Há ganas de danças
nos pés que ora não tenho
Num quarto de hospedaria há um ente formado pelos resíduos de todas as pessoas que estiveram por lá. Testemunha
de cada visita, sua memória aos poucos torna-se afeto. Mas para essa presença, memória e afeto não bastam — é preciso mais.
O escritor e cineasta Nilton Resende faz sua estreia como romancista com FANTASMA, publicado pelo selo Trajes Lunares, focado na edição de livros de autores alagoanos ou radicados em Alagoas. FANTASMA é publicado dez anos após a estreia de Resende na prosa, com a coletânea de contos DIABOLÔ. Recentemente o autor também dirigiu o curta-metragem A BARCA, baseado no conto NATAL NA BARCA, de Lygia Fagundes Telles.
Nos lugares, após frequentados por pessoas diversas, há sempre um pouco delas: odores, raspas de pele, pelos, salivas, lembranças sonoras, humores vários. Grudam-se às paredes, tecidos, pisos. Por vezes, varam-nos. Os lugares todos são palimpsestos de visitas.
Sobre o autor
Nilton Resende é alagoano de Maceió. É Professor Adjunto de Literatura da Universidade Estadual de Alagoas/Campus Zumbidos Palmares, na qual coordena os Grupos de Pesquisa Ensino de Literatura (com ênfase no Ensino Médio) e Estudos da Narrativa (com ênfase em Narrativas de Ficção). Integra a Cia. Ganymedes de teatro, para a qual adaptou a novela MÁRIO E O MÁGICO, de Thomas Mann, para o espetáculo O MÁGICO, que codirigiu e protagonizou. Publicou os livros O ORVALHO E OS DIAS (poesia), DIABOLÔ (contos) e A CONSTRUÇÃO DE LYGIA FAGUNDES TELLES: edição crítica de Antes do Baile Verde. No cinema, tem trabalhado como ator, roteirista, preparador e diretor de elenco. O curta metragem A BARCA, baseado no conto NATAL NA BARCA, de Lygia Fagundes Telles, é seu primeiro filme como roteirista e diretor.
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