A Mauricio de Sousa Produções (MSP) criticou o uso de inteligência artificial para recriar quadrinhos da Turma da Mônica. Recentemente, imagens dos personagens geradas por IA viralizaram nas redes, levando o estúdio a se manifestar.
Em nota ao Estadão, a MSP afirmou reconhecer a IA como ferramenta inovadora, mas destacou que ela não deve substituir a criação humana. “O traço da Turma da Mônica é único, fruto de décadas de trabalho artístico, e nenhum algoritmo pode replicá-lo por completo”, disse.
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A empresa ressaltou que seus personagens são protegidos por direitos autorais e que tomará medidas contra usos não autorizados. A polêmica surgiu após uma onda de tirinhas em IA imitando estilos como o do Studio Ghibli. Algumas versões da Turma da Mônica geradas por máquina associaram os personagens a temas sensíveis, como ataques terroristas e overdoses, aumentando a preocupação.
O que diz a Mauricio de Sousa Produções?
A Mauricio de Sousa Produções reforçou que preservará a integridade de sua obra, enquanto o debate sobre ética e IA na arte continua: “Não autorizamos a criação de conteúdos que violem esses direitos, nem admitimos associações com discursos de ódio, desinformação ou práticas que contrariem os valores da empresa. Há mais de 60 anos, defendemos a ética e o compromisso com a cultura e agiremos sempre que esses princípios forem desrespeitados”.
Em maio de 2024, o Estadão noticiou que artistas como Mauricio de Sousa e Henfil foram usados para alimentar inteligência artificial sem autorização. Na ocasião, três artistas norte-americanos processavam três empresas de inteligência artificial por reproduzirem seus traços sem autorização.