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A última despedida – das palavras nos livros à lâmina do bisturi

por Jornal Nota 28 de março de 2017
por Jornal Nota 28 de março de 2017 0 comentário

“Ele não podia perder nem mais um instante. Tirou o machado por inteiro, levantou-o com as duas mãos, mal dando conta de si, e quase sem fazer força, quase maquinalmente baixou-o de costas na cabeça dela. Era como se nesse instante tivesse lhe faltado força. Mas foi só ele baixar uma vez o machado que lhe veio a força. A velha, como sempre, estava de cabeça descoberta. Os cabelos claros com tons grisalhos, ralinhos, habitualmente besuntados de óleo, formavam uma trança à moda de rabo de rato e estavam presos a um resto de pente de chifre que destacava na nuca. O golpe acertara em plenas têmporas, para o que contribuíra a sua baixa estatura. Ela deu um grito, mas muito fraco, e súbito arriou inteira no chão, mas ainda conseguiu levantar ambas as mãos até à cabeça. Em uma das mãos ainda continuava segurando o “penhor”. Então ele bateu duas vezes com toda a força, sempre com as costas do machado e nas têmporas. O sangue jorrou, como de um corpo derrubado, e o corpo caiu de costas. Ele recuou, deixou-a cair e no mesmo instante abaixou-se para lhe olhar o rosto; estava morta. Tinha os olhos esbugalhados, como se quisessem saltar, e a testa e todo o rosto franzidos e deformados pela convulsão” (“Crime e Castigo”, Fiodor Dostoiévski).

Era uma vez a Vida. E era uma vez a Morte, e ela sempre nos contará uma história, ou nos desafiará num jogo de xadrez. A machadada violenta desferida por Raskólnikov no crânio de Aliena Ivánovna na ficção de Dostoiévski caracteriza um caso de morte violenta que faz parte do dia a dia de Vinicius Cunha, sócio da Thanatology e prestador de serviços especializados na funerária São Cristovão, localizada em Canoas, Rio Grande do Sul. Vinicius lida com a “indesejada das gentes” todos os dias, desde no formato mais natural, à casos ao qual a Morte tira toda ou parte da identificação do aspecto físico do corpo. Casos como homicídios, acidentes de trânsito, adiantado estado de decomposição.

“Tinha sido um professor. Um ser humano. Dos melhores. Agora nem parecia um homem. Era apenas um cadáver brutalmente massacrado. Uma massa de sangue retorcida e pisoteada, jogada na calçada como um fardo de roupa suja. (…)
Alguém lembrou-se de cobrir o corpo como jornais. As manchetes falavam da violência urbana” (“Pântano de Sangue”, Pedro Bandeira)

Trazendo a ficção literária para o mundo real, caso Aliena, cadáver de Dostoiésvski, ou o professor de Pedro Bandeira passassem pela maca de aço inoxidável limpa e fria de Vinicius, qual seria o procedimento? Quais os procedimentos realizados pós-morte?

“As partes moles e quebradiças do crânio do cadáver afundam com o toque dos dedos. Aquilo que um dia foi chamado de cabeça começa a ser recriado, explorando as partes moles e musculares com o bisturi. Chega-se nas partes onde os ossos estão quebrados e afundados. Usamos materiais como ciberskin quando há perda total da face e em casos de perda óssea que envolve traumas cranianos e afundamento. A recomposição da face é realizada com gesso por baixo da pele. Para reconstrução nasal e lesões de pequeno e médio porte, argila e massa de modelar são um dos materiais utilizados. Em casos extremos, a reconstrução de corpos provenientes de mortes violentas pode durar até 12 horas de preparação.”

A reconstrução de cadáveres provenientes de morte violenta funciona tal como um quebra-cabeça. Juntam-se as peças, no caso as “partes” para projetar da maneira mais fiel possível a aparência que o falecido (a) tinha em vida.

“Quando criança, brincava de quebra-cabeça. Agora recrio imagens de fotografias que os familiares me fornecem. Cabeças estilhaçadas à bala, golpes de machado, acidentes de trânsito, trabalho e algumas tragédias que podem acontecer à todos. Com as fotos fornecidas pela famílias realizo enxertos, recrio partes ósseas. Aos poucos a última despedida e a dignidade são devolvidas. Este é o trabalho de um Tanatopraxista.”

A Tanatopraxia é uma técnica utilizada em cadáveres para preservá-los e reconstituir aqueles que passaram por morte violenta ou alguns tipos específicos de causa-mortis que deixam marcas, como por exemplo, escurecimento da epiderme causado por um infarto, por exemplo. A técnica utiliza-se de injeções de líquidos, através de uma máquina injetora que simula a circulação. O processo promove conservação do corpo, retardando o processo natural de decomposição. Além da conservação e higiene, também envolve a reconstrução e estética (unhas, cabelo e maquiagem). Primeiramente são retirados todos os fluídos do corpo e trocado por líquidos conservantes compostos de uma solução de formol entre outras substâncias. A injeção desses líquidos devolve ao corpo uma aparência natural e evita o extravasamento de líquidos, uma vez que devido ao relaxamento esfincteriano, há perda de fezes, urina e esperma, logo que morremos, por isso os orifícios são tamponados com algodão antes da preparação. Além de tudo isso, a técnica envolve massagem cadavérica para drenar os líquidos para diminuir o inchaço e o processo natural de rigidez cadavérica, além de liberar os gases causadores da putrefação. Todo o processo é realizado dentro de espaços denominados Tanatórios, que devem, por lei, respeitar uma série de padronizações técnicas e sanitárias.

Nosso personagem fúnebre da vida real sempre refletiu sobre a dificuldade que a maioria das pessoas tem ao lidar com o tema. Pensamos em tudo, na sua representação como finitude, os rituais, por vezes tão diferentes culturalmente, mas permeadas do medo da perda, uma reflexão moral sobre o lado trágico da existência. Os rituais fúnebres são coisas na vida ao qual a maioria das pessoas gostaria que não existisse ou que fossem esquecidos de uma maneira muito fácil. O trabalho realizado por Vinicius procura confortar as famílias dos mortos, oferecendo uma última despedida digna e sem preocupações.

Vinicius se inseriu nos mistérios da Morte desde criança. Ao invés de ter a situação maquiada pela família e sociedade, ele se iniciou na área desde criança, tentando entender a Morte. Podemos colocar a posição de Vinicius como a criança da obra literária “Dia de submarino”, de Ricardo Soares:

“Acho muito idiota enterrar um morto com uma roupa que ele não usava. Por que não enterraram meu avô com o pijama marrom que ele tanto gostava e com aqueles chinelos escangalhados? Garanto que vovô não deve ter gostado da roupa que puseram nele. E será que pé de morto aperta? Quando ele estava ali no caixão, eu olhei muito para os seus pés e não me conformava que seria a última vez que eu estava vendo o velho e os seus pezões. Queria tirar uma foto do vô daquele jeito, para guardar como última lembrança. Mas, quando disse isso para minha mãe, ela perguntou se eu estava maluco. Não sei por quê. ”

Aos cinco anos de idade, Vinicius observava os amigos brincando de carro. As crianças batiam os carrinhos uns nos outros, e os bonequinhos eram jogados longe. Vinicius levantava e ia busca-los. Ao invés de ir entrega-los para os colegas, enterrava no jardim da escola e ornava com pequenas flores. Um instinto que veio naturalmente. Quando começou a entrar na adolescência, passou a se interessar por cenas de crime e ocorrências policiais. Quando o avô paterno morreu, pensou em como seria o velório, uma vez que a morte no hospital foi bem desagradável. Queria devolver a dignidade do avô, melhorar a aparência da última despedida,

“Nunca pude comentar isso com ninguém pois tinha certeza q ninguém entenderia … Então no dia do velório minhas lágrimas deram lugar a uma vontade imensa de deixar meu avô com a aparência saudável que ele possuía em vida… Mas claro que fiquei só na vontade … Pude observar também a finalização que foi feita em seu rosto… Como por exemplo algodão para fora da boca. ”

O tempo passou, aos 14 anos realizou a primeira emissão da carteira de trabalho. Começou a trabalhar desde cedo, na fábrica do pai no Rio Grande do Sul. Começou na área de construção civil, mas nas horas vagas estudava sobre tanatopraxia e cuidados paliativos de moribundos. Perdeu alguns amigos de forma trágica ou por doenças. Diante de péssimos trabalhos que não cobriam manchas, hematomas e lesões, aos poucos foi pensando como delinear a carreira de agente funerário. Em meados de 1998, não se falava muito sobre profissionalização na área fúnebre, então o mais próximo que chegou foi no curso de enfermagem. Durante o estágio, levava os cadáveres para o necrotério do hospital e debatia sobre o assunto com os funcionários da área. Por imposição familiar, seguiu para a faculdade de Direito. Se apaixonou por Direito Penal, e durante as incursões na biblioteca se sentia atraído pelos livros e tratados de Medicina Legal.

Continuou trabalhando na fábrica do pai, intercalando como estágio em escritório de advocacia. Abriu uma oficina mecânica, comprou uma Caravan Diplomata, justamente pela imagem funerária ao qual o carro simbolizava. Com a morte da avó materna, acabou fazendo amizade com o agente fúnebre que preparou o corpo para o enterro. Juntou as economias e fez vários cursos de Tanatopraxia. Com muito espanto e curiosidade, observou que o serviço de preparo de cadáveres para a última despedida ia muito além das flores ornamentadas sob os corpo e algodões no nariz para evitar vazamentos de fluidos. Existe mais de um profissional que atua na preparação do corpo para última despedida, para criar uma imagem que amenize a dor de familiares e amigos num momento tão delicado e cheio de tabus que envolve a Morte.

“A reconstrução de cadáveres é uma obra prima. O profissional torna-se um artista. Para tudo aquilo que possui uma avaria, cujo defeito deforma sua beleza natural, sempre haverá alguém que pode recuperar. Assim acontece com os carros que são restaurados, obras de arte que são recuperadas casas que são reformadas dentre outros. Não poderia ser diferente com o corpo humano.”

Além de ser um trabalho que exige estômago e nervos de aço, a profissão lida com um risco muito alto de contaminação porque os envolvidos estão constantemente lidando com fluidos e não se sabe o histórico de saúde do cadáver na mesa, apenas a causa da morte. O agente funerário não possui uma rotina bem delineada ao qual consegue prever os dias de trabalho. Totalmente diferente de nós, que seguimos sem grandes surpresas, tal como policiais, médicos e bombeiros, possuem uma rotina desgastante, que exige muitas horas em pé. Além do trabalho de abstrair o emocional e o stress psicológico, tem a busca de sempre exigir que seja feito o melhor trabalho possível.

“Em primeiro lugar nos preocupamos com a excelência no atendimento com a família que está sofrendo com a dor da perda, mas também temos a nossa, pois temos crianças que mesmo que eles entendam e respeitem nossas condições de trabalho, nem sempre podemos estar com eles na mesa do café da manhã ou naquele almoço de domingo. Porém, sempre haverá aquela ligação dizendo “estamos sentindo a sua falta, saudades”.

Hoje, além de agente funerário e tanatopraxista, também ministra cursos na área pós-morte junto à esposa Nina Maluf. Sobre o seu dia-a-dia, ele faz uma analogia:

“Costumo dizer que minha vida se assemelha com a de um caminhoneiro. Fico dias e até meses fora de casa. Deixo a família com saudades, mas estou cumprindo minha missão. A maior força para que eu continue nessa missão é o amor que tenho pelos meus filhos. O amor que sentimos são o segredo para desviar das dificuldades, de manter a chama sempre acesa. Ao observar o olhar lacrimoso das famílias que perdem seus filhos e entes queridos, sinto-me um privilegiado em poder voltar para casa e rever toda a minha família. ”

Longe de ser um trabalho perfeito, Vinicius diz que há muita deslealdade dos próprios colegas de trabalho,

“Mesmo sendo algo que ocorre em qualquer profissão, a meu ver a questão da Morte é um dos grandes ensinamentos de que ao deixar este mundo nada levaremos, a não ser o amor dos familiares e das boas lembranças. Infelizmente, é inegavelmente triste que muitos do meio fúnebre não percebam esse fato.”

Para Vinicius, a Morte nada mais é do que o fim de uma missão na vida terrena. Em casos de dores físicas, sofrimento extremo, a Morte traz um bálsamo poderoso que cura as dores do sofrimento,

“Entrei para a escola já sabendo ler, mais ou menos. A primeira palavra soletrada, inteirinha, foi morfina. A dor de minha mãe aumentava sempre e muito. (…) Morfina me trouxe o altar-mor, com o Cristo crucificado e deitado, morto de dor e chagas, coberto com um cetim roxo e triste, até a cintura. Mas entre mor e morte faltava um pedacinho que estava escrito na noite. Noite que me engolia para o nada.” (“Ler, escrever e fazer conta de cabeça”, de Bartolomeu Campos Queirós)

“Não me submeterei a morrer numa gaiola de vidro, amarrado na cama, dopado para que não tenham o sono deles perturbado de madrugada com meus gemidos, numa Câmara de Tortura Impune, onde matam a pessoa e ainda cobram pelos serviços… um lugar onde eles são os deuses, os absolutos, o único do mundo onde a vida e a morte pertencem ao ser humano, mas jamais àquele que vive ou morre. Como é que nos permitimos conceder a eles tanto poder? Só por fraqueza, por desespero. Isso! Em nosso desespero, nos tornamos reféns.” (A vontade dos cometas, de Luiz Antonio Aguiar)

Não levamos nada de coisas materiais. Não importa a idade, os bens materiais, a beleza, as jóias ostentadas nos dedos, pulsos e pescoço, a mesa gelada de aço é para todos, sem exceção,

“Uma tristeza infinita me tomou. A eternidade era aquilo. Viver era aquilo. Morrer era aquilo. Uma grande, uma incomensurável desolação. Olhei os espaços. Aquela coisa não acabava mais. Era o sem-fim. Casas, jóias, mulheres, iates, riquezas, cajuadas, estava tudo ao nosso dispor… e não existia. E se eu subisse aos páramos alados, onde habitava a “turma da perfeição” (…)? Não seria tudo, afinal, a mesma coisa, o mesmo nada, a mesma falsidade, o mesmo não-ser, a mesma ilusão?” (João Simões continua, de Orígenes Lessa)

A Morte, em sua personificação é algo incorpóreo. Ninguém a ouve. Ninguém a enxerga. Mas ela está sempre lá. Às vezes encontramos pessoas que estão mortas há tempos, por negligenciar a vida, correndo em altas velocidades nas estradas, querendo chegar no lugar ao qual não queremos estar tão cedo, pela única certeza que temos: não vamos conseguir escapar dela. O tempo passa e não nos damos conta.

“O tempo tem uma boca imensa. Com sua boca do tamanho da eternidade ele vai devorando tudo, sem piedade. O tempo não tem pena. Mastiga rios, árvores, crepúsculos. (…) Ele consome as histórias e saboreia os amores. Nada fica para depois do tempo.(…) E nós, meu neto, marchamos em direção à boca do tempo. Meu avô foi abaixando a cabeça e seus olhos tocaram em nossas mãos entrelaçadas. Eu achei serem pingos de chuva as gotas rolando sobre meus dedos, mas a noite estava clara, como tudo mais.” ( Bartolomeu Campos Queirós, “Por parte de pai”)

“Damos festas, abandonamos as nossas famílias para vivermos sós no Canadá, batalhamos para escrever livros que não mudam o mundo apesar das nossas dádivas e dos nossos imensos esforços, das nossas absurdas esperanças. Vivemos as nossas vidas, fazemos seja o que for que fazemos e depois dormimos: é tão simples e tão normal como isso. Alguns atiram-se de janelas, ou afogam-se, ou tomam comprimidos; um número maior morre por acidente, e a maioria, a imensa maioria é lentamente devorada por alguma doença ou, com muita sorte, pelo próprio tempo. Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as probabilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto jamais imaginámos, embora todos, excepto as crianças (e talvez até elas), saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e mais difíceis. Mesmo assim, adoramos a cidade, a manhã, mesmo assim desejamos, acima de tudo, mais. “ (Michael Cunningham, “As Horas” )

Vídeos sobre a Tanatopraxia:

O Tanatopraxista (The Encoffiner), é um curta metragem de 2013 dirigido por Eduardo Melo e Mariana Bardan. No enredo, Hélio é um tanatopraxista e assim como Vinicius tem a morte como fonte de seu trabalho, devolvendo aos corpos a aparência que tinham em vida. Prepara-os metodicamente para o velório, fotografa-os antes e depois do processo.

“A noite é longa e a chegada de um novo defunto deixa Hélio perturbado. O momento é sublime. A noite acaba e a alvorada chega trazendo a normalidade.”

Animação sobre o livro infantil “O pato, a Morte e a Tulipa”, escrito e ilustrado pelo alemão Wolf Erlbruch.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=CCEHLloaIPg]

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