Poema inédito de Mario Quintana é encontrado em manuscrito. Leia aqui!

O poema inédito encontrado se chama “Canção do Primeiro do Ano” e estava dentro de um livro do poeta

O livreiro George Augusto, de Porto Alegre, encontrou um incrível poema inédito de Mario Quintana, poeta brasileiro morto em 1994. O manuscrito de “Canção do Primeiro do Ano”, o nome do poema, estava dentro de um livro de Quintana que foi adquirido de uma coleção particular composta por mais de 5 mil volumes. Mas será que o poema é mesmo de Quintana?

Segundo o site Revista Forum, o papel traz a assinatura de Quintana e a data, 1ª de janeiro de 1941. A anotação foi analisada pelo livreiro e pelo professor e diretor do Theatro São Pedro, Antônio Hohlfeldt que compararam a grafia com outros registros da letra de Quintana. Devido à escrita característica, não tiveram dúvida de se tratar de um original legítimo. Mas um mistério ainda paira sobre os outros papéis encontrados.

George comentou:

“Encontramos bilhetes de loteria, encontramos cartas, encontramos poemas de amor, encontramos poemas de desespero de um amor rompido, e podemos encontrar inclusive uma moeda de luar como esse poema do Quintana que foi efetivamente o que aconteceu, foi assim que se processou essa visita do anjo Quintana pra todos nós”, disse.

O manuscrito encontrado

O poema misterioso

Ainda segundo a Revista, Gilberto Schwartzmann, presidente Associação de Amigos da Biblioteca Pública Estadual do RS, afirmou que o documento é original, mas define o poema como um “mistério”.

“Ver a grafia do próprio autor, no papel original, é uma coisa tão maravilhosa do ponto de vista de experiência humana, é como se a gente tivesse vendo um ser humano construindo arte, é diferente de ler um documento”. Quintana é uma pessoa muito importante na cultura brasileira, qualquer coisa que venha dele original tem grande importância pra nossa cultura como registro”, aponta Schwartzmann.

O Poema inédito de Mário Quintana

Canção do primeiro do ano

Pelas estradas antigas
As horas vêm a cantar.
As horas são raparigas,
Entram na praça a dançar.

As horas são raparigas…

E a doce algazarra sua
De rua em rua se ouvia.
De casa em casa, na rua,
Uma janela se abria.

As horas são raparigas
Lindas de ouvir e de olhar.
As horas cantam cantigas

E eu vivo só de momentos,
Sou como as nuvens do céu…

Prendi a rosa dos ventos
Na fita do meu chapéu.
Uma por uma, as janelas
Se abriram de par em par.

As horas são raparigas…

Passam na rua a dançar.
As horas são raparigas
Lindas de ouvir e de olhar.

As horas cantam cantigas
E eu vivo só de momentos,
Sou como as nuvens do céu…

Prendi a rosa dos ventos
Na fita do meu chapéu.

Uma por uma, as janelas
Se abriram de par em par.

As horas são raparigas

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