Histórias com personagens animais não são novidade. Desde nossa infância somos apresentados a fábulas e narrativas produzidas a partir de personagens não humanos antropomorfizados que nos permitem entrar em contato com algo que fala de nós, humanos. Não é propriamente o fato de serem ursos-polares os protagonistas do livro da japonesa Yoko Tawada que tornam esse um livro especial; é sua a capacidade de articular realidade e absurdo em uma narrativa tocante, comovente e sagaz, em que a delicadeza e singeleza das reflexões de um urso acompanham a sofisticação e a dureza dos processos que instauram instituições e burocracias tão assustadoramente humanas.
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Yoko Tawada nasceu no Japão em 1960, mas na década de 80 se mudou para a Alemanha. Ela já morava há tempos no país quando, em 2006, o mundo foi capturado pela fofura de um urso-polar que, no zoológico de Berlim, havia sido rejeitado pela mãe e adotado por seu criador. Como grande parte do mundo, a autora também se viu atraída para a história do pequeno Knut — inspiração para a escrita deste livro: “Memórias de um urso-polar” conta a história de três gerações de ursos-polares artistas, Knut, sua mãe Toska e sua avó. A partir das relações que essas três gerações de ursos têm com humanos em diferentes países e momentos históricos, Yoko Tawada passeia por alguns dos mais relevantes eventos do nosso século como a Guerra Fria, o desfazimento da União Soviética e a queda do Muro de Berlim. E enquanto constrói esse mapa histórico-geográfico, tece também outros mapas menores, mais locais, cujos elementos que os constituem são tanto humanos quanto não-humanos.
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