Um turista inglês cai durante uma escalada no Monte Everest. A partir daí começa “Dois Sherpas”, romance do argentino Sebastián Martínez Daniell. Enquanto decidem o que fazer diante dessa queda, os dois guias, que conhecemos apenas como “sherpa velho” e “sherpa jovem”, são forçados a encarar o abismo. E quando olhamos longamente para o abismo, o abismo olha de volta para dentro de nós.
Dois Sherpas: O que diz o abismo?

Assim, Dois Sherpas, do argentino Sebastián Martínez Daniell, mescla influências que vão de Samuel Beckett a tiras cômicas e tratados de geologia, passando por uma notável galeria de personagens históricos que inclui figuras como George Mallory, Lady Houston, John Hunt, Tenzing Norgay e Edmund Hillary.
Com estrutura fragmentária e capítulos que são mais pequenas vinhetas ou flashes de memórias, a narrativa vai percorrendo eventos marcantes da vida dos dois sherpas: um encontro em uma praia perdida no tempo e no espaço, uma apresentação escolar da peça Júlio César, de Shakespeare, um acidente com um Caterpillar, uma viagem de carro a Namche. Paralelamente, Daniell nos conduz por fragmentos da história da origem do povo sherpa, do colonialismo e da exploração, em uma brilhante excursão pelas paisagens e pela simbologia das montanhas do Himalaia.
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Sobre o autor

Sebastián Martínez Daniell (Buenos Aires, 1971) é autor de três romances: Semana (2004), Precipitaciones aisladas (2010) e Dos sherpas (2018). Seus textos já foram publicados nas antologias Buenos Aires / Escala 1:1 (2007), Uno a Uno (2008), Hablar de mi (2010) e Golpes, relatos y memorias de la dictadura (2016). É um dos fundadores da editora independente argentina Entropía e professor de escrita criativa na Universidade Nacional das Artes de Buenos Aires. Dois sherpas é seu primeiro livro publicado no Brasil.