Tudo começou com uma aposta com o preparador técnico do Palmeiras: um livro. E parece que deu certo. Naquele dia, Gustavo Scarpa fez um gol e deu o passe para outros dois na vitória de 3 a 0. Hoje, o atleta já leu pelo menos 90 livros e colocou suas ‘críticas’ sobre autores eu seu instagram. A sua lista começou com a leitura da Bíblia, se acentuou após ler a biografia de Steve Jobs e agora já inclui clássicos como Machado de Assis e Tolstói.
E a estante está aumentando tanto que ele já pensa em tirar troféus para caber livros. Em entrevista ao G1, ele disse:
“Já estou tirando os troféus da estante para abrir espaço para mais livros, né? Vou achar outro lugar para colocar os prêmios”
O NotaTerapia separou 10 clássicos lidos e resenhados pelo jogador. Confira:
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A metamorfose, de Franz Kafka

A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante – o famoso Gregor Samsa – transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana – tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.
“A metamorfose” é “maneiro; [tem o] moleque inseto”, disse Scarpa
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A Revolução dos Bichos, de George Orwell

nspirados por um discurso libertador, os animais maltratados e sobrecarregados de uma fazenda se voltam contra seu dono, expulsam-no e tomam o poder. Com idealismo inflamado e palavras de ordem emocionantes, eles se propõem a criar um paraíso de progresso, justiça e igualdade. Está armado o palco para uma das sátiras mais contundentes já escritas – uma fábula para adultos que registra como a revolução contra a tirania pode evoluir para um totalitarismo igualmente terrível.
“A revolução dos bichos”, de George Orwell, é “uma sátira interessante kkkk, outra época e pá”, disse Scarpa
Uma Confissão, de Liev Tolstói

Minha vida parou. Eu podia respirar, comer, beber, dormir, porque não podia ficar sem respirar, sem comer, sem beber, sem dormir; mas não existia vida, porque não existiam desejos cuja satisfação eu considerasse razoável. Se eu desejava algo, sabia de antemão que, satisfizesse ou não meu desejo, aquilo não daria em nada. Liev Tolstói Uma confissão registra a intensa crise de fé de Tolstói quando, em 1879, já tendo escrito duas das mais aclamadas obras da literatura universal, Guerra e Paz e Anna Kariênina, ele se questiona sobre o sentido da vida e é confrontado com sentimentos suicidas.
“É um pouco pesado, mas depois fica bem daora”, disse Scarpa
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Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski

“Crime e castigo” é um daqueles romances universais que, concebidos no decorrer do romântico século XIX, abriram caminhos ao trágico realismo literário dos tempos modernos. Contando nele a soturna história de um assassino em busca de redenção e ressurreição espiritual, Dostoiévski chegou a explorar, como nenhum outro escritor de sua época, as mais diversas facetas da psicologia humana sujeita a abalos e distorções e, desse modo, criou uma obra de imenso valor artístico, merecidamente cultuada em todas as partes do mundo.
“Muito bom. Se quer ajudar, não o repilas. Filantropia particular nada cura radicalmente, mas…”, disse Scarpa
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Frankenstein: Ou o Prometeu moderno, de Mary Shelley

Frankenstein é sem dúvida o maior clássico de terror de todos os tempos. É também um ensaio sobre a prepotência humana e a solidão em sociedade. Cego em seu propósito de dar vida à matéria inanimada, o cientista Victor Frankenstein constrói um ser monstruoso a partir de restos humanos – mas, quando enfim alcança o resultado pretendido, foge de sua própria criação! Abandonada e fadada ao desterro e à rejeição, a criatura passa a perseguir o cientista e, depois, a buscar vingança.
“Nunca imaginei que a história fosse desse jeito. Muito bom!”, disse Scarpa
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O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Bronte

Essa é uma história de amor e obsessão. E de purgação, crueza, devastação. No centro dos acontecimentos estão a voluntariosa e irascível Catherine Earnshaw e seu irmão adotivo Heathcliff. Rude nos modos e afetos, humilhado e rejeitado, ele aprende a odiar; mas com Catherine desenvolve uma relação de simbiose, paixão e também perversidade. Nada destruirá a essência desse laço – mas quando ela se casa com outro homem, por convenções sociais, as consequências são irreparáveis para todos em volta.
“Romance meio esquisito, angustiante, mas dahora kkkkkk”, disse o jogador
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O Príncipe, de Maquiavel

O príncipe, publicado postumamente, em 1532, é uma esplêndida meditação sobre a conduta do governante e sobre o funcionamento do Estado, produzida num momento da história ocidental em que o direito ao poder já não depende apenas da hereditariedade e dos laços de sangue. Mais que um tratado sobre as condições concretas do jogo político, O príncipe é um estudo sobre as oportunidades oferecidas pela fortuna, sobre as virtudes e os vícios intrínsecos ao comportamento dos governantes, com sugestões sobre moralidade, ética e organização urbana que, apesar da inspiração histórica, permanecem espantosamente atuais.
“Curti esse aqui. Não achei tão polêmico como falaram. O povo só não quer ser oprimido. Dar poder político pra igreja católica foi um erro”, disse Scarpa
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O Alienista, de Machado de Assis

Obstinado e fatalmente fiel à ciência, o médico não permitirá que nada – nem a população, nem o Estado, nem o senso comum – impeça sua nobre investigação sobre a razão humana. Publicada pela primeira vez em 1882, esta novela curta e sagaz foi uma das obras mais impactantes de Machado de Assis, um marco de sua voz questionadora e irônica e de sua visão tão certeira sobre questões inerentemente humanas.
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1984, de George Orwell

Em Oceânia, ter uma mente livre é considerado crime gravíssimo. Winston, então, se rebela contra o regime e, em seu anseio por verdade e liberdade, arrisca a vida ao se envolver amorosamente com uma colega de trabalho, Julia, e com uma organização revolucionária secreta. Publicado originalmente em 1949, este é um dos romances mais influentes do século XX, uma das mais importantes distopias da literatura e um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, 1984 é uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder.
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O Médico e o Monstro, Stevenson

Todos temos um lado pouco conhecido, secreto, por vezes maligno e até monstruoso. Raros, porém, são aqueles que dão vazão a esta faceta. O escocês Robert Louis Stevenson soube retratar, como poucos, este aspecto das personalidades múltiplas em sua novela gótica, O Médico e o Monstro, publicada originalmente em 1886, em Londres. Considerado um dos três maiores clássicos do gênero de horror, ao lado de Frankenstein e Drácula, O Médico e o Monstro inspirou incontáveis traduções, adaptações, interpretações e homenagens ao longo das décadas.
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