Com o objetivo de produzir uma arte brasileira ligada às raízes da cultura popular, o escritor Ariano Suassuna lançou o Movimento Armorial, em 1970, no Recife. O movimento estendeu-se para diversas artes como a literatura, a música e as artes plásticas.
![](https://jornalnota.com.br/wp-content/uploads/2022/07/img_3291.jpg)
Numa de suas entrevistas, Suassuna descreveu o movimento: “Pensei em reunir um grupo de artistas que atuassem em todas as áreas e que tivessem preocupações semelhantes às minhas para que nós, juntos, procurássemos uma arte brasileira erudita fundamentada nas raízes populares da nossa cultura. E, através dessa arte, a gente lutar contra esse tal processo de descaracterização da cultura brasileira.”
![](https://jornalnota.com.br/wp-content/uploads/2022/07/img_3432-1024x613.jpg)
Leia também: 4 aulas-espetáculo completas de Ariano Suassuna para assistir no Youtube
A produção estava programada para 2020, mas só foi concretizada este ano. Com entrada gratuita, a mostra “Movimento Armorial 50 Anos” está disponível no CCBB São Paulo até o dia 26 de setembro. Além de Suassuna, há também trabalhos de sua esposa Zélia Suassuna, Francisco Brennand, Gilvan Samico e outros.
![](https://jornalnota.com.br/wp-content/uploads/2022/07/img_3439.jpg)
A exposição apresenta a vida e obra de Suassuna, com livros, manuscritos e vídeos de suas famosas aulas-espetáculos. Estão entre as atrações a Onça Caetana e as iluminogravuras do escritor, a tapeçaria e as cerâmicas feitas por sua esposa. Foram recriados para a mostra os figurinos dos personagens do filme A Compadecida (1969) de George Jonas, baseado na peça O Auto da Compadecida. O espaço conta também com as oficinas de xilogravura e contações de histórias.
![](https://jornalnota.com.br/wp-content/uploads/2022/07/img_3448.jpg)