Travessuras de Minha Menina Má – livro III, de Otávio Bravo, é o terceiro romance da trilogia livremente inspirada na obra (quase) homônima de Mario Vargas Llosa: Travessuras da Menina Má. Se no primeiro volume de Bravo, não chegamos a conhecer a tal menina, mas acompanhamos a infância, adolescência e começo da vida adulta de Victor, seu personagem principal, principalmente na vivência ao lado do seu ídolo e irmão Caíque; e se no volume seguinte, tivemos o primeiro contato com Duda, a tal menina má e acompanhamos parte de sua relação com Victor, desde o primeiro momento, do apaixonamento, até um possível fim em um hotel na Cidade do Cabo; No terceiro, entramos na vida adulta de Victor, até chegar aos derradeiros momentos finais de seus dias.
O NotaTerapia separou as 11 melhores frases da obra. Confira:
Mesmo que não fosse planejamento consciente, aquela decadência era genitora de intento morrediço. Eu tinha mais nenhum interesse na vida; se da alma me brotasse coragem, transformando em ação as fantasias que tinha poria fim àquele martírio.
Acima de tudo, era Duda, e isso bastava – e bastaria sempre – para ter o meu perdão.
-Tome cuidado, Victor – dissera, fitando-me com expressão preocupada – Nada tem tanto poder quanto o amor. É algo que tem uma força maravilhosa, mas também destrói.
Havia nada a fazer.
Aquele era mesmo o Woodstock de um novo tempo.
Mas era o tempo de outros, não o meu.
E então, por quase um ano, e sem nem mesmo ter Virgílio a me escoltar pelas estações do infortúnio, desci aos nove círculos do Inferno.
O livro, cuja capa tinha a imagem dissoluta de um casal que se beijava ao pôr do sol, em estilo impressionista, trazia o nome do autor, William Gravelle, na parte superior e logo abaixo, com as mesmas letras vermelhas em fonte maior, o título, escrito em francês.
Travessuras de minha menina má”.
Uma vez mais, disse-me nada, e eu lhe retribuí o silêncio.
E como era irresistível, eu não resisti.
Era a lição definitiva que tirava daquilo tudo: uma lasca de felicidade pode apagar todos os infortúnios do passado. A vida é maravilhosa porque se renova.
Mas vida alguma fora tão completa quanto a minha.
Graças a ela, a menina má.