Apaixonada pelo mar e pela natureza, a mineira Nina Forlin lança o livro de poesia “Mergulhos”, escrito a partir de uma grande viagem pelos estados brasileiros; obra dialoga com “Mares”, livro com registros fotográficos de sua jornada.
A escritora e publicitária mineira Nina Forlin (@ninaforlin) sempre se preocupou em manter-se conectada com a própria essência, além de ser apaixonada pela natureza. Para empreender a aventura de viver no litoral, a autora desapegou da própria casa e da maior parte do seu armário, ficando apenas com uma mala de mão com algumas roupas, uma prancha e um ukelele. A jornada durou em torno de dois anos, segundo ela, os melhores dois anos da sua vida.
“Repleto de imagens luminosas e aquáticas, acompanhamos uma espécie de cartografia afetiva, em que as mesmas palavras se reorganizam para dizer, de muitas formas e em lugares diferentes, sentimentos de gratidão, felicidade, saudade.”
Dessa experiência, surgiu o livro “Mergulhos” (110 pág., Editora Paraquedas), que traz poemas da autora escritos neste período. A partir do diálogo expansivo com a biodiversidade e a geografia dos mais diversos litorais, Nina traça um tom sensível e intimista, que, na verdade, também diz respeito às transformações internas que a viagem proporcionou.
“Cada poema foi escrito e criado em um lugar diferente do Brasil, imprimindo nossa cultura e cada emoção sentida ao longo do caminho.” A autora também fotografou os lugares que passou, e seus sentimentos foram expressos também por meio da imagem, daí surgiu o livro “Mares” (52 pág, Editora Paraquedas), que será lançado em paralelo ao “Mergulhos”. O trabalho fotográfico de Nina pode ser acessado em seu site e via Urban Arts.
“Buscando um diálogo direto com o leitor, seus poemas, escritos em paisagens diferentes (nas quais o mar está sempre presente), falam dos mergulhos em si e no outro, da força do momento presente e dos acontecimentos que, como ondas, deixam rastros cheios de força por onde passam.”
Com o intuito de trazer as belezas dos quatro cantos do Brasil, “Mares” traz a leveza e a beleza brasileira, em um mergulho de culturas e tradições. “O ‘Mares’ surgiu no mesmo contexto do ‘Mergulhos’, todas as fotos foram tiradas durante a minha viagem e estão dentro de um contexto de mergulho profundo no autoconhecimento e conhecimento da nossa terra chamada Brasil”, explica a autora.
“Mergulhos” e “Mares” abordam o mundo exterior ao registrar um processo essencialmente interno, representando também o desejo de compartilhá-lo com o mundo. “As obras vieram de dentro pra fora, inseridas dentro de um contexto de vida em que eu mergulhava pelos mares e rios do Brasil, em uma viagem não só por todos os estados do Brasil, mas para dentro de mim”, afirma.