O romance premiado é “O Plantador de Abóboras”, publicado em Portugal pela Abysmo e ainda sem edição no Brasil
O escritor do Timor-Leste, Luís Cardoso, foi anunciado o vencedor do Prêmio Oceanos com o romance “O Plantador de Abóboras”. É a primeira vez que um autor da Ásia aparece entre os finalistas e vencedores.
O canal no youtube do Itau Cultural anunciou o prêmio em transmissão online. O prêmio de literatura em língua portuguesa paga R$ 120 mil ao primeiro colocado. O livro foi publicado em Portugal pela Abysmo e está ainda sem edição no Brasil, o que deve acelerar a compra de direitos aqui no país.
Quem é Luís Cardoso?
Nascido no Timor Leste, Cardoso é pouquíssimo conhecido no país. Ele teve apenas o romance “Requiem para o Navegador Solitário” publicado aqui, em 2010, pela editora Língua Geral. Porém, ainda dá tempo de publicar, né?
Em “O Plantador de Abóboras”, seu sexto livro, ele arquiteta uma história atravessada pela violência que marcou o passado colonial do Timor-Leste.
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Sobre o livro
Poderá a mais encantatória das toadas narrar o desencanto? Com este romance, Luís Cardoso mostra que as vozes entrecruzadas das narrativas são canivete suíço que oferecem ao instante a ferramenta exata para abrir o que se esconde. Uma forma de esconder em quadro, em nome de personagem, em uma figura ou momento histórico. Uma mulher que espera e pinta. Mais que isso, que pensa. Por ela passam episódios, possibilidades, falhanços, recordações, antepassados, animais, países, homens, a História.
E o que fica nela de tudo? A mulher não coleciona, procura nos gestos a construção. De uma casa. Mas do amor. E para sempre a maior das histórias. Dizer o que acontece nestas páginas arrisca reduzir o que de humano, tão humano, o escritor faz acontecer. Mas a cada passo nos comovemos, rimos e refletimos. Timor, esse cenário mítico, não voltará a ser o mesmo depois desta viagem. Um encontro entre o concreto e mítico, Sancho Pança e Chibanga, as rosas e o café, o cavalo e o ganso, o Império Colonial e o Oriente. Este é o palco para narrar os modos de fazer mundo.
Conseguiremos ser donos das nossas sementes? Poderá o mundo ser uma abóbora?
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