Amy Winehouse era absolutamente dependente do uso de drogas? Esta é uma visão pública que Tyler James, melhor amigo da artista desde a infância, quer desconstruir no livro “Minha Amy”. Ele, que esteve perto de Amy durante toda a vida, conta que a cantora passou cerca de três anos sem usar crack e heroína —as drogas pesadas nas quais foi viciada.
“As pessoas perpetuam esse mito de que ela era autodestrutiva, essa coisa rock de entrar para o clube dos 27. E não tem nada legal em morrer com 27 anos. Nos últimos anos, ela não tocou em droga pesada. Substituiu aquilo por álcool, mas estava querendo ficar sóbria, e lidando com o vício”, ele diz à Folha. “Acho que muitas pessoas não se dão conta disso.”

O livro que está em pré-venda conta a história dos amigos desde que Tyler James e Amy Winehouse se conheceram numa escola de canto e teatro de Londres quando ele tinha 13 e ela, 12 anos. Foi ali que eles se tornaram amigos inseparáveis. Mais: eram “almas gêmeas”, segundo ele. Tyler acompanhou Amy ao longo de sua ascensão artística: de cantora de jazz em obscuros clubes noturnos a superestrela dos grandes palcos e festivais do mundo.
Assistiu de perto ao massacre de Amy pela impiedosa indústria musical, sua fuga nas drogas e na bebida, os surtos de bulimia e automutilação, que acabaram tão cedo com sua brilhante carreira. Homenagem em forma de biografia, “Minha Amy” chega nas livrarias pretendendo ser o relato sincero da vida e da carreira de um dos maiores fenômenos musicais que o século XXI conheceu, Amy Winehouse.
Segundo o amigo retrata no livro, a cantora do cabelo de colmeia era como uma amiga doce e de personalidade única, quase deslocada no tempo:
“Ela era uma mulher tradicional. Realmente queria ser o tipo de mulher que cuida do seu homem, e vice-versa. Ela gostava de bad boys, e Blake acabou sendo isso pra ela. Amy sabia que os vícios dele eram perigosos. Mas quando você se apaixona, tudo isso vai por água abaixo —você é capaz de fazer qualquer coisa.”