A senhora Pylinska e o segredo de Chopin: Éric-Emmanuel Schmitt mostra que a música provoca epifanias

Algumas músicas escutadas na infância podem nos acompanhar durante a vida adulta. No novo livro de Éric-Emmanuel Schmitt, conhecemos Éric que, ao ouvir sua tia Aimée tocar uma peça do Choppin no piano, ficou fascinado. A prática do instrumento durante a infância e a adolescência não se mostraram suficientes, e aquela música, como a escutara pela primeira vez, ainda lhe escapava. Haveria algum segredo na música do compositor polonês? Pode a música de um compositor como Chopin dar sentido a toda uma existência? Guiar decisões e caminhos de uma vida inteira?



Pela tradução de Mariana Delfini, acompanhamos, ao lado do jovem protagonista, as exigentes e excêntricas aulas de piano da senhora Pylinska. Polonesa emigrada em Paris, dedica sua vida e suas aulas ao compositor que mais ama e adota em suas aulas uma metodologia nada convencional: em vez de repetições no piano, os alunos devem observar os movimentos sutis da natureza e da alma humana, passear pelo Jardim de Luxemburgo, escutar o silêncio em um quarto vazio e dedicar-se aos relacionamentos amorosos.

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Aos vinte anos, estudante de filosofia em Paris e com toda uma vida pela frente, a busca de Éric pela maneira perfeita de tocar a música de Chopin e realizar seu desejo de infância ganha contornos peculiares quando ele inicia as lições com a senhora Pylinska. Sem perder o humor e a delicadeza, a obra propõe reflexões acerca do amor, relacionamentos e escolhas profissionais.

Ah! Este sentimento tão raro, quando se fecha um livro, de saber que ele nunca mais o abandonará. Esta fábula repleta de gatos, com uma aranha amante da música e uma tia adorada é uma ode tenra e divertida à melodia do viver.” — Pierre Vavasseur, Le Parisien.

Sobre o autor:

Éric-Emmanuel Schmitt, escritor, dramaturgo e cineasta, nasceu em St. Foy-lès-Lyon, França, em 1960. Considerado um dos autores franceses contemporâneos mais lidos, teve seus livros traduzidos para mais de quarenta idiomas e peças teatrais estreadas em mais de cinquenta países. Venceu o prêmio Goncourt em 2010 e se tornou membro da Académie Goncourt em 2016.

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