras.
Pensando nisso, o NotaTerapia pediu pra ilustradora e quadrinhista Helena Cunha indicar 4 quadrinhos contemporâneos, além do dela – que ela indicaria. Começando por Boa Sorte, publicado pela autora, esta foi a lista:
Boa Sorte, de Helena Cunha
Boa Sorte é uma graphic novel que retrata um ano – o pior de todos – na vida de Julieta. Começando a entender sua sexualidade e se abrir para as novas experiências que a adolescência traz, ela tem seu processo de autoconhecimento interrompido pela morte de sua irmã mais velha. O suicídio de Laura expõe as fraturas da família e a fragilidade de tudo que antes parecia ser sólido feito pedra.
Perdida entre o luto e o divórcio dos pais, Julieta é forçada a ir viver com a avó em uma cidadezinha esquecida pelo mundo, onde passa os dias recebendo ordens e revirando as caixas empoeiradas do porão atrás de respostas que nunca vêm.
Solitária, ela escreve para a irmã morta sobre sua nova rotina, ao mesmo tempo em que busca entender por que Laura tomou uma atitude tão drástica e definitiva.
Boa Sorte é uma história sobre os desdobramentos da morte de um ente querido e as várias faces do luto, mas também é sobre o amadurecimento e o mundo de novas possibilidades e sensações trazidas pela adolescência, especialmente quando você parece não se encaixar. É sobre o poder de salvação da gentileza e da amizade, e a coragem de continuar vivendo mesmo quando dói.
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Arlindo, da Ilustralu
Arlindo é um garoto cheio de sonhos e vontade de encontrar seu lugar no mundo. Tudo o que ele quer é seguir sua vida de adolescente na cidadezinha onde mora, no interior do Rio Grande do Norte. Ele aluga filmes na locadora com as amigas todo sábado, sente o coração bater mais forte pelas primeiras paqueras, canta muito Sandy & Júnior no chuveiro, e ainda cuida da irmã mais nova e ajuda a mãe a fazer doces para vender.
Por mais que ele se esforce e dê o seu melhor, muita gente na cidade não aceita Arlindo — o que traz uma série de problemas na escola e até mesmo dentro de casa. Aos poucos, porém, ele vai perceber que vale a pena lutar para ser quem ele é, ainda mais quando tem tanta gente com quem contar.
Com um traço divertido, cores vibrantes e um monte de referências aos anos 2000, esta história em quadrinhos que já conquistou milhares de fãs na internet fala sobre encontrar forças nas pessoas que a gente ama e dentro de nós mesmos.
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Piruetas, da Tillie Walden
Por 10 anos, a patinação artística foi tudo para Tillie Walden. Ele acordava antes do amanhecer para os treinos matinais, ia direto para o treinamento em grupo logo depois da escola e passava os fins de semana competindo em pistas de gelo em todo o país. Patinar era uma peça-chave de sua identidade, um porto seguro onde ele poderia se desconectar do estresse da escola, do bullying e da família. Com o passar do tempo, ele começou o ensino médio, se interessou por arte e se apaixonou pela que seria sua primeira namorada, e começou a questionar como o mundo fechado da patinação artística se encaixava no resto de sua vida. Nesta memória gráfica comovente e cativante, Tillie Walden, duas vezes vencedora do Prêmio Ignatz, captura perfeitamente como é crescer, sair do armário e concordar em deixar para trás tudo o que você costumava ser.
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Heartstopper, da Alice Oseman
Charlie Spring e Nick Nelson não têm quase nada em comum. Charlie é um aluno dedicado e bastante inseguro por conta do bullying que sofre no colégio desde que se assumiu gay. Já Nick é superpopular, especialmente querido por ser um ótimo jogador de rúgbi. Quando os dois passam a sentar um ao lado do outro toda manhã, uma amizade intensa se desenvolve, e eles ficam cada vez mais próximos.
Charlie logo começa a se sentir diferente a respeito do novo amigo, apesar de saber que se apaixonar por um garoto hétero só vai gerar frustrações. Mas o próprio Nick está em dúvida sobre o que sente ― e talvez os garotos estejam prestes a descobrir que, quando menos se espera, o amor pode funcionar das formas mais incríveis e surpreendentes.
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Histórias quentinhas sobre sair do armário, de Annima de Mattos, Aline Lemos, Ellie Irineu e Renata Nolasco
O momento de sair do armário, muitas vezes assustador, foi escolhido pra mostrar isso nem sempre tem que ser triste ou difícil, e que vale a pena viver a vida sem esconder quem se é.
Embora as histórias sejam fictícias, todas as autoras são LGBT e escrevem sobre temas relacionados à sua realidade.
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