Com a missão de garantir que o talento de sua filha, a jovem colombiana Mara Lobatón, seu pai, o colombiano Jesus Eli Lobatón, caminha pelas ruas e no metrô de São Paulo divulgando o livro ‘Nômades Invisíveis: a origem da resiliência dos imigrantes e refugiados’.
Segundo Eli, a obra relata sobre resiliência e amor pela vida, em histórias que demonstram e ajudam a entender porque existe a imigração. Fala sobre pessoas imigrantes – refugiadas que chegam em cidades como São Paulo, depois de sobreviverem a guerras civis, massacres ou ditaduras em seus países de origem.
O pai, cheio de orgulho, ressaltou a importância da literatura no processo de humanização da trajetória de pessoas imigrantes e ressalta: “Imigrantes não são invisíveis […] todos temos um antepassado imigrante”. Para conhecer mais sobre o livro ‘Nômades Invisíveis’, acesse o Instagram do Jesus Eli Lobatón @oprofe.eli
Deportação dos EUA: nômades (in)visíveis
Este episódio é muito emblemático, neste momento, em que os EUA estão realizando deportação em massa. Em janeiro, 109 voos de deportação de imigrantes saíram dos EUA para países como México, Colômbia, Brasil, Cuba e China.
O atual presidente estadunidense está deportando famílias inteiras com a justificativa de que grande parte dos problemas econômicos e sociais dos EUA eram resultados da imigração.
Conforme as últimas notícias, sua política anti-imigração continuará e seu próximo alvo são cerca de 600 mil venezuelanos, que perderão o Status de Proteção Temporária (TPS), programa federal que protege pessoas migrantes nos EUA por não conseguirem retornar ao seu país devido a condições locais, como guerras, desastres naturais ou crise política.
O imigrante é um corpo – território em deslocamento pelo mundo e não são invisíveis. Eles existem e interferem diretamente na economia, na cultura e na formação das sociedades. Assim, Jesus e Mara Lobatón, são exemplos de que as pessoas imigrantes existem e não podem ser invisibilizadas.