O catador de recicláveis, Sebastião Duque, de 66 anos, destina parte de seus recursos obtidos com o trabalho do lixo para manter em funcionamento uma escola para crianças carentes, no bairro Rio Doce, em Olinda (PE).
O lugar, batizado como Nova Esperança, embora pequeno, atende 40 crianças, entre 2 a 6 anos. São 2 turmas e 2 professoras, mas já abrigou 100 alunos divididos em 4 turmas antes da pandemia. As professoras recebem uma mensalidade simbólica de R$ 40,00, o restante das despesas como os custos dos lanches, copos descartáveis, água, luz e material escolar é mantido com a colaboração do catador.
Órfão desde os 4 anos, Sebastião não teve oportunidade de estudar, pois trabalhava na roça na infância e adolescência. Quando se mudou para Recife, aos 33 anos, trabalhava como vendedor ambulante nas ruas da cidade. Após precisar ficar internado, por conta de um atentado à faca, fez uma promessa que se conseguisse sobreviver iria ajudar as pessoas.
Durante os últimos anos, de forma voluntária, ele ajudou na construção de aproximadamente 30 casas na comunidade. Além disso, também trabalha no conserto de cadeiras de rodas e entrega alimentos, brinquedos e roupas quando recebe doações.