Várias escolas ainda estão tentando lidar com a pressão psicológica imposta pela pandemia de covid-19. Com o retorno das aulas presenciais, os educadores relataram que as turmas estavam com dificuldade de concentração e os jovens e crianças apresentavam casos de depressão e ansiedade. Já os professores descreveram a sensação de impotência e esgotamento mental como parte da rotina.
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Para contornar esse problema, uma escola pública no Distrito Federal adotou o projeto Cãoterapia, que foi colocado em prática no ano passado. No Centro Educacional 8 do Gama, que atende alunos do 6º do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio, duas cachorrinhas Lolla e Nina agem como um recurso terapêutico auxiliar. Elas circulam livremente pelo pátio e salas e ajudam os alunos a lidarem com a ansiedade.
“Os alunos amam a convivência com o animal. O projeto nasceu da necessidade de buscar alternativas para investir na saúde mental. O período pandêmico acentuou este quadro e muitos alunos voltaram com graves crises de ansiedade”, destacou a diretora da instituição.
A Cinoterapia ou Terapia Assistida por Animais é uma técnica terapêutica utilizada em pacientes com autismo, síndrome de Down e Alzheimer, bem como em pessoas com ansiedade e depressão. “A experiência tem demonstrado que, para o animal, são dias de lazer. Para os discentes, há alívio na ansiedade e leveza dos problemas enfrentados. O cão é usado como meio de estimulação crucial para os órgãos sensoriais, sentido cinestésico e o sistema límbico”, descreve o plano do projeto.
A interação dos alunos com os cães, que passam por adestramento semanalmente, foi uma iniciativa para trabalhar sentimentos como ternura, amizade e companheirismo.
Já o projeto “Cuidando de quem cuida” foi desenvolvido para auxiliar na saúde mental dos professores de modo a garantir um ambiente escolar de acolhimento e bem-estar para todos.