Como a fotógrafa Beth Moon registrou a ancestralidade da Terra

Escondidas em meio aos bosques de árvores anciãs (algumas com mais de 4000 anos!), encontram-se uma beleza perfeitamente afetada – machucada e transformada – e uma esperança de que podemos encontrar melhores maneiras de viver harmoniosamente com o nosso meio-ambiente.

Beth Moon

Por 14 anos, a fotógrafa Beth Moon deixou seu ninho profissional em San Francisco para explorar o mundo. Mas tinha um objetivo muito claro em mente: queria fotografá-lo a partir de suas árvores mais antigas. Por mais de uma década, a artista procurou por esses verdadeiros monumentos naturais que cresceram em localizações remotas e indicam a ancestralidade da terra. Para o seu projeto, Beth Moon desbravou partes dos Estados Unidos, Ásia, Europa, Oriente Médio e África pouco próximas do olhar humano.

Como aponta Moon, as árvores que decidiu registrar não têm placas de identificação. Na realidade, elas acabaram crescendo em lugares inesperados, sem relação íntima com os seus arredores, como se “existissem em um outro mundo”.

“Muitas das árvores que eu fotografei sobreviveram por estão longe do alcance da civilização; em montanhas, áreas privadas ou terras protegidas. Algumas espécies existem apenas em áreas isoladas do mundo. Por exemplo, existem seis espécies de baobás encontradas somente na Ilha de Madagascar, e a mítica árvore de sangue de dragão que cresce somente numa ilhota no Mar Arábico”, afirmou a fotógrafa em um artigo para a revista de fotografia LensCulture.

Os frutos desse projeto de 14 anos foram transformados nos magníficos livros Ancient trees: Portraits of time (Árvores antigas: Retratos do tempo, em tradução livre) e Ancient skies, Ancient trees em que são reunidas as fotografias prateadas e brilhantes da fotógrafa.

Confira abaixo alguns de seus trabalhos:

Bowthorpe Oak
Dragoeiro ou Sangue-do-dragão
Floresta Shebehon no Iêmen
Cedro vermelho
Figueira estranguladora
Paineira
Wadi Fa Lang
Lacerta
Andromeda
Lyra
Aloés
Corvus

Fotografias: Beth Moon ©

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