O grande ator Antonio Fagundes tem se destacado pelo amor aos livros e por suas indicações em suas redes sociais. Fagundes começou a divulgar suas leituras após seu personagem como editor de livros e livreiro na novela Bom Sucesso, na TV Globo. Por conta do sucesso de suas indicações, o site do GShow lançou um podcast com o ator em que ele indica uma série de livros contando os motivos pelos quais todo mundo deveria conhecer e ler algumas dessas obras.
Nesta semana, Fagundes vai participar de uma live com a equipe do NotaTerapia. Para quem quiser acompanhar o link é esse aqui:
O NotaTerapia separou as melhores biografias indicadas pelo ator. É interessante perceber que o ator pensa a biografia como algo um pouco diferente do que pensamos normalmente. Sua noção é ampliada não só para história das biografias individuais, mas para biografias de povos ou de um território, incluindo, por exemplo, o caso de Vidas Secas, como uma biografia da fome no sertão. Confira a lista completa:
“Prólogo, Ato, Epílogo”, de Fernanda Montenegro
Em Prólogo, ato, epílogo, Fernanda Montenegro narra suas memórias numa prosa afetiva, cheia de inteligência e sensibilidade. Com sua voz inconfundível, ela coloca no papel a saga de seus antepassados lavradores portugueses, do lado paterno, e pastores sardos, do lado materno. Lidas hoje, são histórias que podem “parecer um folhetim. Ou uma tragédia” ― gêneros que a atriz domina com maestria.
“O Livro de Jô” (dois volumes), de Jô Soares
Com verve mais afiada do que nunca, Jô Soares compartilha sua trajetória de astro midiático num livro de memórias escrito para fazer rir, chorar e, sobretudo, não esquecer.
“Leonardo da Vinci”, de Walter Isaacson
A biografia definitiva do mestre Leonardo da Vinci, assinada pelo autor dos best-sellers Steve Jobs: A biografia e Einstein: sua vida, seu universo. Com base em milhares de páginas dos impressionantes cadernos que Leonardo manteve ao longo de boa parte da vida e nas mais recentes descobertas sobre sua obra e sua trajetória, Walter Isaacson, biógrafo de Einstein e Steve Jobs, tece uma narrativa que conecta arte e ciência, revelando faces inéditas da história de Leonardo. Desfazendo-se da aura de super-humano muitas vezes atribuída ao artista, Isaacson mostra que a genialidade de Leonardo estava fundamentada em características bastante palpáveis, como a curiosidade, uma enorme capacidade de observação e uma imaginação tão fértil que flertava com a fantasia.
“Einstein: Sua Vida, Seu Universo”, de Walter Isaacson
Einstein: sua vida, seu universo baseia-se numa coleção de cartas divulgadas em 2006, vinte anos depois da morte da enteada do cientista, conforme ela determinara em testamento. Escrita pelo jornalista Walter Isaacson, que já presidiu os grupos Time e CNN, e amplamente elogiada pela crítica, revela um Einstein avesso a qualquer tipo de dogma. Foi esse espírito rebelde que permitiu o nascimento da teoria que revolucionaria a física.
“Benjamin Franklin: Uma vida americana”, de Walter Isaacson
A biografia de uma das figuras mais influentes da história moderna, escrita pelo autor de Steve Jobs: A biografia, um dos livros de não ficção mais vendidos de todos os tempos. Um dos chamados Pais Fundadores dos Estados Unidos, Benjamin Franklin está entre as figuras mais influentes de sua época, cujas descobertas científicas e ideias filosóficas e de negócios reverberam mundo afora. É também um homem de carne e osso que foi fundamental no desenvolvimento do que é hoje a nação mais poderosa do mundo. Nessas páginas, Walter Isaacson – autor do best-seller Steve Jobs: A biografia – narra a tumultuada trajetória desse escritor, cientista, inventor, diplomata e jornalista. Isaacson mostra como essa vida inacreditável ultrapassa o seu próprio tempo, e como a colaboração de Franklin em documentos como a Declaração de Independência Americana ajudou a moldar o mundo moderno.
“João Caetano”, de Décio de Almeida Prado
Este é um livro obrigatório nos estudos de teatro brasileiro. Pois Décio de Almeida Prado realiza aqui não só um cuidadoso levantamento da vida de João Caetano, mas principalmente uma aguda reavaliação crítica do significado histórico-estético deste primeiro grande momento de afirmação de uma arte teatral autóctone.
“Complô Contra a América”, de Philip Roth
Publicado originalmente em 2004, este romance caminha na contramão da atmosfera realista que costuma cercar a obra de Philip Roth: logo no primeiro parágrafo, o leitor se dá conta de que a ação transcorre no tempo em que o aviador Charles Lindbergh – o primeiro a atravessar o Atlântico a bordo de um avião – foi presidente dos Estados Unidos. Essa época, como se sabe, nunca existiu. Philip, o protagonista, é um menino como tantos outros, apaixonado por sua coleção de selos. O pai é corretor de seguros.
“O Tacão de Ferro”, de Jack London
O Tacão de Ferro também é marcadamente inspirado na experiência do autor, e revela fortes traços autobiográficos, como as personagens principais, Ernest e Avis Everhard, que representam, respectivamente, Jack London e sua esposa Charmian. Apresenta, porém, um aspecto da vida de Jack London, talvez menos conhecido do leitor brasileiro: o de militante político. O Tacão de Ferro transcende os gêneros literários tradicionais, justapondo ficção científica, polêmica social e romance. A habilidade estilística de London constrói uma narrativa em tempos múltiplos.
“Não Vai Acontecer Aqui”, de Sinclair Lewis
Um homem vaidoso, falastrão, anti-imigrantes e demagogo concorre à presidência dos Estados Unidos ― e ganha. Buzz Windrip promete aos eleitores americanos que fará o país próspero e grande novamente, mas acaba trilhando um caminho sombrio. Ele declara o Congresso obsoleto, reescreve a Constituição e desencadeia uma onda fascista no país. O novo regime se torna cada vez mais autoritário, e o jornalista Doremus Jessop pensa que logo o presidente será derrubado, mas quanto tempo é possível esperar?
“Canções Que Minha Mãe Me Ensinou”, de Marlon Brando
A comentada autobiografia de Marlon Brando, onde ele faz revelações inéditas, como seu caso com Marylin Monroe. Neste livro, Brando dá sua versão sobre uma série fatos de sua vida que sempre foram objeto de fofocas, a começar por seu complicado relacionamento com sua mãe alcoólatra.
O ator não se restringiu aos escândalos, porém: dá grande quantidade de detalhes sobre as peças e filmes de que participou, além de refletir copiosamente sobre seu próprio (e bizarro) comportamento. Para fãs de qualquer tipo.
“Vidas Secas”, de Graciliano Ramos
Lançado originalmente em 1938, Vidas secas retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. São também acompanhados pela cachorrinha da família, Baleia, cujo nome é irônico, pois a falta de comida a fez muito magra.Vidas secas pertence à segunda fase modernista da literatura brasileira, conhecida como “regionalista” ou “romance de 30”.
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