[Postado por Mental_Floss]
Certamente todo mundo já ouvi falar em Frank Sinatra e conhece, pelo menos, “New York, New York”. Uma das maiores vozes do mundo, Frank Sinatra – apelidado de The Voice (a voz) – marcou história com suas brilhantes interpretações, além de ter se consagrado também no cinema, tendo sido, inclusive, vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante por “A Um Passo da Eternidade” e de melhor ator pelo filme “O Homem do Braço de Ouro”.
Mas há alguns fatos a respeito de Sinatra que não são tão conhecidos assim. Confira 11 informações curiosas a respeito do cantor:
1- Nascimento traumático
Nascido em 12 de dezembro de 1915, em Hoboken, New Jersey, Francis Albert Sinatra estava azul e sem respirar quando saiu da barriga de sua mãe com a ajuda de fórceps. Tendo sido dado como morto, o bebê foi deitado no balcão da cozinha do apartamento enquanto o médico atendia sua mãe. Sua avó pegou o recém nascido no colo, o colou debaixo de água fria e o pequeno Frank já cantou sua primeira música.
2- Inseguranças com a aparência
O fórceps deixou sua marca no lado esquerdo do rosto de Sinatra, no formato de uma cicatriz que ia desde o canto da boca até a linha do maxilar, além de uma orelha de couve-flor. Quando adolescente, seu apelido era “Scarface” (cara-de-cicatriz, em tradução livre). Ele também sofreu com uma acne intensa, que deixou suas bochechas marcadas. Preocupado com sua aparência física quando adulto, Sinatra costumava usar maquiagem para disfarçar as cicatrizes. Mesmo assim, ele odiava ser fotografado do lado esquerdo. As inseguranças com sua aparência não acabam por aqui. Sinatra também usava sapatos com plataforma para aumentar em alguns centrímetros sua altura.
3- Imagem de “bad boy”
A imagem de bad boy de Sinatra começou com sua foto quando foi fichado em 1938. A acusação? Numa boate noturna, uma de suas namoradas atacou sua futura esposa Nancy e depois fez com que ele fosse preso duas vezes – uma, por sedução, e outra por adultério.
4- Publicidade enganosa
Nos anos 40, Frank – ou Frankie, como era conhecido então – se tornou um dos primeiros ídolos adolescentes americanos. Claro que há o mérito de sua incrível voz e sua habilidade de deixar as mulheres loucas, mas a excitação das meias 3/4 que ele incitava (chamada assim pelo fato de suas fãs usarem meias 3/4 no estilo dos colégios católicos enroladas até o tornozelo) teve uma ajudinha. O publicitário de Sinatra, George Evans, fazia audições com garotas para ver o quão alto elas conseguiam gritar, e então pagava a elas 5 pratas e as colocava estrategicamente posicionadas na platéia para ajudar a criar o clima de excitação.
5- A casa onde moro
Em 1945, Sinatra fez um curta, “The House I Live In” (A casa onde moro, em tradução livre), que expunha o anti-semitismo e a intolerância racial. Ironicamente, uma década depois, seu tom liberal o pintou de simpatizante do Comunismo durante o julgameto de McCarthy. Sinatra nunca testemunhou, mas o evento serviu para aumentar seu crescente arquivo no FBI.
6- Arquivo no FBI
Seu arquivo no FBI começou com J. Edgar Hoover alguns anos depois de um ouvinte de uma rádio escreveu ao Bereau, dizendo “outro dia eu liguei o rádio em um programa do Frank Sinatra e pensei como seria fácil um certo produtor criar um novo Hitler na America pela influência da histeria em massa”. Sinatra também estava sendo investigado pelo FBI por uma denúncia de ter pago $40,000 para médicos o declararem inapto para servir o exército.
7- Introdução ao álbum-conceito e ao box
Em 1946, o lançamento de Sinatra “The Voice of Frank Sinatra” ajudou a introduzir tanto o álbum-conceito quanto os boxes. Numa época em que Long-Plays eram raros, Sinatra lançou uma série de discos de 78 rotações com oito músicas, todas com o tema do amor perdido. Foram vendidos por aproximadamente $2,50 (equivalente a $30 atualmente). Mas o preço não impediu que ele ocupasse o topo das paradas por sete semanas. Dois anos depois, ele se tornou um dos primeiros discos pop em LP. Sinatra iria, mais tarde, fazer álbuns com temática inspirada em clássicos como Only the Lonely e In The Wee Small Hours para a gravadora Capitol Records.
8- Tentativas de suicídio
A fama de Frank sofreu um baque no início dos anos 50. Ele estava tão para baixo que até tentou suicídio. Andando pela Times Square, ele viu multidões de garotas esperando para entrar num show da nova sensação da música Eddie Fisher. Se sentindo devastado, Sinatra voltou para seu apartamento, colocou sua cabeça dentro do forno e ligou o gás. Por sorte, seu agente o encontrou a tempo, deitado no chão, soluçando. Sinatra tentou suicídio outras três vezes, todas durante seu relacionamento com a atriz Ava Gardner.
9- The Summit
Com seus amigos Dean Martin, Sammy Davis Jr., Joey Bishop e Peter Lawford, Sinatra liderou o grupo Rat Pack. O nome foi criado pela atriz Lauren Bacall anos antes para descrever um grupo de Hollywood que bebia muito que incluia seu então marido Humphrey Bogart e Sinatra. Os caras do Rat Pack, na verdade, se referiam ao seu grupo como The Summit, e tocavam em reuniões importantes em Paris entre os maiores líderes do mundo.
10- A bebida preferida
James Bond tem seus martinis. E, para Frank Sinatra, sua bebida preferida era uma mistura de 4 cubos de gelo, dois dedos de Jack Daniel’s e um pouquinho de água. “Este é o drink de um cavalheiro”, ele disse uma vez. E se você quiser segurar o drink como Frank, não toque a borda do copo.
11- New York, New York
Sinatra, na verdade, teve dois hits chamados “New York, New York”. O primeiro foi em 1949, no filme On the Town, e foi escrito por Leonard Bernstein, Adolph Green e Betty Comden. Trinta anos depois, Sinatra pegou o tema de New York, New York, de John Kander e Fred Ebb. Originalmente no filme de Martin Scorsese em 1977, chamado New York, New York, Sinatra a transformou em seu carro-chefe. Ele também irritou o letrista, Ebb, por ter mudado algumas palavras (Sinatra tinha feito isso a alguns letristas famosos, como Cole Porter), adicionando a frase “A-number-one”. Em 1993, Sinatra gravou a música novamente, desta vez num dueto com Tony Bennett.
[Matéria original em Mental_Floss, por Bill DeMain: http://mentalfloss.com/article/29962/11-little-known-facts-about-frank-sinatra]
Tradução e adaptação de Luisa Bertrami D’Angelo