Enquanto o brasileiro acompanha o sucesso de Marighella, o filme nacional mais assistido nos cinemas em 2021, o cantor e compositor Seu Jorge já se prepara para se ver nas telonas novamente. Dessa vez, interpretando o músico Pixinguinha, maestro, compositor, flautista e saxofonista Alfredo da Rocha Vianna Filho (1897-1973). Seus feitos são revisitados, sob a direção de Denise Saraceni, em Pixinguinha – Um Homem Carinhoso. O filme estreia nesta quinta-feira.
Sobre o trabalho, o ator disse a Isto É:
Ultimamente, por conta do que a pandemia mudou, tudo para mim é som. Estou sempre na música. Mas trabalho como ator há 20 anos e quando tenho a chance de viver um músico no cinema, essa experiência é uma consagração para mim – como é o caso de Pixinguinha, que é um instrumentista virtuoso em todos os sentidos. Vinicius de Moraes dizia que ele era um anjo na Terra. Sempre fui encantado com as histórias sobre a generosidade dele. O momento que mais me emociona em sua trajetória é quando ele e seu conjunto, Os Oito Batutas, saem do Brasil para divulgar nossa música no exterior.
Sobre Pixinguinha e o filme
Gênio incompreendido e muito à frente de seu tempo, só teve sua importância reconhecida muitos anos depois. Direção de Denise Saraceni, diretora de núcleo da TV Globo, em seu primeiro filme no cinema.
A vida do famoso músico, menino negro de classe media baixa é contada desde suas primeiras performances antológicas na flauta; a composição de suas muitas obras primas, dentre as quais “Carinhoso” o verdadeiro hino popular brasileiro, que fez 100 anos em 2017/18; sua temporada de 6 meses em Paris em 1922 com o retumbante êxito de seu conjunto “Oito Batutas”; seus arranjos como primeiro diretor musical para a Victor americana nos anos 30, sua decadência e ressurgimento nos anos 40; sua consagração nos anos 60 pelas mãos das novas gerações da bossa nova e do jazz; e sua morte na igreja N. S. da Paz no Rio de Janeiro em pleno carnaval de 1973 durante a passagem da Banda de Ipanema