Com o sucesso de “Ainda Estou Aqui”, muita gente está conhecendo os outros lados da atriz Fernanda Torres. Um deles é o de escritora que publicou alguns livros, dentre eles o romance Fim. Outro, é o lado de leitora: Fernanda é uma leitora voraz e, inspirada pela influencer americana Courtney Novak, abriu um Tiktok para indicar livros. Além disso, ela foi convidada pelo @UOL, junto com outros 169 intelectuais da língua portuguesa para indicar obras para conhecer o Brasil.
Confira as dicas dos livros preferidos da autora!
Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa
“Grande Sertão: Veredas’ é o Fausto sertanejo. Um livro que coloca o Brasil no centro dos dilemas mais profundos da humanidade, ao discutir a natureza do bem e do mal. Como se não bastasse, Guimarães Rosa inventa línguas. Não há o que dizer de ‘Grande Sertão: Veredas’, é preciso lê-lo”, disse Fernanda.
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Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
“É um livro absurdo, cortante, hilariante, moderno e terrível. É o retrato de Machado de Assis de uma elite caprichosa, egoísta e volúvel, num livro que marca a grande virada literária do bruxo”, afirmou.
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Macunaíma, Mário de Andrade
Sobre o “herói sem nenhum caráter”, Fernanda disse: “Somos todos Macunaíma.”
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Os Sertões, Euclides da Cunha
“Se Euclides da Cunha tivesse escrito apenas a parte final de ‘Os Sertões’, ‘A Guerra’, esse livro extraordinário já seria um clássico, mas não. As duas primeiras partes, ‘A Terra’ e ‘O Homem’, misturam geologia e antropologia com alta literatura. Cunha é capaz de transformar a luta de uma planta para se desenvolver no solo árido da caatinga em paixão de Cristo, em drama épico. ‘Os Sertões’ é um livro fundamental para se entender o Brasil”, disse a atriz.
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Tristes Trópicos, Claude Lévi-Strauss
“O mais belo livro já escrito. Nesta obra autobiográfica, Claude Lévi-Strauss narra as duas viagens que fez ao Brasil, na década de 1930. A primeira teve como missão educar os filhos da elite cafeeira, na recém-inaugurada USP. Na segunda viagem, o antropólogo se embrenhou pelo sertão e pelas matas, a fim de conhecer os povos originários do Brasil.”
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Escravidão, Laurentino Gomes
A escravidão fundou o Brasil. Nessa trilogia monumental – cujo terceiro volume ainda está para ser publicado -, o historiador Laurentino Gomes revela o impacto dos trezentos anos de tráfico de humanos entre a África e as Américas, nos três continentes que lucraram e se desenvolveram graças ao comércio dos navios negreiros. Não haveria Brasil sem África. Laurentino mete a mão no vespeiro norteado pelo pragmatismo econômico, e tece a malha de relações sociais, empregatícias, legais, linguísticas, religiosas e afetivas herdadas do regime escravocrata.
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Ao Vencedor, as Batatas, Roberto Schwarz
As Ideias Fora do Lugar’, capítulo de abertura de ‘Ao Vencedor, as Batatas’, é um ensaio seminal do crítico literário Roberto Schwarz, sobre a entrada do Brasil no mundo moderno, através de uma economia baseada no latifúndio arcaico escravocrata. No livro, o professor se vale da literatura para demonstrar a inadequação dos ideais liberais do romantismo europeu do século 19, num país patriarcal como o nosso, tendo como base a evolução dos romances de Machado de Assis, desde ‘Ressurreição’ e ‘Iaiá Garcia’ até ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’.
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Album de Família, Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues transformou o drama do suburbano médio brasileiro em tragédia grega, em Medéia, Édipo e Antígona. ‘Álbum de Família’ se passa na casa grande e retrata a herança patriarcal das fazendas que nos fundaram. Assim como ‘Vestido de Noiva’, ‘Toda Nudez Será Castigada’, ‘Anjo Negro’, ‘Beijo do Asfalto’ e toda a vasta produção literária rodrigueana, ‘Álbum de Família’ consegue ser ao mesmo tempo épica, trágica e ridícula.
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