Os 7 melhores livros do escritor brasileiro Adolfo Caminha

Adolfo Caminha é um grande escritor brasileiro do século XIX. Sua obra mais conhecida, O Bom Crioulo, ficou conhecida por se tratar de um dos primeiros livros a relatar a questão da homossexualidade. Polêmico, mas também sempre atento às questões sociais, Caminha não se aventurou apenas nos romances. Também publicou contos e poesias e chegou a deixar ainda duas obras inacabadas. Adolfo Caminha morreu precocemente, aos 29 anos de idad.e

O NotaTerapia indica os 8 melhores livros de Adolfo Caminha. Confira:

1- Voos Incertos (1886)

Este livro reuniu poemas escritos entre os anos de 1885 e 1887. Ele é dedicado à memória de sua mãe, Dona Maria Firmina Caminha, falecida em 27 de novembro de 1878, quando ele tinha apenas onze anos de idade. Da morte de sua mãe à publicação do livro já houvera passado nove anos. Esse livro é, pois, depositário de uma memória: a memória dos anos vividos em companhia da família, dos anos de infância na sua Aracati natal, na casa da rua Coronel Alenxanzito, um sobrado com porta e duas janelas no térreo e mais três grande janelas no andar superior, de fachada recoberta por azulejos portugueses em tom de azul, com filetes brancos e amarelos. Na fachada, lemos em placa hoje bastante gasta: “Nesta casa nasceu Adolfo Caminha em 29 de maio de 1867”. A casa hoje está em ruínas.

2- Judite (1887) / Lágrimas de um Crente (1887)

Estes contos, segundo Lúcio Jaguar, foram apenas uma vaidade muito bem entendida de um aluno talentoso que ao concluir o seu curso de “humanidade”, achou que devia assinalar a sua passagem pela Escola com alguma coisa mais do que uma estudantada ali qualquer! Um livro, uma obra d’arte que em todo o tempo falasse de sua cerebração. Foi, pois, sob este impulso que ele escreveu seu primeiro livro às vésperas do exame, enquanto recordava os pontos esquecidos do programa. Com a mesma ponta de lápis com que ia resolvendo os teoremas e as equações esquecidas, foi ele, dia a dia, construindo os ingênuos e simples capítulos da “Judith”. Era uma vaidade a satisfazer que ele tinha. O livro podia pertencer a qualquer escola, isto, neste tempo para ele era cousa muito secundária; o que o preocupava era que o livro fosse publicado naqueles dias, antes que a Armada contasse mais um tenente.

3- A Normalista (1893)

Na história da bela e ingênua Maria do Carmo – seduzida pelo padrinho à custa de chantagem –, o autor expõe de maneira implacável as contradições da sociedade em que vivia. Este livro, uma das obras-primas da literatura brasileira, concilia a história de uma adolescente com um panorama crítico de Fortaleza no século XIX.

Fonte: Skoob




4- No País dos Ianques (1894)

Obra publicada em 1894, o romance “No País dos Ianques“, de Adolfo Caminha, retrata experiências pessoais do autor, nas quais Caminha descreve a vida e as características das cidades que conheceu durante sua viagem a bordo do Almirante Barroso, oito anos antes, aos Estados Unidos.

5- Bom Crioulo (1895)

Romance do realismo, corrente literária resultante do positivismo, que traz uma visão pessimista em relação à vida do homem, e vai retratar o real, o mundo material tal como ele é e o homem dentro deste mundo coletivo, fruto desse seu meio-ambiente. Bom-Crioulo chocou a sociedade, tanto pelo tema abordado (o homossexualismo), quanto pelas cenas que retratam a realidade crua. O homem envolvido por um ambiente, segregação racial, perversões decorrentes de ambientes reclusos da sociedade são temas que a obra expõe.

Fonte: Skoob

6- Cartas Literárias (1895)

O volume de crítica literária, Cartas Literárias, publicado no Rio de Janeiro, em 1895, é composto por artigos que haviam aparecido na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, de novembro de 1893 a julho de 1894, além de outros trabalhos surgidos em 1891 na Revista Moderna, de Fortaleza. Logo na abertura do volume há uma dedicatória a Isabel C***, referência a Isabel Jataí de Paula Barros, que abandonou o marido, um alferes do Exército, para se unir a Caminha, fato que gerou rumoroso escândalo na provinciana Aracati e levou o escritor, então oficial da marinha, a abandonar a Armada. Integram a antologia Cartas Literárias os artigos: “Novos e Velhos” (crítica à estética simbolista e retrospecto da literatura no Brasil), “Protetorado de Midas” (dificuldade de o escritor brasileiro manter-se fiel aos seus ideais e a má vontade dos editores), “Émile Zola” (análise do romance Lourdes), “Nativismo ou Cosmopolitismo?” (crítica aos partidários dessa falsa questão), “A Forma” (defesa do cuidado com a forma), entre outros.

Fonte: Biblioteca Unesp

7- Tentação (1896)

Última obra publicada por Adolfo Caminha, “Tentação” foi publicado no ano de 1896, ano anterior à morte do autor. O romance conta o desapontamento de um casal de provincianos em contato com as falsidades da vida na Corte e relata, com olhar crítico, o ambiente vivido pela Capital no declínio do Segundo Reinado.

Fonte: Carlos Eduardo de Oliveira Bezerra

 



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