A exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, chegará ao SESC Pompéia, em São Paulo, no dia 15 de fevereiro e permanecerá até 10 de julho. Após, irá para o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e, possivelmente, ainda visitará outras capitais brasileiras em 2023. A mostra já passou por Paris, Londres e Roma, no ano passado. Lélia Wanick, esposa do fotógrafo, é a responsável pela curadoria e pela cenografia da exposição.
Para compor esse acervo, estão as fotos que Salgado acumulou ao longo de 7 anos em viagem pela Amazônia e outras realizadas anteriormente. São retratadas a Floresta Amazônica, com toda sua exuberância, e a presença dos povos indígenas na região em mais de 200 fotografias em preto e branco.
O objetivo é despertar a consciência ambiental e a preservação desse bioma tão abundante e rico. Entre os anos de 2013 a 2019, ele realizou 48 expedições. Conheceu lugares, descobriu paisagens, navegou pelos rios e visitou 12 comunidades indígenas. “Todo mundo conhece a Amazônia como uma grande planície repleta de árvores e de rios, mas ela tem um sistema de montanhas maior do que os Alpes, com cachoeiras incríveis”, relata.
Como se estivesse numa expedição pela floresta, o visitante aprecia as imagens ao som de uma música composta para esse momento pelo francês Jean Michel Jarre, com sons próprios da Amazônia extraídos dos arquivos do Museu de Etnografia de Genebra. Numa surpreendente experiência visual e sonora, a música ainda acompanha as projeções fotográficas na parede.
Também há uma série de sete vídeos que mostra depoimentos de lideranças indígenas, destacando a importância da preservação da floresta. Além disso, eles relatam algumas das ameaças que vem enfrentando durante o governo Bolsonaro. Salgado também denuncia que esse governo tem se apropriado de territórios indígenas e parques nacionais para favorecer o agronegócio e a mineração, por isso é necessário lutar e auxiliar os movimentos de resistência para impedir a destruição.
Veja algumas fotografias:
Paisagem no Rio Jaú, no estado do Amazonas
Serra do Marauiá, no estado do Amazonas (2018)
Arquipélago de Anavilhanas, no Rio Negro (2009)
Cachoeira do Rio Cotingo, no estado de Roraima (2018)
Monte Roraima, em Roraima (2018)
Indígenas Suruwahas no Igarapé Pretão, no Amazonas
Menina Yawanawa, na Terra Indígena do Rio Gregório, no Acre (2016)
Jovem Ashaninka na Terra Indígena Kampa do Rio Amônea, Acre (2016)
Xamã Yanomami em ritual no Pico da Neblina, Amazonas (2014)
Jovem Ashaninka Na Terra Indígena Kampa do Rio Amônea, Acre (2016)
Homem na Terra Indígena Rio Gregório, Acre (2016)
Veja o vídeo: