Hieronymus Bosch, um dos maiores pintores de todos os tempos, é conhecido pelos seus quadros gigantescos que retratam figuras paradisíacas e demoníacas, em geral entre humanas e animais. Com caráter barroco, de excesso, os corpos dessas figuras são acumuladas em sequências infinitas de orgias, exposição dos corpos e, inclusive, fogo, dor e violência. Há em Bosch, assim como nA Divina Comédia de algo que nos revela e nos esconde, nos faz participar e estranhar. São obras cuja potência apontam na humanidade algo de perdido, de abandonado e que, embora seja desejo, tenha virado tabu. O Jardim das Delícias Terrenas, uma de suas mais conhecidas obras, retrata um campo paradisíaco, tal como na cena bíblica, mas vista do viés do prazer: o corpo, na obra, é o paraíso.
O NotaTerapia selecionou alguns detalhes que talvez tenham passado desapercebidos na obra.
O quadro completo:
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