Algumas pessoas, por desconhecimento ou por pura perversidade, continuam negando os horrores da ditadura militar no Brasil. Acusam um comunismo imaginário, citam a existência de guerrilhas armadas (que só passaram a existir depois do golpe) e, o argumento preferido, dizem que “quem era inocente não sofreu”. Isso não é de forma alguma verdade.
Quando uma ditadura se instaura, ela estica seus tentáculos para todos os lados, inventando inimigos e sufocando qualquer traço de liberdade. E a ditadura não pegou apenas aqueles que lutavam contra o regime como também torturou e exilou CRIANÇAS.
É isto que conta o livro “Infância roubada”, recém-lançado pela Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva. O material, segundo o site do Globo, em matéria assinada pela jornalista Mariana Sanches, é uma tentativa de rememorar como o Estado militar tratou os filhos de seus inimigos. A partir dos relatos das vítimas, o livro compõe narrativas inéditas de um dos trechos menos conhecidos e mais brutais da história nacional. São pouco mais de 300 páginas, incluindo ilustrações, fotografias e documentação histórica com depoimentos, contextualização dos casos. Ou seja, não há margem para negacionismo. Está tudo ali.
O livro está disponível GRATUITAMENTE então não tem mais desculpa para você não conhecer os horrores cometidos por essa, mas também por todas as ditaduras militares. Para baixar, só clicar aqui!
Como diz a jornalista, “Infância roubada” tem valor historiográfico por sugerir um certo padrão de tratamento dispensado pelos militares às crianças. Além de serem banidas, ficaram presas com os pais, participaram de sessões de tortura das mães, como espectadores ou como alvos das sevícias. E tiveram a própria existência ameaçada. A matéria do Globo inclui também o relato de algumas dessas crianças que foram torturadas e exiladas.
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