George Gordon Byron (1788-1824), conhecido como Lord Byron, foi um ícone do Romantismo inglês e trilhou uma trajetória poética rica e diversificada, marcada por uma profunda exploração das emoções humanas e da condição existencial. Neste livro, com organização, tradução e introdução de André Vallias, os poemas, cartas e diários perpassam seis fases distintas da vida de Byron, e mostram a evolução de sua escrita, moldada por experiências e eventos que marcaram sua vida.

Na infância e juventude (1798-1809) seus primeiros versos foram influenciados pelos clássicos e pelos poetas românticos de sua época, revelando um jovem melancólico e introspectivo, explorando temas como amor, perda e a beleza da natureza. Mais adiante (1809-1811), Byron alcançou fama internacional.
Os poemas dessa fase refletem suas viagens pela Europa, explorando temas como a solidão, o tédio e a busca por sentido na vida. Já consolidado como um dos poetas mais populares da Inglaterra, entre 1811-1816, seus versos tornaram-se mais sombrios e satíricos, abordando temas como política, sociedade e hipocrisia.
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Após ser exilado (1816-1819), o inglês encontrou refúgio na escrita, refletindo sua solidão e isolamento, explorando temas como a natureza, a morte e o amor. Nos últimos anos de vida (1819-1823), se torna uma verdadeira celebridade literária.
Seus escritos geraram termos como “byromania” e “byronismo”, atestando sua imensa popularidade na cultura da época, que teima em não desaparecer.
A obra de Byron é um reflexo de sua vida intensa e turbulenta. Seus poemas, marcados por uma grande variedade de temas e estilos, o consagraram como um dos maiores poetas do romantismo, deixando um legado que continua a inspirar e fascinar leitores até os dias de hoje.
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O que Machado de Assis falou sobre Lord Byron?

Machado de Assis (1830–1908) no Diário do Rio de Janeiro, em 8 de fevereiro de 1866:
“Houve um dia em que a poesia brasileira adoeceu do mal byrônico; foi a grande sedução das imaginações juvenis pelo poeta inglês; tudo concorria nele para essa influência dominadora: a originalidade da poesia, a sua doença moral, o prodigioso do seu gênio, o romanesco da sua vida, as noites de Itália, as aventuras de Inglaterra, os amores de Guiccioli, e até a morte na terra de Homero e de Tibulo. Era, por assim dizer, o último poeta; deitou fora um belo dia as insígnias de noble lord, desquitou-se das normas prosaicas da vida, fez-se romance, fez-se lenda, e foi imprimindo o seu gênio e a sua individualidade em criações singulares e imorredouras.
Quis a fatalidade dos poetas, ou antes o privilégio dos gênios criadores, que este espírito tão original, tão próprio de si, aparecesse um dia às imaginações de alguns como um modelo poético. Exaltou-se-lhes a imaginação, e adoeceram, não da moléstia do cantor de D. Juan, mas de outra diversa, que não procedia, nem das disposições morais, nem das circunstâncias da vida.”
Quem é Lord Byron?

Nascido em Londres em 1788, George Gordon Byron, 6º Barão Byron de Rochdale, mais conhecido como Lorde Byron, foi um dos maiores poetas românticos ingleses e uma das figuras mais influentes do século XIX. Sua vida repleta de paixões, viagens, escândalos e envolvimento em causas políticas alimentou sua fama e inspirou inúmeras biografias.
Byron herdou o título de barão aos dez anos de idade. Sua vida pessoal foi marcada por uma série de polêmicas que o tornaram uma figura controversa e fascinante. Casado por um curto período, separou-se em meio a escândalos ligados a dívidas e acusações de ter uma relação com sua meio-irmã, exilando-se no continente. Suas viagens pela Europa, especialmente pela Grécia, alimentaram seu espírito romântico e revolucionário. Já no fim da vida envolveu-se ativamente na luta pela independência grega, e nesse país, infelizmente, veio a falecer em 1824.
Ficha Técnica
Título: Byron – Poemas, Cartas, Diários &c.
Organização, tradução e introdução: André Vallias
Acabamento: brochura
Tamanho: 15,5 x 23 cm
Número de páginas: 640 pp
ISBN: 978-65-5505-227-5
Preço: R$ 149,90
Editora: Perspectiva