Um apoio de peso que pode fazer toda diferença por uma maior diversidade na Academia Brasileira de Letras. Após escolhas mais “pops” como a atriz Fernanda Montenegro e o cantor e compositor Gilberto Gil, mais de 110 escritores assinaram carta de apoio à candidatura de Daniel Munduruku para a Academia Brasileira de Letras (ABL).
Embora ele não tenha sido eleito, Munduruku, que é autor de mais de 50 livros infantojuvenis, está cada vez mais perto de conseguir uma vaga de imortal. Ele seria o primeiro indígena a se tornar imortal na ABL.
Entre os signatários estão Ruth Rocha, Bernardo Carvalho, Boris Fausto, Itamar Vieira Junior e Pedro Bandeira. Segundo informações da Folha, Munduruku concorre ao Prêmio Jabuti deste ano com três obras nas categorias infantil e juvenil.
Ele disputa com o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho a cadeira de número 12 da instituição, que era ocupada por Alfredo Bosi, morto neste ano em decorrência da Covid. Viviana Bosi, filha do crítico literário, também assina a carta.
Quem é Daniel Munduruku?
Graduou-se em filosofia, história e psicologia pela Universidade Salesiana de Lorena – UNISAL. Fez mestrado e doutorado em Educação pela USP e pós-doutorado em Linguística pela UFSCar. É Diretor-Presidente do Instituto Uk´a – Casa dos Saberes Ancestrais. É autor de 54 obras, sendo a maioria classificada como literatura infanto-juvenil. Extremamente engajado no movimento indígena brasileiro. É membro da Academia de Letras de Lorena. Já publicou dezenas de obras, como O banquete dos deuses – conversa sobre a origem e a cultura brasileira, Contos indígenas brasileiros, entre outras.
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