Você já leu algum livro de um escritor ou escritora da Suécia? País que exporta alguns dos maiores bestsellers policiais para o mundo todo, inclusive para o Brasil, a Suécia tem uma literatura um pouco desconhecida pelos brasileiros – por nós, inclusive, que não tínhamos lido livros suecos antes desse papo, exceto, talvez, Pippi Meia-Longa.
Veja nosso papo sobre o assunto:
O NotaTerapia separou 5 livros de literatura sueca pra você conhecer mais da literatura do pais!
Barrabás, de Pär Lagerkvist
Barrabás é um romance de 1950 de Pär Lagerkvist. Ele conta uma versão da vida de Barrabás, o homem a quem a Bíblia relata foi lançado em vez de Jesus. O romance baseia-se na antítese: Jesus morre primeiro entre os três crucificados – Barrabás morre por último.
Doutor Glas, de Hjalmar Söderberg
“Doutor Glas” foi publicado pela primeira vez na Suécia em 1905, quando causou um enorme escândalo, em grande parte por tratar de dois temas polêmicos, o sexo e a morte. O alvoroço em torno de “Doutor Glas” girou ao redor da ideia de que ele estava defendendo o aborto e a eutanásia, e talvez até mesmo racionalizando o assassinato. É uma obra profundamente inquietante, tanto quanto certos sonhos são.
A Pequena Outubrista, de Linda Boström Knausgard
A Pequena Outubrista, de Linda Boström Knausgård, é o primeiro livro da premiada autora sueca publicado no Brasil. Entre 2013 e 2017, a autora foi internada coercitivamente numa enfermaria psiquiátrica, onde foi submetida a uma série de sessões de ECT (eletroconvulsoterapia), na qual descargas elétricas são utilizadas para desencadear algo parecido com uma convulsão epiléptica. É uma terapia corriqueira e considerada estabelecida no tratamento de vários distúrbios psíquicos, apesar de ainda não haver unanimidade entre os pesquisadores quanto a sua eficácia e seus efeitos colaterais. A Pequena Outubrista, terceiro romance de Linda Boström Knausgård, é não apenas um acerto de contas furioso com a psiquiatria, mas também uma esforço memorialístico desesperado e uma luta iníqua com portas que se fecham definitivamente, na qual a infância, a juventude, o casamento, a maternidade e o divórcio despontam como vislumbres e cujos personagens e lugares despontam sob clarões de relâmpagos.
A Saga de Gösta Berling, de Selma Lagerlöf
Uma natureza pungente, um lago deslumbrante volta e meia congelado, campos nevados, árvores imponentes e o cerco de animais ameaçadores como ursos, linces, lobos, e também mais dóceis como cães, cavalos e corujas. A eles ocasionalmente se reúnem criaturas fantásticas, como trolls, duendes e a ninfa da floresta. O distrito de Värmland, na fronteira da Suécia com a Noruega, é o cenário onde se desenvolve A saga de Gösta Berling, o primeiro livro publicado pela sueca Selma Lagerlöf (1858-1940), e ela, por sua vez, a primeira mulher a receber um prêmio Nobel de Literatura, em 1909. Esse romance incomparável, nunca publicado no Brasil, traz ainda um ensaio da escritora francesa Marguerite Yourcenar.
Inferno, de August Strindberg
Publicada em 1897, esta é a descrição de uma crise psicótica sofrida pelo autor enquanto vivia em Paris. Mais do que a narrativa autobiográfica de uma grave crise pessoal, Inferno suscita também uma fascinante discussão sobre os processos de criatividade artística e sua relação com os estados de sanidade ou loucura. É uma a obra chave para entender Strindberg. Inferno está ao lado de outros grandes relatos que dão forma a toda uma época do pensamento moderno e é texto essencial para se compreender a arte e a literatura de nosso tempo. Esta edição repõe em catálogo a clássica tradução de Ivo Barroso, revista e extensamente anotada, além de um apêndice com as memórias do médico e poeta Marcel Réja sobre Strindberg.