Com 77 anos, Sebastião Salgado foi premiado na categoria pintura por suas imagens em preto e branco de forte teor social
Fotografar a realidade nos ajuda não só a ver os absurdos do mundo, mas trazer novos olhares para aquilo que precisamos mudar na sociedade. No Brasil, uma das principais referências na fotografia, o grande Sebastião Salgado, foi um dos vencedores do 32° Praemium Imperiale, considerado como o Nobel das Artes, com lista divulgada em Paris.
Com 77 anos, Sebastião Salgado foi premiado na categoria pintura por suas imagens em preto e branco de forte teor social. É através das lentes de sua câmera, ele retrata com grande senso estético a situação de classes desfavorecidas, povos indígenas e a degradação do meio ambiente.

Seu último projeto, por exemplo, intitulado “Amazônia”, foi resultado de cerca de 50 expedições no coração da floresta. Ele está em exibição na Filarmônica de Paris até 31 de outubro, com mais de 200 fotografias que trazem à luz toda a riqueza de um dos maiores patrimônios naturais da humanidade.
O site do Brasil 247 destaca que criado em 1988 pela Japan Art Association, o prestigioso Praemium Imperiale concede 15 milhões de ienes (cerca de R$ 690 mil) a cada laureado. Tradicionalmente, a cerimônia de entrega dos prêmios é realizada em Tóquio, em outubro, na presença do príncipe Hitachi, irmão mais novo do imperador Akihito. No entanto, devido à pandemia de Covid-19, o evento será realizado virtualmente.

O 32° Praemium Imperiale também recompensou o escultor americano James Turrell, que usa espaço e luz como meio de expressão, e o arquiteto australiano Glenn Murcutt, conhecido por suas casas modernistas integradas ao ambiente rural (vencedor do prêmio Pritzker em 2002).
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