Se a capacidade de dizer muito com poucas palavras é um traço característico de Annie Ernaux, é possível que ela atingido um dos pontos mais altos de sua produção literária em O jovem. Mas é nas breves páginas deste livro magistral, a vencedora do Prêmio Nobel de 2022 dá conta de uma miríade de temas e afetos ao rememorar o relacionamento que teve, aos 54 anos, com um estudante trinta anos mais novo. Como de costume, Ernaux nunca fala de uma só coisa ao escrever. Embora pareça simples, ela fala muito mais.
Compre o livro aqui!
O Notaterapia separou 5 obras citadas por Annie Ernaux no livro O Jovem. Confira:
A cantora careca, de Eugène Ionesco
A cantora careca é a primeira peça escrita por Ionesco, em 1949 e faz parte do que se chama Teatro do Absurdo.Aqui, o casal inglês sr. e sra. Smith recebe o casal inglês sr. e sra. Martin em sua casa inglesa, com poltronas inglesas, de lareira inglesa. Há também a presença de um bombeiro e da empregada.
Chéri, de Colette
Filho de uma cortesã, o belo e mimado Chéri é educado na arte do amor por sua rival, Léa. No entanto, quando ele consente em um casamento arranjado com uma mulher rica, Chéri e Léa se separam. Mas ele não a esquece, e mesmo casado mergulha em um isolado mundo de sonhos e lembranças.
Leia também: “O jovem”: Annie Ernaux retrata a escrita e o papel da mulher nos anos 1990
Teorema, Pier Paolo Pasolini
Em Milão a vida de uma rica família burguesa é totalmente modificada por um misterioso visitante (Terence Stamp), que seduz a empregada, o filho, a mãe, a filha e finalmente o pai. Além disto tem um contato intelectual com todos eles, convencendo-os da futilidade da existência, e após cumprir seu objetivo parte em poucos dias.