• Sobre nós
  • Parcerias
  • Contato
  • Divulgue seu livro!
JornalNota
  • Home
  • Literatura
    • Todos Contos e Crônicas HQs Literatura Estrangeira Literatura Nacional Poesia
      Literatura Estrangeira

      “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

      17 de junho de 2025

      Literatura

      Antonio Arruda cruza gêneros, entre ficção e autobiografia, e disseca dores íntimas em…

      15 de junho de 2025

      Literatura

      “Sol abrasador prepara solo fértil”: obra de contos de Myriam Scotti revela a…

      13 de junho de 2025

      Literatura

      Por que os livros estão virando inimigos dos Estados Unidos? Veja a lista…

      13 de junho de 2025

      Contos e Crônicas

      “Insônia”: coletânea de contos de Graciliano Gamos retratam a miséria e o lado…

      18 de fevereiro de 2025

      Contos e Crônicas

      “O Voo das Libélulas e outros contos inflamáveis”, de Kênia Marangão: quando o…

      20 de novembro de 2024

      Contos e Crônicas

      Um conto de Tolstói e a outra face do cânone russo

      9 de novembro de 2024

      Contos e Crônicas

      “As sementes que o fogo germina”: contos de Sumaya Lima retratam estranhamento e…

      8 de outubro de 2024

      HQs

      “Céleste e Proust”: história em quadrinhos retrata a relação entre governanta e escritor…

      25 de outubro de 2024

      HQs

      Romeu e Julieta, a história de amor mais famosa do mundo, ganha versão…

      22 de outubro de 2024

      HQs

      A história de padre Júlio Lancellotti em quadrinhos

      21 de outubro de 2024

      HQs

      “Pontos Fracos”: Adrian Tomime propõe uma reflexão sobre os desafios da vida moderna

      1 de outubro de 2024

      Literatura Estrangeira

      “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

      17 de junho de 2025

      Literatura Estrangeira

      Entrevista com Nathalia Scotuzzi, da Diário Macabro

      5 de junho de 2025

      Literatura Estrangeira

      “Uma ilha chamada Armênia”: obra de Cassiana Der Haroutiounian reúne poesias e fotografias…

      27 de maio de 2025

      Literatura Estrangeira

      “Xingu e outros contos”: clássico de Edith Wharton retrata com humor refinado e…

      27 de maio de 2025

      Literatura Nacional

      “Violande e o andante”, de Luiz Henrique Silva, traz romance entre um cavaleiro…

      11 de junho de 2025

      Literatura Nacional

      Livro “Rastros de Resistência”, de Ale Santos, ganha nova edição com histórias inéditas….

      11 de junho de 2025

      Literatura Nacional

      “Os Cadernos de Pagu”: textos inéditos da autora retratam urgências de tempo, espaço…

      10 de junho de 2025

      Literatura Nacional

      Mário de Andrade: o Turista Aprendiz: um relato surreal de uma viagem pelos…

      6 de maio de 2025

      Poesia

      “Jardim de Ruínas”: Alexia Carpilovsky explora o universo da arte para falar de…

      8 de maio de 2025

      Poesia

      “Missal para o Diabo”: contos e poemas macabros de Cruz e Sousa

      11 de março de 2025

      Poesia

       “Pós-Poema”: a tetralogia poética de Augusto de Campos 

      25 de fevereiro de 2025

      Poesia

      “Dial-A-Poem” chega ao Brasil: faça uma ligação gratuita e ouça um poema

      13 de fevereiro de 2025

  • Cultura
    • Cultura

      10 filmes mais aplaudidos da história do Festival de Cannes

      28 de maio de 2025

      Cultura

      As redes sociais e o empoderamento do “Idiota da Aldeia”, segundo Umberto Eco

      27 de maio de 2025

      Cultura

      Nana Caymmi e Gilberto Gil: um amor interrompido pela ditadura militar

      27 de maio de 2025

      Cultura

      Festival Permanente do Minuto abre inscrições para concursos temáticos que tem a cidade…

      26 de maio de 2025

      Cultura

      O fascínio pelo acaso na literatura, de Machado a Cortázar

      4 de maio de 2025

  • Notícias
    • Notícias

      “Como Salvar a Amazônia”: livro que Dom Philips escrevia quando foi assassinado é…

      16 de junho de 2025

      Notícias

      Idosa de 90 anos volta a estudar e se forma na faculdade para…

      16 de junho de 2025

      Notícias

      Estudante traduz “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, para o Guarani

      13 de junho de 2025

      Notícias

      Aos 83 anos, Ney Matogrosso, visita o presidente Lula e apresenta proposta de…

      13 de junho de 2025

      Notícias

      Primo de Anne Frank grava vídeo em defesa da Palestina e condena genocídio…

      11 de junho de 2025

  • Listas
    • Listas

      7 reflexões do Papa Francisco sobre o papel da literatura na educação

      15 de junho de 2025

      Listas

      10 livros preferidos do escritor Pedro Bandeira

      14 de junho de 2025

      Listas

      A Trilogia de Trier: filmes que você deve ver do diretor mais aplaudido…

      28 de maio de 2025

      Listas

      10 filmes mais aplaudidos da história do Festival de Cannes

      28 de maio de 2025

      Listas

      10 leituras fundamentais de Sérgio Vaz

      22 de maio de 2025

  • Cinema
    • Cinema

      “Prédio Vazio” é amálgama de imitações de clichês 

      14 de junho de 2025

      Cinema

      “Eros”(2025) – Documentário aborda as possibilidades dos motéis brasileiros

      11 de junho de 2025

      Cinema

      15 filmes de romance que você talvez ainda não tenha visto para assistir

      11 de junho de 2025

      Cinema

      “Na Teia da Aranha”(2025) – comédia sul-coreana retrata bastidores conturbados do cinema

      8 de junho de 2025

      Cinema

      “Saneamento Básico, o Filme” volta aos cinemas em cópia restaurada

      30 de maio de 2025

  • Resenhas
    • Resenhas

      “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

      17 de junho de 2025

      Resenhas

      “Quem está falando na minha cabeça”, de Thaisa Clapham: na contramão do barulho…

      16 de junho de 2025

      Resenhas

      “Retratos de Mulher”, Jeanine Geraldo usa o insólito para retratar mulheres diante das…

      13 de junho de 2025

      Resenhas

      “Os Cadernos de Pagu”: textos inéditos da autora retratam urgências de tempo, espaço…

      10 de junho de 2025

      Resenhas

      “O Contador de Histórias”: Robert Louis Stevenson para jovens leitores

      9 de junho de 2025

  • Teatro
    • Teatro

      “Trilogia Kafka”: espetáculos do grupo Garagem 21 refletem o teatro como espelho da…

      17 de junho de 2025

      Teatro

      “Poema”: espetáculo teatral aborda a Covid-19 para questionar como fazer poesia depois da…

      17 de junho de 2025

      Teatro

      Ana Marginal”: espetáculo baseado na vida e obra de Ana Cristina Cesar transforma…

      13 de junho de 2025

      Teatro

      “Gala Dalí”: por trás do mito, a artista de sua própria vida

      13 de junho de 2025

      Teatro

      Nova montagem de “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, mostra o…

      13 de junho de 2025

  • Divulgue seu livro!
  • Apoie o Jornal Nota!
  • Mais
    • Artes
      • Artes

        Festival Permanente do Minuto abre inscrições para concursos temáticos que tem a cidade…

        26 de maio de 2025

        Artes

        Fotógrafo alemão faz sucesso na internet com ensaio de cães idosos

        22 de maio de 2025

        Artes

        Além do MASP: Os museus subestimados de São Paulo que você precisa conhecer

        12 de maio de 2025

        Artes

        Fascinante série de fotografias raras do século XIX retratam os últimos samurais do…

        11 de maio de 2025

        Artes

        Artista mexicano esmaga carro Tesla com cabeça Olmeca de 9 toneladas como protesto…

        15 de abril de 2025

    • Música
    • Outros assuntos
    • Ver todos os posts
  • Clube do Livro
ArtesCinema

As simbologias de A Forma da Água

por Marina Franconeti 25 de maio de 2018
por Marina Franconeti 25 de maio de 2018 0 comentário

(ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS)

O filme A forma da água (The Shape of Water), de Guillermo Del Toro foi indicado a 13 categorias do Oscar 2018. É uma doce carta aberta direcionada às histórias de amor no cinema e pelo cinema. Por meio da relação entre a zeladora Elisa e uma criatura aquática, Guillermo Del Toro cria uma fábula moderna sobre o amor e a aceitação do outro. Porém, a obra tem diversas referências da história da arte, que valem ser analisadas para compreender mais sobre o enredo do filme, como a figura feminina, a relação entre Natureza e Ciência, o significado do sapato ao final do filme, e as mãos.

Primeiro, podemos começar pelo título. Na tradução, ficamos com “a forma da água”, que perde um pouco da ambiguidade do original. Quando se usa “shape” em inglês, refere-se à característica externa de uma pessoa, ou seja, a configuração de uma pessoa em relação a sua aparência ou corpo. Além disso, “shape” pode ser usado para denominar a condição de alguém, um estado. Enquanto verbo, é dar uma forma particular a algo. É possível até dizer que “shape” é a configuração total da junção de elementos, como o triângulo é uma forma resultante da união de três lados.

couple

Quando tratamos de “forma” no título em português, pensamos normalmente na forma que a água, do título, assumiria. Esquecemo-nos que também falamos em “forma humana”, mais o uso de “forma” como modo de configuração. Por isso, o título em português dilui um pouco essa ambiguidade, pensamos mais como significado em tentar encontrar o formato da água, o modo com que ela se apresenta. Não está, tão presente na palavra, esse outro significado de “shape”, que trata da configuração particular tanto da criatura quanto de Elisa e os personagens.

Sabe-se que a água, por ser um líquido, ganha a forma do recipiente que a abriga. No filme, percebemos que uma divindade como a criatura foi aprisionada numa forma que não lhe convém: um aquário e em situação de exploração. Mesmo quando está com Elisa, tanto a banheira quanto o apartamento dela possuem um quê de temporário, pois limitam a potência dessa criatura. Além disso, Elisa também possui uma grandiosidade, mas é limitada pela condição de exclusão social em que lhe colocam por ser muda, mulher e funcionária da limpeza. Giles sente o mesmo como artista e homossexual. Zelda, como zeladora e mulher negra.

elisa zelda

Neste conjunto, ainda temos Strickland, o responsável pelo departamento de estudos do laboratório e a representação dos Estados Unidos nacionalista que não vê limites para o progresso. Há um momento no filme em que o general diz a Strickland que o seu estado atual de poder é passageiro, que se ele perdeu a criatura, logo estará em outro universo onde não terá mais nada do que possui. Isto é, o status quo em que Strickland se mantém, tudo aquilo que lhe dá forma, é tão passageiro quanto o estado da água limitada em um recipiente. Se mudada de lugar, ganha nova configuração de imagem.

E é este o ponto do título: a imagem. O filme todo de Del Toro anuncia a presença da água por meio das cores, dos gestos fluidos da câmera, da dança que promove o movimento leve nas águas, e o amor de Elisa pela água nas suas pequenas atividades cotidianas. A água não se encaixa, portanto, apenas na figura da criatura aquática. Ela está até mesmo nos sonhos, em diversas formas, configurações inseridas no filme.

DC442191-E5B0-4CB2-AF9C-6B5B0D577E0B-800x445

Essa abordagem da água, na trama, se encontra também na figura feminina e na representação da mulher que contempla a água. Para pensar a respeito disso, é preciso mencionar alguns pontos sobre o feminino. Em Lendo imagens, Alberto Manguel afirma que “A mulher fin-de-siècle existia principalmente no seu reflexo: quer como um espelho para o mundo do homem, civilizado e domesticado, quer como espelho da natureza, bestial e descontrolada” (MANGUEL, 2001, p.192). Apesar de ser uma menção sobre a mulher do final do século XIX, essa imagem, de pureza, de mulher submetida às idealizações feitas sobre o casamento, coincidem com a promessa da mulher dos anos 50, início dos 60, por entre as mocinhas românticas dos musicais da Era do Ouro.

A esposa de Strickland ensaia o papel de esposa disponível ao marido “civilizado e domesticado”. Porém, nesta relação ela precisa permanecer em silêncio como forma de dominação de seu marido. No caso de Elisa, o trabalho de Guillermo Del Toro subverte a imagem da mocinha: ela não é mais a figura sonhadora, passiva, que espera ser raptada e salva. Pelo contrário: é ela quem salva a criatura desde o início. Elisa possui sonhos e desejos próprios, e o que socialmente poderia ser considerado uma mulher “bestial e descontrolada” – por estar em contato direto com esse ser não domesticado – é uma prova de que outros amores existem.

Ademais, Elisa poderia ser uma referência direta à personagem de A pequena sereia (The Little Mermaid), conto de Hans Christian Andersen. Na história, ela dá a sua voz como sacrifício para ter pernas e viver no mundo dos humanos. Em troca, ela perde o direito de viver no mar, ganha a capacidade de dançar, a possibilidade de ter o humano que salvou ao seu lado e, principalmente, obter uma alma caso esse amor vença, podendo ascender ao Paraíso quando morrer. Porém, o príncipe que ela amava casa-se com uma princesa e, por sugestão das irmãs, a pequena sereia precisaria matá-lo e, assim, poder ter tudo de volta. Ela não consegue matar o príncipe, mas por ter um coração tão puro e sem egoísmo, obtém a imortalidade.

John_William_Waterhouse_-_Mermaid

A Mermaid, John William Waterhouse

Em A forma da água, Elisa gosta também de dançar como parte de seu refúgio mental. Ela dança para a criatura, tanto a dança quanto a música são um modo de comunicação entre eles. A personagem também possui a mesma virtude de a pequena sereia ao arriscar-se para salvar a criatura e, sem egoísmo, faz de tudo para libertá-lo de volta ao mar, mesmo que isso signifique a sua tristeza em se separar do anfíbio humanoide.

Contudo, o filme dá dignidade à Elisa. Não há sacrifício de sua parte humana, nesse sentido, para obter o amor da criatura. Na verdade, ela morre ao lado do anfíbio humanoide de forma igualitária. Quando ele a ressuscita, é como se ela estivesse ganhando o direito dessa divindade de viver todo o seu potencial, já que também viera das águas. Além disso, ser muda não é uma punição. Elisa não é posta como alguém incompleto por não falar. A sua incompletude reside mais no desejo pessoal de amar e ser amada. Ela ganha dignidade na história por estar entre pessoas que a entendem e por encontrar um amor baseado em igualdade, não importando a diferença entre espécies.

Com efeito, A forma da água subverte a imagem de uma personagem também presente na literatura e na história da arte. Em diversas obras, de Homero à pinturas de outros séculos, a figura da sereia foi vinculada ao poder de sedução, como se fosse a mulher uma criatura perigosa com canto sinuoso capaz de levar o homem à desgraça. Com ela juntava-se a imagem de Vênus, penteando-se à beira da água com querubins a sua volta. Esses querubins servem, na pintura, como intermediário do olhar masculino voyeur: é por ele que o olhar do espectador sonha estar nesta cena íntima, contemplando essa figura.

O fato de que A forma da água evita colocar uma mulher como a sereia a ser salva diz muito. Primeiro que ela estaria à mercê de tipos de exploração que ressoariam próximos aos abusos que uma mulher comum sofre. Tratando-se de uma obra contemporânea, Del Toro lança um olhar de seu próprio tempo ao usar essas referências clássicas. Em vez de repetir a mocinha indefesa de filmes dos anos 50 e 60, ou sereias que se sacrificam por príncipes, ele dá a Elisa um poder de escolha e faz dela a salvação da criatura, que depois irá salvá-la também. Mais ainda, Del Toro cria a possibilidade de esse ideário do exótico e do sedutor ficar nas mãos de uma figura masculina, e não como constantemente aparece, por representações femininas.

Completando a observação de Alberto Manguel, podemos pensar sobre a relação da mulher e a água. O autor menciona uma passagem de Idols of Perversity, em que Bram Dijkstra diz: “A mulher tinha de se certificar continuamente da sua existência, olhando para esse espelho natural – a fonte de seu ser, por assim dizer, a água da qual, como Vênus, ela se originou, e para a qual, como Ofélia, estava destinada a regressar” (DIJKSTRA apud MANGUEL, 2001, p.193). Na era vitoriana, entre as pinturas e obras literárias, era muito comum o ideário da mulher que se lança às águas, suicidando-se, como uma entrega por amor, perdendo sua identidade. Foi o que ocorreu com Ofélia, em Hamlet, personagem retomada pelo século XIX: ocultando o seu amor pelo príncipe da Dinamarca e a dor pela morte do pai pelas mãos do próprio amado, Ofélia se suicida. A água seria, assim, um espelho natural da mulher, pois segundo a mitologia contada por Hesíodo, Vênus (Afrodite) nasceu dela: pelo esperma do testículo cortado de Urano, lançado aos mares por Cronos.

Se pensarmos que, para Ofélia e outras personagens literárias, a entrega à água é um lançar-se ao sacrifício, no caso de Elisa há uma distinção. Se a referência aqui são as personagens que se lançam às águas, Elisa não escolhe a morte. Logo de início, o que ela escolhe é estar com a criatura, e percebe que finalmente encontrou outra parte sua perdida. Ou seja, é como se ela tivesse reencontrado sua personalidade pela presença do anfíbio humanoide, nas águas. Ao final, tendo as cicatrizes tornadas guelras, Elisa ganha vida em vez de perdê-la.

The birth of Venus, Sandro Botticelli

Ophelia, John Everett Millais

Toda a relação que Elisa mantém com a água, no filme, até as suas origens, possuem inspiração próxima à mitologia grega, clássica na história da arte. É possível entender essa relação por meio de outros elementos também, como as cores utilizadas e a escolha pela perda do sapato, ao final. Novamente, como Alberto Manguel apresenta em seu livro Lendo imagens (MANGUEL, 2001, p.100-101), no decorrer da história da arte, a exibição dos pés sofre uma mudança de sentido. Os dois, lado a lado, mostram sabedoria e virtude. Os pés de Cristo lavados pelas lágrimas de Maria Madalena apresentam como virtude a humildade e a servidão voluntária. Os pés calejados expostos na presença de uma divindade, uma figura como a Virgem Maria em A Madonna de Loreto, de Caravaggio, tinham um ar ofensivo para o espectador.

Assim, na cena final de A forma da água é muito significativo que Elisa perca um sapato. É o início do seu encontro com a sabedoria, isto é, entrega completa não apenas à divindade que a criatura simboliza, mas entrega ao amor e ao modo de viver que ambos terão. É o máximo gesto de igualdade entre eles, a morte e o renascimento juntos. Se ela morre e é ressuscitada por ele, nas águas, é pela entrega que ela teve desde o primeiro ovo que deu à criatura. Desde o início, Elisa tem o potencial de divindade, deixada nas águas, como Vênus.

Além disso, o sapato de salto alto tem um peso erótico que se alia ao tom vermelho que ela veste, simbolizando a paixão. Se notarmos em cenas anteriores do filme, Elisa cobiça o sapato vermelho no início, usa uma faixa vermelha na cabeça quando começa a se relacionar com a criatura. Isto é, o seu engajamento é terreno ao se afirmar pelos pés, e mental. Aos poucos ela se despe desse verde que era parte do laboratório e vai adquirindo aquilo que lhe pertence, sendo o vermelho ao fim a total dominação, escolhida por ela, desse sentimento.

Entre as cores vermelho, azul, verde-água e cinza presentes no filme, são usadas referências clássicas quando se trata do sistema cromático. A criatura possui inúmeros tons, ficando entre o verde, o azul e o cinza. Pensando sobre essas cores, o verde foi tomado como “a cor da ressurreição”; o azul é pensamento e eternidade; o cinza como luto e humildade no manto de Cristo no Juízo Final; e o vermelho é “a cor do sangue e do fogo” e sugere “amor pela ação”, por isso usada em João Evangelista (MANGUEL, 2001, p.50).

Neste mesmo caminho, a presença do ovo dado pela Elisa à criatura é um indício desse renascimento. O ovo simboliza criação, nascimento e ressurreição. E o ovo é fertilidade também. Mais ainda, na mitologia chinesa o chamado Ovo Cósmico foi onde Pan Ku, a grande divindade, cresceu e se desenvolveu por 18 mil anos. Até que quebrou a casca em dois, em céu e terra, buscando mantê-los separados no caos. É como se o ovo conjurasse uma união entre duas espécies que, a princípio, podem parecer completamente opostas, mas que são unidas pelo amor. Esse seria uma força maior do que qualquer construção social, neste contexto, pois como a própria Elisa afirma a Giles, a criatura não vê a ausência da fala que, para os outros, é condição para excluí-la.

Ainda sobre a ideia de criação, temos a presença da mão tanto da criatura quanto do chefe do laboratório como indícios do contraste entre divindade e humanidade. Anaxágoras afirma que é o fato de se ter mãos que faz do homem a criatura mais inteligente dos animais. Aristóteles inverte essa colocação, dizendo que, se considerarmos que a Natureza age tendo em vista as melhores circunstâncias, conceder ao homem as mãos como instrumento é porque o homem é o mais inteligente dos animais. Ele não é o mais inteligente apenas por ter mãos. “Pois mãos são um instrumento; e a Natureza, como um ser humano sensível, sempre atribui um órgão ao animal que pode usar isso” (Pars Animalium IV, 10; 687 a1-20, tradução livre).

A mão direita é de misericórdia, bondade. A mão esquerda é a de justiça. Se aplicarmos isso no filme, temos a primeira evidência logo no começo. A primeira imagem que Elisa tem da criatura é quando esta bate no vidro do container onde se encontra. Depois, quando a criatura ataca Strickland, ela arranca dois dedos da mão esquerda e, na parede do laboratório, é deixada a marca da mão manchada de sangue. Veremos, novamente, mais tarde no filme, uma marca de mão também na parede.

Strickland aparece ao público tendo sua primeira fala sobre lavar as mãos. O ato de lavar as mãos é uma referência a Pôncio Pilatos, que condenou Jesus à cruz e lavou as mãos após o seu julgamento. Na fala de Strickland, ele diz que apenas lava as mãos antes, mas nunca depois de deixar o banheiro, pois fazê-lo é sinal de fraqueza de um homem. Isto é, seus atos nunca possuem rendição.

Tomando isso como definição de seu caráter, Strickland nunca lava as mãos cheias de sangue. São as suas mãos, que promovem tortura naquele laboratório, que marcam as paredes. Não há misericórdia para ele. A forma da água sempre faz menção ao fato de que as mãos de Strickland estão sujas: a esposa pede para que lave as mãos, elas sangram; ele ironiza que seus dedos recuperados estavam com mostarda no pacote; um dos funcionários diz que seus dedos, já necrosados, têm um odor insuportável.

Durante todo o filme, vamos acompanhando o apodrecimento de seus dedos da mão esquerda. Como se a verdadeira monstruosidade que está se formando não reside na criatura, no Outro, mas sim nesse homem que é a máxima ideia de perfeição e civilização, que deseja promover o progresso a todo custo pela ciência e pela morte.

Em contrapartida, o modo com que a criatura toca Elisa é sempre com delicadeza. O anfíbio humanoide aprende a falar “ovo” com as mãos. E mesmo quando ele ataca o gato e deixa uma marca de sangue no cinema, sabemos que aquele sangue e aquela morte parecem como ciclo natural: ele, enquanto criatura, lembra que a Natureza não é uma completa dominação pela Ciência. E mais ainda: essa criatura, como divindade, tem como capacidade curar por meio de suas mãos.

Por sua vez, Elisa usa as mãos para se comunicar, para cozinhar, para tocar a si mesma e ao outro. Giles usa a mão para criar artisticamente em um ato de resistência contra a fotografia publicitária. Zelda as usa no trabalho e para cozinhar também, como um ato de amor. O uso das mãos, por eles, é o uso humano desses instrumentos. Ou seja, a marca da mão humana é a possibilidade do ato de criação.

Certamente, Guillermo Del Toro tinha em mente Frankenstein ou O médico e o monstro ao conceber essas referências, pois existe uma linha tênue onde criar deixa de ser um ato próximo à divindade e passa a ser dominação. A maior referência que temos para a criação como fundação é a obra de Michelangelo, A criação de Adão.

É preciso, por último, mencionar que a referência direta da composição da criatura, no filme, é um personagem do folclore brasileiro. A forma da água nos dá como informação o fato de que a criatura foi capturada na América do Sul, e considerada divindade pelos nativos da Amazônia. No folclore brasileiro as referências mais próximas seriam Igpupiara (também chamamos de Iara) e Caboclo d’água. Tomando o breve artigo escrito em inglês pelo brasileiro Andriolli Costa, especialista em Mitos, folclore e imaginário, é possível expandir as referências da composição dessa criatura por Guillermo Del Toro.

O Igpupiara é “um dos mitos mais antigos já registrados no Brasil. É mencionado com Curupira e Boitatá na carta de São Vicente escrita pelo padre José de Anchieta, em 1560. De acordo com o jesuíta, o nome em Tupi é para “aquele que vive na água”. A criatura era outro dos “fantasmas” que atormentavam os nativos, matando e afogando aqueles que cruzavam o rio em suas canoas feitas de uma única casca. Nenhuma referência à sua aparência é mencionada”.

O autor também afirma que um combate com essa criatura foi registrada em 1564, por Pedro Magalhães Gândavo. “De acordo com o cronista, o ser tinha 3,5 metros de comprimento, corpo peludo e grandes cerdas no focinho, lembrando-se de um bigode, bem como uma barbatana capaz de segurar o corpo ereto. Entre uivados e tentativas de mordida, o Ipupiara foi morto e arrastado para longe da água para secar”.

A descrição de Fernão Cardim, entre 1583 e 1601, acerca das versões femininas dessa criatura se assemelha à imagem das sereias, belas mulheres com cabelos longos que ficam na beira dos rios.

O Caboclo d’água, ser mítico defensor do Rio São Francisco, é um pouco mais recente. Segundo Costa, não há referência à criatura antes do ciclo dos barcos no rio São Francisco, que começou em 1880. Ele afirma que “é um mito da regulação da relação entre a natureza e os homens, centrada na força da água”, o que se aproxima bastante do universo do filme. Costa cita a descrição feita por Noraldino Lima, em 1925, do Caboclo d’água como sendo “pequeno, grosso, musculoso, cor de cobre, rápido em movimento e sempre com raiva”. A criatura tinha cabelos vermelhos, como fogo, que ficava branco como algodão enquanto envelhecia”.

E tem mais. O autor acrescenta outras descrições. Wilson Lins afirma ter encontrado uma criatura semelhante: “musculatura pequena, musculosa, bela, pele bronzeada e um olho no meio da testa”. José Teixeira encontra outra característica de bestialidade: o corpo coberto de cabelos. “Tudo é preto, com cabeça descoberta. Mãos e pés de patos. É bobo disparar bala, pois atinge o couro peludo preto e mergulha na água”. E ao Caboclo d’água oferece-se tabaco e cachaça, o que o torna, por isso, quase uma divindade.

O artigo de Costa ainda esclarece um ponto chave: esses seres míticos do folclore brasileiro serviram de referência para o monstro do Lago Negro, do filme de 1954, que por sua vez foi essencial para a criatura de Del Toro em A forma da água.

Diante de todos esses elementos, notamos que o grande mérito de A forma da água é apresentar uma simbologia que engrandece a sua história. Por isso acaba por ser um enredo que fala sobre a figura feminina na mitologia, sobre a tentativa de completa dominação da Natureza pela Ciência, os perigos do discurso que visa progresso, a eliminação do que é diferente do padrão concedido, e ecoa referências de nosso folclore.

A forma da água, sobretudo, traz o sagrado para a sua história. Em meio a sociedades que eliminam o trabalho artístico pelas encomendas efêmeras de imagens de propaganda, uma vida que exalta que sejamos sempre positivos – um discurso vazio que acaba por se tornar dominação de um pelo outro -, e relações amorosas baseadas tão somente em status quo de uma instituição familiar, o amor entre duas espécies diferentes, com pessoas resgatando um ser torturado, e o encontro com a essência do sagrado ganham forma pelas artimanhas da arte e da ficção em nos conduzir ao sonho possível.

Referências bibliográficas

ANDERSEN, Hans Christian. The Little Mermaid. Tradução para o inglês disponível no site The Hans Christian Andersen Center: http://www.andersen.sdu.dk/vaerk/hersholt/TheLittleMermaid_e.html

COSTA, Andriolli. Brazilian Folklore – Notes on The Shape of Water. Publicado no site Colecionador de sacis, 03-02-2018. Disponível em: https://colecionadordesacis.com.br/2018/02/03/brazilian-folklore-notes-on-the-shape-of-water/

DIJKSTRA, Bram. Idols of perversity: Fantasies of Feminine Evil in Fin-De-Siècle Culture (Nova York & Oxford: Oxford University Press, 1986).

FERIGOLO, Jorge. A Epistomologia de Aristóteles. Coleção Filosofia e Ciência. Rio Grande do Sul: Editora Unisinos, 2014.

LOPES, Fernando Sales. Os mitos da criação na cultura chinesa. Revista Macau RM 45, 2015-08-19, disponível em: http://www.revistamacau.com/2015/08/19/os-mitos-da-criacao-na-cultura-chinesa/#_ednref4

MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

SHELLEY, Mary. Frankenstein. Penguin Companhia, 2015

STEVENSON, Robert L. O médico e o monstro. Penguin Companhia, 2015.

A Forma da Águaartebotticellifemininofolclore brasileiroguillermo del torohistória da arteJohn Everett MillaisJohn William WaterhouseMichelangeloOscar 2018pinturaromancesereias
Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestLinkedinWhatsappEmail
Marina Franconeti

post anterior
Por que “Vingadores: Guerra Infinita é um filme conservador? – E você nem percebeu!
próximo post
15 frases de José Saramago sobre sua vida e sua obra

Publicações relacionadas

“Prédio Vazio” é amálgama de imitações de clichês 

14 de junho de 2025

“Eros”(2025) – Documentário aborda as possibilidades dos motéis...

11 de junho de 2025

15 filmes de romance que você talvez ainda...

11 de junho de 2025

“Na Teia da Aranha”(2025) – comédia sul-coreana retrata...

8 de junho de 2025

“Saneamento Básico, o Filme” volta aos cinemas em...

30 de maio de 2025

A Trilogia de Trier: filmes que você deve...

28 de maio de 2025

“A Lenda de Ochi” coloca a curiosidade como...

27 de maio de 2025

Festival Permanente do Minuto abre inscrições para concursos...

26 de maio de 2025

“Missão: Impossivel – O Acerto Final”(2025) coloca Ethan...

25 de maio de 2025

Fotógrafo alemão faz sucesso na internet com ensaio...

22 de maio de 2025

Receba nossa newsletter!

    APOIE O JORNAL NOTA!

    APOIE!

    Últimas publicações

    • “A intacta natureza dos dias”: poeta sergipana Thainá Carvalho retrata  intersecção entre a humanidade e o meio ambiente
    • “Trilogia Kafka”: espetáculos do grupo Garagem 21 refletem o teatro como espelho da violência estrutural
    • “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro de estreia a tirania do racismo
    • “Poema”: espetáculo teatral aborda a Covid-19 para questionar como fazer poesia depois da tragédia
    • “Quem está falando na minha cabeça”, de Thaisa Clapham: na contramão do barulho contemporâneo

    Siga-nos

    Facebook Twitter Instagram Pinterest Youtube Spotify

    Últimas no Facebook

    Últimas no Facebook




    Saiba mais

    • Sobre nós
    • Parcerias
    • Contato
    • Divulgue seu livro!

    Siga-nos

    Facebook Twitter Instagram Pinterest Youtube Spotify

    Podcast Jornal Nota

    Footer Logo

    @2021 NotaTerapia - Todos os direitos reservados.

    JornalNota
    • Home
    • Literatura
      • Todos Contos e Crônicas HQs Literatura Estrangeira Literatura Nacional Poesia
        Literatura Estrangeira

        “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

        17 de junho de 2025

        Literatura

        Antonio Arruda cruza gêneros, entre ficção e autobiografia, e disseca dores íntimas em…

        15 de junho de 2025

        Literatura

        “Sol abrasador prepara solo fértil”: obra de contos de Myriam Scotti revela a…

        13 de junho de 2025

        Literatura

        Por que os livros estão virando inimigos dos Estados Unidos? Veja a lista…

        13 de junho de 2025

        Contos e Crônicas

        “Insônia”: coletânea de contos de Graciliano Gamos retratam a miséria e o lado…

        18 de fevereiro de 2025

        Contos e Crônicas

        “O Voo das Libélulas e outros contos inflamáveis”, de Kênia Marangão: quando o…

        20 de novembro de 2024

        Contos e Crônicas

        Um conto de Tolstói e a outra face do cânone russo

        9 de novembro de 2024

        Contos e Crônicas

        “As sementes que o fogo germina”: contos de Sumaya Lima retratam estranhamento e…

        8 de outubro de 2024

        HQs

        “Céleste e Proust”: história em quadrinhos retrata a relação entre governanta e escritor…

        25 de outubro de 2024

        HQs

        Romeu e Julieta, a história de amor mais famosa do mundo, ganha versão…

        22 de outubro de 2024

        HQs

        A história de padre Júlio Lancellotti em quadrinhos

        21 de outubro de 2024

        HQs

        “Pontos Fracos”: Adrian Tomime propõe uma reflexão sobre os desafios da vida moderna

        1 de outubro de 2024

        Literatura Estrangeira

        “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

        17 de junho de 2025

        Literatura Estrangeira

        Entrevista com Nathalia Scotuzzi, da Diário Macabro

        5 de junho de 2025

        Literatura Estrangeira

        “Uma ilha chamada Armênia”: obra de Cassiana Der Haroutiounian reúne poesias e fotografias…

        27 de maio de 2025

        Literatura Estrangeira

        “Xingu e outros contos”: clássico de Edith Wharton retrata com humor refinado e…

        27 de maio de 2025

        Literatura Nacional

        “Violande e o andante”, de Luiz Henrique Silva, traz romance entre um cavaleiro…

        11 de junho de 2025

        Literatura Nacional

        Livro “Rastros de Resistência”, de Ale Santos, ganha nova edição com histórias inéditas….

        11 de junho de 2025

        Literatura Nacional

        “Os Cadernos de Pagu”: textos inéditos da autora retratam urgências de tempo, espaço…

        10 de junho de 2025

        Literatura Nacional

        Mário de Andrade: o Turista Aprendiz: um relato surreal de uma viagem pelos…

        6 de maio de 2025

        Poesia

        “Jardim de Ruínas”: Alexia Carpilovsky explora o universo da arte para falar de…

        8 de maio de 2025

        Poesia

        “Missal para o Diabo”: contos e poemas macabros de Cruz e Sousa

        11 de março de 2025

        Poesia

         “Pós-Poema”: a tetralogia poética de Augusto de Campos 

        25 de fevereiro de 2025

        Poesia

        “Dial-A-Poem” chega ao Brasil: faça uma ligação gratuita e ouça um poema

        13 de fevereiro de 2025

    • Cultura
      • Cultura

        10 filmes mais aplaudidos da história do Festival de Cannes

        28 de maio de 2025

        Cultura

        As redes sociais e o empoderamento do “Idiota da Aldeia”, segundo Umberto Eco

        27 de maio de 2025

        Cultura

        Nana Caymmi e Gilberto Gil: um amor interrompido pela ditadura militar

        27 de maio de 2025

        Cultura

        Festival Permanente do Minuto abre inscrições para concursos temáticos que tem a cidade…

        26 de maio de 2025

        Cultura

        O fascínio pelo acaso na literatura, de Machado a Cortázar

        4 de maio de 2025

    • Notícias
      • Notícias

        “Como Salvar a Amazônia”: livro que Dom Philips escrevia quando foi assassinado é…

        16 de junho de 2025

        Notícias

        Idosa de 90 anos volta a estudar e se forma na faculdade para…

        16 de junho de 2025

        Notícias

        Estudante traduz “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, para o Guarani

        13 de junho de 2025

        Notícias

        Aos 83 anos, Ney Matogrosso, visita o presidente Lula e apresenta proposta de…

        13 de junho de 2025

        Notícias

        Primo de Anne Frank grava vídeo em defesa da Palestina e condena genocídio…

        11 de junho de 2025

    • Listas
      • Listas

        7 reflexões do Papa Francisco sobre o papel da literatura na educação

        15 de junho de 2025

        Listas

        10 livros preferidos do escritor Pedro Bandeira

        14 de junho de 2025

        Listas

        A Trilogia de Trier: filmes que você deve ver do diretor mais aplaudido…

        28 de maio de 2025

        Listas

        10 filmes mais aplaudidos da história do Festival de Cannes

        28 de maio de 2025

        Listas

        10 leituras fundamentais de Sérgio Vaz

        22 de maio de 2025

    • Cinema
      • Cinema

        “Prédio Vazio” é amálgama de imitações de clichês 

        14 de junho de 2025

        Cinema

        “Eros”(2025) – Documentário aborda as possibilidades dos motéis brasileiros

        11 de junho de 2025

        Cinema

        15 filmes de romance que você talvez ainda não tenha visto para assistir

        11 de junho de 2025

        Cinema

        “Na Teia da Aranha”(2025) – comédia sul-coreana retrata bastidores conturbados do cinema

        8 de junho de 2025

        Cinema

        “Saneamento Básico, o Filme” volta aos cinemas em cópia restaurada

        30 de maio de 2025

    • Resenhas
      • Resenhas

        “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

        17 de junho de 2025

        Resenhas

        “Quem está falando na minha cabeça”, de Thaisa Clapham: na contramão do barulho…

        16 de junho de 2025

        Resenhas

        “Retratos de Mulher”, Jeanine Geraldo usa o insólito para retratar mulheres diante das…

        13 de junho de 2025

        Resenhas

        “Os Cadernos de Pagu”: textos inéditos da autora retratam urgências de tempo, espaço…

        10 de junho de 2025

        Resenhas

        “O Contador de Histórias”: Robert Louis Stevenson para jovens leitores

        9 de junho de 2025

    • Teatro
      • Teatro

        “Trilogia Kafka”: espetáculos do grupo Garagem 21 refletem o teatro como espelho da…

        17 de junho de 2025

        Teatro

        “Poema”: espetáculo teatral aborda a Covid-19 para questionar como fazer poesia depois da…

        17 de junho de 2025

        Teatro

        Ana Marginal”: espetáculo baseado na vida e obra de Ana Cristina Cesar transforma…

        13 de junho de 2025

        Teatro

        “Gala Dalí”: por trás do mito, a artista de sua própria vida

        13 de junho de 2025

        Teatro

        Nova montagem de “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, mostra o…

        13 de junho de 2025

    • Divulgue seu livro!
    • Apoie o Jornal Nota!
    • Mais
      • Artes
        • Artes

          Festival Permanente do Minuto abre inscrições para concursos temáticos que tem a cidade…

          26 de maio de 2025

          Artes

          Fotógrafo alemão faz sucesso na internet com ensaio de cães idosos

          22 de maio de 2025

          Artes

          Além do MASP: Os museus subestimados de São Paulo que você precisa conhecer

          12 de maio de 2025

          Artes

          Fascinante série de fotografias raras do século XIX retratam os últimos samurais do…

          11 de maio de 2025

          Artes

          Artista mexicano esmaga carro Tesla com cabeça Olmeca de 9 toneladas como protesto…

          15 de abril de 2025

      • Música
      • Outros assuntos
      • Ver todos os posts
    • Clube do Livro
    JornalNota
    • Home
    • Literatura
      • Todos Contos e Crônicas HQs Literatura Estrangeira Literatura Nacional Poesia
        Literatura Estrangeira

        “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

        17 de junho de 2025

        Literatura

        Antonio Arruda cruza gêneros, entre ficção e autobiografia, e disseca dores íntimas em…

        15 de junho de 2025

        Literatura

        “Sol abrasador prepara solo fértil”: obra de contos de Myriam Scotti revela a…

        13 de junho de 2025

        Literatura

        Por que os livros estão virando inimigos dos Estados Unidos? Veja a lista…

        13 de junho de 2025

        Contos e Crônicas

        “Insônia”: coletânea de contos de Graciliano Gamos retratam a miséria e o lado…

        18 de fevereiro de 2025

        Contos e Crônicas

        “O Voo das Libélulas e outros contos inflamáveis”, de Kênia Marangão: quando o…

        20 de novembro de 2024

        Contos e Crônicas

        Um conto de Tolstói e a outra face do cânone russo

        9 de novembro de 2024

        Contos e Crônicas

        “As sementes que o fogo germina”: contos de Sumaya Lima retratam estranhamento e…

        8 de outubro de 2024

        HQs

        “Céleste e Proust”: história em quadrinhos retrata a relação entre governanta e escritor…

        25 de outubro de 2024

        HQs

        Romeu e Julieta, a história de amor mais famosa do mundo, ganha versão…

        22 de outubro de 2024

        HQs

        A história de padre Júlio Lancellotti em quadrinhos

        21 de outubro de 2024

        HQs

        “Pontos Fracos”: Adrian Tomime propõe uma reflexão sobre os desafios da vida moderna

        1 de outubro de 2024

        Literatura Estrangeira

        “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

        17 de junho de 2025

        Literatura Estrangeira

        Entrevista com Nathalia Scotuzzi, da Diário Macabro

        5 de junho de 2025

        Literatura Estrangeira

        “Uma ilha chamada Armênia”: obra de Cassiana Der Haroutiounian reúne poesias e fotografias…

        27 de maio de 2025

        Literatura Estrangeira

        “Xingu e outros contos”: clássico de Edith Wharton retrata com humor refinado e…

        27 de maio de 2025

        Literatura Nacional

        “Violande e o andante”, de Luiz Henrique Silva, traz romance entre um cavaleiro…

        11 de junho de 2025

        Literatura Nacional

        Livro “Rastros de Resistência”, de Ale Santos, ganha nova edição com histórias inéditas….

        11 de junho de 2025

        Literatura Nacional

        “Os Cadernos de Pagu”: textos inéditos da autora retratam urgências de tempo, espaço…

        10 de junho de 2025

        Literatura Nacional

        Mário de Andrade: o Turista Aprendiz: um relato surreal de uma viagem pelos…

        6 de maio de 2025

        Poesia

        “Jardim de Ruínas”: Alexia Carpilovsky explora o universo da arte para falar de…

        8 de maio de 2025

        Poesia

        “Missal para o Diabo”: contos e poemas macabros de Cruz e Sousa

        11 de março de 2025

        Poesia

         “Pós-Poema”: a tetralogia poética de Augusto de Campos 

        25 de fevereiro de 2025

        Poesia

        “Dial-A-Poem” chega ao Brasil: faça uma ligação gratuita e ouça um poema

        13 de fevereiro de 2025

    • Cultura
      • Cultura

        10 filmes mais aplaudidos da história do Festival de Cannes

        28 de maio de 2025

        Cultura

        As redes sociais e o empoderamento do “Idiota da Aldeia”, segundo Umberto Eco

        27 de maio de 2025

        Cultura

        Nana Caymmi e Gilberto Gil: um amor interrompido pela ditadura militar

        27 de maio de 2025

        Cultura

        Festival Permanente do Minuto abre inscrições para concursos temáticos que tem a cidade…

        26 de maio de 2025

        Cultura

        O fascínio pelo acaso na literatura, de Machado a Cortázar

        4 de maio de 2025

    • Notícias
      • Notícias

        “Como Salvar a Amazônia”: livro que Dom Philips escrevia quando foi assassinado é…

        16 de junho de 2025

        Notícias

        Idosa de 90 anos volta a estudar e se forma na faculdade para…

        16 de junho de 2025

        Notícias

        Estudante traduz “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, para o Guarani

        13 de junho de 2025

        Notícias

        Aos 83 anos, Ney Matogrosso, visita o presidente Lula e apresenta proposta de…

        13 de junho de 2025

        Notícias

        Primo de Anne Frank grava vídeo em defesa da Palestina e condena genocídio…

        11 de junho de 2025

    • Listas
      • Listas

        7 reflexões do Papa Francisco sobre o papel da literatura na educação

        15 de junho de 2025

        Listas

        10 livros preferidos do escritor Pedro Bandeira

        14 de junho de 2025

        Listas

        A Trilogia de Trier: filmes que você deve ver do diretor mais aplaudido…

        28 de maio de 2025

        Listas

        10 filmes mais aplaudidos da história do Festival de Cannes

        28 de maio de 2025

        Listas

        10 leituras fundamentais de Sérgio Vaz

        22 de maio de 2025

    • Cinema
      • Cinema

        “Prédio Vazio” é amálgama de imitações de clichês 

        14 de junho de 2025

        Cinema

        “Eros”(2025) – Documentário aborda as possibilidades dos motéis brasileiros

        11 de junho de 2025

        Cinema

        15 filmes de romance que você talvez ainda não tenha visto para assistir

        11 de junho de 2025

        Cinema

        “Na Teia da Aranha”(2025) – comédia sul-coreana retrata bastidores conturbados do cinema

        8 de junho de 2025

        Cinema

        “Saneamento Básico, o Filme” volta aos cinemas em cópia restaurada

        30 de maio de 2025

    • Resenhas
      • Resenhas

        “O olho mais azul”: Ganhadora do Nobel, Toni Morrison expõe em seu livro…

        17 de junho de 2025

        Resenhas

        “Quem está falando na minha cabeça”, de Thaisa Clapham: na contramão do barulho…

        16 de junho de 2025

        Resenhas

        “Retratos de Mulher”, Jeanine Geraldo usa o insólito para retratar mulheres diante das…

        13 de junho de 2025

        Resenhas

        “Os Cadernos de Pagu”: textos inéditos da autora retratam urgências de tempo, espaço…

        10 de junho de 2025

        Resenhas

        “O Contador de Histórias”: Robert Louis Stevenson para jovens leitores

        9 de junho de 2025

    • Teatro
      • Teatro

        “Trilogia Kafka”: espetáculos do grupo Garagem 21 refletem o teatro como espelho da…

        17 de junho de 2025

        Teatro

        “Poema”: espetáculo teatral aborda a Covid-19 para questionar como fazer poesia depois da…

        17 de junho de 2025

        Teatro

        Ana Marginal”: espetáculo baseado na vida e obra de Ana Cristina Cesar transforma…

        13 de junho de 2025

        Teatro

        “Gala Dalí”: por trás do mito, a artista de sua própria vida

        13 de junho de 2025

        Teatro

        Nova montagem de “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, mostra o…

        13 de junho de 2025

    • Divulgue seu livro!
    • Apoie o Jornal Nota!
    • Mais
      • Artes
        • Artes

          Festival Permanente do Minuto abre inscrições para concursos temáticos que tem a cidade…

          26 de maio de 2025

          Artes

          Fotógrafo alemão faz sucesso na internet com ensaio de cães idosos

          22 de maio de 2025

          Artes

          Além do MASP: Os museus subestimados de São Paulo que você precisa conhecer

          12 de maio de 2025

          Artes

          Fascinante série de fotografias raras do século XIX retratam os últimos samurais do…

          11 de maio de 2025

          Artes

          Artista mexicano esmaga carro Tesla com cabeça Olmeca de 9 toneladas como protesto…

          15 de abril de 2025

      • Música
      • Outros assuntos
      • Ver todos os posts
    • Clube do Livro