A região do Nordeste continua revelando jovens talentos em Olímpiadas. Na Olimpíada Ibero-americana de Química, que ocorreu no México em outubro, quatro estudantes brasileiros ganharam a medalha de ouro: os cearenses Naílton Gama de Castro e Vinicius Conrado Farias, o baiano Rafael Moreno Ribeiro e o paulista João Guilherme Odebrecht Rosa. O Brasil participa anualmente desde 1996 da fase internacional. No entanto, essa foi a primeira vez que todos os estudantes que representaram o país conquistaram o primeiro lugar no evento.
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Com seis fases e resultados cumulativos, o processo seletivo ocorre no Brasil. Na primeira fase, os alunos de escolas públicas ou particulares são inscritos gratuitamente pelos professores ou coordenadores sem limite de inscrições. Na última fase são selecionadas duas equipes, uma participa da Olimpíada Ibero-Americana de Química e a outra da International Chemistry Olympiad.
O professor Sérgio Melo, coordenador da Olimpíada Brasileira de Química, elogiou o resultado: “Invade-nos o sentimento de orgulho pelo brilhante desempenho dos nossos representantes, e a certeza que o processo seletivo foi exitoso. Há sete anos o Brasil permanece na primeira posição deste certame olímpico. Neste ano, com maior brilho pela máxima premiação conquistada por todos da equipe”.
De acordo com o professor, o nível de exigência para a fase internacional se manterá o mesmo para os inscritos. Além de dominarem a teoria com exames teóricos e práticos, os estudantes devem ter conhecimento de técnicas laboratoriais em química. O Programa Nacional Olimpíadas de Química conta ainda com o apoio de patrocinadores como a Associação Brasileira de Álcalis, Cloro e Derivados, que continua colaborando na formação de estudantes.