O século XXI trouxe consigo uma nova era para a ficção árabe, que cada dia mais dá passos para além da tradição e experimenta com novos estilos, formas e vozes, rompendo com e reimaginando convenções de gênero, tom e narrativa. Já há muito conhecida por seus temas políticos e questões identitárias, questões moldadas em grande parte pelo seu doloroso e turbulento passado e presente de colonização, trauma e conflitos, a literatura árabe, hoje, explora essas temáticas com mais variedade de estilo, forma, construção e espaço que nunca, e também os ultrapassa, encontrando uma miríade de maneiras para falar de temas como exílio, pertencimento, esperança, deslocamento, vida e morte.
A seguinte lista foi composta pela The National em colaboração com o Centro de Língua Arábica de Abu Dahbi, construída com a ajuda de mais de 50 escritores, editores, especialistas, organizadores de festivais e juízes de prêmios literários, incluindo o Sheikh Zayed Book Award e o International Prize for Arabic Fiction. Ela inclui títulos de países árabes que já tem uma larga tradição literária – o Egito, o Líbano, a Síria, a Palestina – mas também vozes emergindo de lugares como a Arábia Saudita, o Sudão, a Algéria e o Iêmen. A coleção é dinâmica e variada, passando por ficção história, literatura alegórica e prosa tão crua que chega a ser jornalística, e levando seus leitores de campos de refugiados em Ramallah e alas psiquiátricas em Bagdá até becos de Makkah e prédios no Cairo.
A lista está dividida por país e organizada em ordem alfabética, e não se propõe a ser definitiva – tanto por estarmos ainda no primeiro quarto do século, como também por seu escopo obviamente limitado – mas se coloca, enfim, como “um guia e tributo para as vozes literárias vibrantes cujo trabalho traz nuance e profundidade à uma região mal-compreendida, ao mesmo tempo em que aponta para um animador futuro literário.”
ALGÉRIA
1. The Prince and the Passage of the Iron Doors (2005) – Waciny Laredj

Nesta ficção histórica intricada, Waciny Laredj mistura mito e memória para narrar uma jornada épica por uma Argélia em conflito. O protagonista, uma figura quase mítica, cruza um país marcado por guerra, tradição e identidade fragmentada, em busca de redenção e reconciliação com o passado.
2. The Spartan Court (2018) – Abdelouahab Aissaoui

Vencedor do International Prize for Arabic Fiction, o romance recria os anos finais da ocupação otomana na Argélia através de cinco narradores que apresentam versões conflitantes da história. Aissaoui entrega uma trama política densa sobre colonização, traição e resistência.
3. The Disappearance of Mr. Nobody (2019) – Ahmed Taibaoui

Neste noir urbano ambientado em Argel, um corpo sem identidade é encontrado, e um policial solitário decide investigar seu passado. O romance mergulha nas margens da sociedade argelina contemporânea, revelando os rostos invisíveis do abandono e da alienação.
ARÁBIA SAUDITA
4. The Dove’s Necklace (2011) – Raja Alem

Narrado por uma rua de Meca, o romance investiga o assassinato de uma mulher e mergulha nos segredos de uma cidade marcada por contradições entre tradição e modernidade. Raja Alem constrói uma narrativa ousada e poética sobre desejo, poder e invisibilidade feminina.
5. Throwing Sparks (2010) – Abdo Khal

O protagonista, um jovem pobre que ascende socialmente ao tornar-se o capanga de um príncipe decadente, narra com amargura e ironia os excessos e abusos da elite saudita. Uma crítica corrosiva à corrupção, à hipocrisia moral e à brutalidade escondida sob o luxo.
6. Uma Pequena Morte (2017) – Mohammed Hasan Alwan

Romance biográfico sobre o místico sufi Ibn Arabi, que percorre o mundo islâmico medieval em busca de iluminação espiritual e sentido existencial. Uma jornada de amor e fé, contada com lirismo e rigor histórico.
7. Voyage of the Cranes in the Cities of Agate (2017) – Omaima Al-Khamis

Um jovem copista parte em peregrinação intelectual pelo mundo islâmico do século XI, em busca do conhecimento e da verdade. Ao estilo de um Bildungsroman árabe, o livro explora as tensões entre razão e fé, tradição e mudança, em uma era dourada da cultura islâmica.
BAHREIN
8. Jariya (2014) – Muneera Swar

Ambientado entre Bahrein e África, o romance trata da herança da escravidão e das identidades mestiças no mundo árabe. A protagonista, fruto de uma relação entre um bahreinita e uma escravizada africana, confronta seu passado silenciado ao tentar reconstruir a própria história.
EGITO
9. O Edifício Yacoubian (2002) – Alaa Al Aswany

Um edifício no centro do Cairo abriga uma miríade de personagens — desde um aristocrata decadente até um jovem islâmico radicalizado. O livro traça um retrato impiedoso da sociedade egípcia pós-Nasser, expondo hipocrisias sociais, corrupção e repressão sexual com uma honestidade rara.
10. O Oásis do Pôr do Sol (2006) – Bahaa Taher

Um oficial egípcio exilado no deserto do Siwa após o assassinato de um líder nacionalista confronta seus próprios fantasmas coloniais. O romance mistura tensão política e introspecção existencial, explorando a fragilidade do idealismo sob o peso da História.
11. Azazel (2008) – Youssef Ziedan

No século V, um monge egípcio narra sua jornada do deserto à Antioquia, perseguido por dúvidas teológicas e pela presença perturbadora do demônio Azazel. Ao mesmo tempo romance histórico e debate religioso, a obra examina as origens do cristianismo com um olhar provocador e erudito.
12. After Coffee (2012) – Abdel Rasheed Mahmoudi

Através de memórias evocativas e atmosferas bucólicas, o autor pinta um retrato nostálgico da vida em uma aldeia egípcia nos anos 1940. Um romance de formação sobre juventude, modernidade e o fim de uma era, centrado na figura de um jovem aspirante a escritor.
13. O Elefante Azul (2012) – Ahmed Mourad

Quando o psiquiatra Yehia retorna ao hospital onde trabalhava, encontra um antigo amigo acusado de assassinato e internado na ala psiquiátrica criminal. À medida que tenta descobrir a verdade, Yehia mergulha em uma espiral de loucura, crime e sobrenatural. Um thriller psicológico que transita entre a razão científica e o terror místico.
14. Al Halwani: The Fatimid Trilogy (2024) – Reem Bassiouney

Esta trilogia monumental resgata a era fatímida do Egito por meio da figura de Badr al-Jamali, o célebre vizir armênio que transformou o Cairo medieval. Misturando romance histórico e intriga política, Bassiouney recria um dos períodos mais fascinantes do Islã com detalhamento vívido e linguagem contemporânea.
EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
15. That Other Me (2016) – Maha Gargash

Uma jovem mulher de origem humilde tenta afirmar sua identidade em uma sociedade rigidamente patriarcal e marcada por segredos familiares. O romance alterna entre gerações para traçar um retrato delicado das dinâmicas de gênero e classe nos Emirados em transformação.
16. One Room is Not Enough (2016) – Sultan Al Amimi

Um escritor entra em um mundo de duplicidade e intriga ao ser misteriosamente preso em um quarto onde nada é o que parece. Misturando o metafísico e o político, o romance é uma reflexão sobre vigilância, linguagem e controle em estados autoritários.
17. The Touch of Light (2024) – Nadia Al Najjar

Nesta obra de estreia lírica e contemporânea, Al Najjar explora a vida de uma jovem artista cega que reconstrói sua percepção do mundo através do som e do toque. Um romance sensorial e filosófico sobre perda, percepção e a beleza nas margens do visível.
IÊMEN
18. A Land Without Jasmine (2008) – Wajdi Al-Ahdal

O desaparecimento de uma estudante universitária desencadeia uma série de testemunhos contraditórios que revelam uma sociedade obcecada por controle sexual e violência de gênero. Satírico e corajoso, o romance critica o patriarcado iemenita com uma linguagem crua e provocativa.
19. Revelation (2018) – Habib Abdulrab Sarori

Um cientista iemenita, ateu convicto, é abalado por uma experiência mística que o obriga a revisitar sua fé, sua história familiar e seu país em colapso. A narrativa combina autobiografia, teologia e crítica social em um retrato íntimo de dúvida e revelação espiritual.
IRAQUE
20. The Loved Ones (2004) – Alia Mamdouh

O livro acompanha a vida de uma mulher iraquiana expatriada em Paris, costurando memórias de família, exílio e opressão feminina. Um romance lírico e fragmentado sobre trauma, pertencimento e os laços entre mães e filhas que sobrevivem às guerras e às distâncias.
21. Frankenstein em Bagdá (2014) – Ahmed Saadawi

Após um atentado, um catador de lixo costura pedaços de corpos das vítimas e dá vida a um ser que busca vingança pelos mortos. Neste romance alegórico e sombrio, Saadawi reimagina o mito de Frankenstein em pleno caos da guerra do Iraque, criando uma poderosa metáfora sobre violência, identidade e justiça.
22. The Dispersal (Tashari) (2013) – Inaam Kachachi

A história de uma médica iraquiana exilada na França que reconstrói sua história por meio de cartas e memórias narradas por seu filho jornalista. O termo “Tashari”, que dá título ao livro, refere-se a uma bala disparada aleatoriamente — símbolo da diáspora forçada vivida por tantos iraquianos.
JORDÂNIA
23. Notebooks of the Bookseller (2021) – Jalal Barjas

Um livreiro apaixonado por romances assume a identidade de personagens literários enquanto sua saúde mental deteriora-se em meio à exclusão social. O livro mistura realismo e delírio para construir uma poderosa crítica à marginalização, ao abandono do Estado e ao papel redentor da literatura.
KUWAIT
24. Os Talos de Bambu (2013) – Saud Alsanousi

Filho de uma empregada filipina e de um kuwaitiano, José cresce entre duas culturas e sente-se estrangeiro em ambas. Ao retornar ao Kuwait, busca entender sua identidade e lugar no mundo, em uma narrativa potente sobre raça, pertencimento e as fronteiras invisíveis da sociedade do Golfo.
25. The Book Censor’s Library (2021) – Bothayna Al-Essa

Uma história ambientada em um futuro distópico onde o Estado controla rigidamente o conteúdo literário, e um censor de livros começa a questionar seu papel. O romance explora os limites da censura, da consciência e da liberdade intelectual, com ecos contemporâneos perturbadores.
LÍBANO
26. Yalo (2008) – Elias Khoury

Em uma prisão libanesa, Yalo é forçado a confessar seus crimes, mas seus relatos contraditórios lançam dúvidas sobre memória, verdade e violência. Elias Khoury constrói um retrato psicológico pungente sobre trauma, abuso e os efeitos da guerra civil no tecido humano e social do Líbano.
27. Chuva de Junho (2006) – Jabbour Douaihy

Vinte anos após um massacre em sua aldeia natal, um jovem libanês retorna dos Estados Unidos para desvendar os segredos por trás da tragédia. Um romance sobre memória coletiva, reconciliação e o legado sombrio das guerras fratricidas.
28. The Druze of Belgrade (2012) – Rabee Jaber

Após ser injustamente condenado, um homem cristão libanês é enviado como prisioneiro ao Império Otomano, confundido com um rebelde druso. Misturando ficção histórica e alegoria, o romance aborda identidade, injustiça e os efeitos desumanizantes da opressão estatal.
29. Autumn of Innocence (2017) – Abbas Beydoun

Após cumprir pena por um crime que talvez não tenha cometido, o protagonista tenta reconstituir sua vida em meio à vergonha e à violência emocional herdadas de sua sociedade patriarcal. O romance toca em temas como culpa, masculinidade tóxica e os limites entre verdade e memória.
30. Correio Noturno (2019) – Hoda Barakat

Em uma narrativa fragmentada e pungente, cartas de exilados, migrantes e marginalizados circulam sem destino certo, expondo a solidão, a crueldade e a esperança de quem vive à margem. Uma poderosa meditação sobre perda, identidade e a fragilidade do humano em tempos de colapso.
31. Hind or the Most Beautiful Woman in the World (2019) – Hoda Barakat

Neste romance experimental, Barakat narra a vida de Hind, uma mulher cuja beleza estonteante torna-se tanto bênção quanto maldição. A história aborda desejo, violência e o controle do corpo feminino em uma sociedade sufocada por dogmas.
LÍBIA
32. Call of What Was Far (2006) – Ibrahim Al-Kouni

Inspirado pelo deserto e pelo misticismo tuaregue, o romance acompanha a jornada de um homem em busca da verdade sobre seu passado e sua tribo. A obra mistura simbolismo, ecologia e espiritualidade, consolidando Al-Kouni como um dos grandes místicos da literatura árabe contemporânea.
33. Bread on Uncle Milad’s Table (2021) – Mohammed Alnaas

Um homem líbio, que assume os papéis tradicionalmente femininos dentro de casa, torna-se alvo de escárnio social. Ao narrar suas memórias enquanto espera por sua noiva, o romance questiona normas de gênero, masculinidade e as fronteiras entre o público e o privado na sociedade líbia contemporânea.
MAURITÂNIA
34. Wadi Al-Hatab (2019) – Sheikh Ahmad Alban

Em um romance que flerta com o realismo mágico e o simbolismo sufista, o autor revisita a história mauritana a partir de um vale mítico onde passado, presente e espiritualidade se entrelaçam. É uma narrativa densa, carregada de metáforas sobre identidade, exílio e a busca por um sentido sagrado em tempos de desintegração cultural.
MARROCOS
35. O Polímata (2002) – Bensalem Himmich

Um romance biográfico sobre Averróis, o grande filósofo andaluz do século XII, que reconstitui sua trajetória como pensador, médico e jurista confrontado pela intolerância religiosa. Himmich cria um retrato vívido da tensão entre razão e fé, ciência e dogma, num dos períodos mais conturbados do Islã medieval.
36. The Arch and the Butterfly (2010) – Mohammed Achaari

Após o suicídio de seu filho, um diplomata marroquino precisa revisitar seu próprio passado político e os silêncios da esquerda derrotada. Com lirismo melancólico e grande carga simbólica, o romance é um retrato doloroso de desilusão, radicalização e das cicatrizes deixadas pela repressão política.
OMÃ
37. Corpos Celestes (2019) – Jokha Alharthi

Em uma pequena aldeia de Omã, três irmãs enfrentam destinos distintos em meio a mudanças sociais que transformam seu país. Com uma prosa sensível e estruturada em múltiplas vozes, o romance investiga amor, opressão, liberdade e as memórias ainda vivas da escravidão no Golfo Pérsico.
38. The Exile of the Water Diviner (2023) – Zahran Alqasmi

A história de um adivinho de água, exilado por seu dom incompreendido, serve de metáfora para os conflitos entre saber tradicional e modernidade. Com uma escrita enxuta e poderosa, Alqasmi constrói um romance poético e silencioso sobre solitude, conexão espiritual e o peso da ancestralidade.
PALESTINA
39. The Fools of Bethlehem (2015) – Osama Alaysa

Misturando realismo e fábula, o romance traça a história de um prisioneiro libertado que retorna à sua cidade natal apenas para descobrir que tudo mudou — inclusive ele mesmo. Através de personagens excêntricos e situações surreais, Alaysa pinta um retrato tragicômico da Palestina sob ocupação e memória.
40. Destinies: Concerto of the Holocaust and the Nakba (2016) – Rabai Al-Madhoun

O livro constrói um mosaico narrativo entrelaçando as tragédias do Holocausto e da Nakba palestina, explorando identidades fragmentadas, exílio e pertença. Um dos romances mais ambiciosos da literatura palestina contemporânea, refletindo sobre trauma e narrativas em disputa.
41. The Second War of the Dog (2016) – Ibrahim Nasrallah

Em uma distopia árabe brutal, o protagonista — um ex-ativista convertido em tirano — é confrontado por sua própria duplicidade quando descobre que tem um clone. Com linguagem afiada e atmosfera claustrofóbica, Nasrallah oferece uma crítica feroz ao autoritarismo e à erosão moral nas sociedades contemporâneas.
42. Velvet (2016) – Huzama Habayeb

Em um campo de refugiados palestinos na Jordânia, uma jovem costureira encontra nas texturas do veludo o único consolo para a brutalidade de sua existência. Com lirismo denso, o romance mergulha na experiência feminina palestina marcada pela opressão, desejo e pequenas resistências cotidianas.
43. A Mask, The Colour of the Sky (2024) – Basim Khandaqji

Escrito da prisão, o romance de Khandaqji narra a vida de um arqueólogo palestino que esconde sua verdadeira identidade sob o pretexto da ciência. A obra levanta questões sobre identidade, sobrevivência e as máscaras que os palestinos precisam usar para existir em meio ao conflito e à vigilância.
SUDÃO
44. The Grub Hunter (2011) – Amir Tag Elsir

Um ex-espião incapacitado pela guerra tenta reinventar-se como escritor, mas acaba envolvido em uma trama de paranóia, vigilância e autoengano. Uma sátira sombria sobre autoritarismo, fracasso e os limites da criação literária.
45. The Longing of the Dervish (2016) – Hammour Ziada

Durante a revolta mahadista no Sudão do século XIX, um ex-escravo e dervixe libertado busca vingança e redenção. Em um cenário turbulento de fanatismo, colonialismo e amor impossível, o romance revela as múltiplas facetas do desejo — espiritual, político e humano.
SÍRIA
46. Sem Facas Nas Cozinhas Desta Cidade (2013) – Khaled Khalifa

Um romance brutal e poético que retrata o impacto do autoritarismo sobre uma família síria durante décadas. Khalifa descreve com lirismo sombrio a opressão cotidiana e a corrosão da intimidade sob o peso do medo e da censura.
47. Remorse Test (2018) – Khalil Sweileh

Um intelectual sírio revisita suas escolhas, paixões e covardias em meio à devastação de seu país. Com um ritmo introspectivo e metalinguístico, o livro é um exame de consciência diante da crise e da sobrevivência ética em tempos de guerra.
48. The Russian Quarter (2019) – Khalil Alrez

Ambientado em um bairro multicultural de Damasco, o romance gira em torno de um músico e sua relação com uma atriz russa misteriosa. Um tributo à arte e ao amor em meio à violência da guerra civil, com ecos de Tchekhov e do realismo mágico.
49. Suleima’s Ring (2022) – Rima Bali

Neste romance histórico de tons fabulares, uma jovem síria herda um anel encantado que a conecta às gerações femininas de sua linhagem. A narrativa entrelaça passado e presente em uma reflexão sobre liberdade, misticismo e herança matrilinear.
TUNÍSIA
50. O Italiano (2015) – Shukri Mabkhout

Após agredir um imã durante um funeral, Abdel Nasser é levado ao ostracismo e forçado a confrontar sua história pessoal e as contradições políticas da Tunísia pós-independência. Um romance intenso sobre ideologia, desejo e queda moral.
Matéria inspirada na lista original do The National News