O filósofo indígena Ailton Krenak participou da última mesa da Flip, Festa Literária Internacional de Paraty, de 2021. Chamada “Cartografias para Adiar o Fim do Mundo”, o autor trouxe esperança, mas também críticas. Ele foi bastante crítico ao que chama de “capitaloceno”, quando a ação humana se manifesta sempre como resultado de relações econômicas de poder e desigualdade em um contexto global.
Ele deixou no ar uma crítica a todos que ficam tentando desesperadamente uma cadeira na ABL, chamando de “caretice ocidental” essa tentativa de uma cadeira abstrata.
“Os humanos estão encenando uma humilhante condição de consumir a terra. Estamos perdendo a mágica que nos faz seres transcendentes. Entristecer o mundo parece que é a vontade do capital. O capitalismo quer fazer um mundo triste, em que operamos como se fôssemos robôs. Por que nossos peixes têm de carregar microplásticos em suas estruturas?”,
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A pandemia ensina o que?
Sobre a pandemia de coronavírus, ele foi ainda mais duro. Disse que é típico do pensamento cristão ocidental achar que o sofrimento ensina. Para ele, a pandemia não ensinou nada, apenas matou.
“Se o vírus fosse pior que o humano, a gente teria desaparecido. A epidemia não vem para ensinar, mas para matar. Não sei de onde vem essa mentalidade branca de que o sofrimento ensina alguma coisa.”
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