A UFRJ concedeu título de doutor honoris causa a Lima Barreto, um dos pioneiros da literatura brasileira moderna.
Segundo a professora Beatriz Resende, da Faculdade de Letras da UFRJ, essa homenagem póstuma é um reconhecimento tardio ao trabalho do escritor, que em seu tempo usou a literatura como uma potente ferramenta para tratar temas como racismo e desigualdade social – temas que conhecia muito bem.
Lima nasceu no Rio de Janeiro, dia 13 de maio de 1881, com o nome Afonso Henriques de Lima Barreto. Suas obras literárias foram produzidas durante a primeira década do século XX, com estilo próprio, foi incompreendido e criticado por intelectuais da época. Não que fosse o suficiente para silenciar sua voz, e Lima inegavelmente deixou sua marca como autor de obras importantes, como “Triste Fim de Policarpo Quaresma” – Um verdadeiro clássico que, não sem motivo, é frequente em vestibulares.
Ele, por meio da escrita, bradou por liberdade e justiça. Esse título é uma conquista para nossa literatura!
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Quem foi Lima Barreto?
Alfonso Henriques de Lima Barreto foi um romancista, contista, cronista e jornalista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881, exatamente 7 anos antes da promulgação da Lei Áurea. Sua produção literária é uma das mais representativas da Primeira República no país, tendo sido uma importante voz das questões sociais brasileiras.
Barreto era negro, filho do tipógrafo Joaquim Henriques de Lima Barreto e da professora Amália Augusta, e não apenas vivenciou o preconceito e as condições desiguais dos pretos na sociedade brasileira como tratou diretamente dessa problemática nos seus romances e contos. Sua obra é, sem dúvida, uma leitura obrigatória para que compreendamos o Brasil, e Lima Barreto é um dos escritores mais importantes do país.
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Fonte- Radioagência Nacional.