Em entrevista ao Globo, Presidente de Portugal defende leitura como impulso à economia: ‘É aposta no desenvolvimento a longo prazo’
Que a leitura é uma forma de desenvolver o futuro de um país, sabemos. Mas nem todos os governantes estão dispostos a apostar nos livros como uma forma de garantir um futuro melhor – são poucos, aliás, os que realmente acreditam nisso como uma política de Estado. O Brasil, por exemplo, parece estar seguindo o caminho oposto, com propostas de aumento do preço dos livros com a justificativa de que “só os ricos leem no país”.
Diferentemente do Brasil, Portugal parece estar apostando nos livros como forma de impulsionar a economia a longo prazo, principalmente no atual contexto de pandemia. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa defende com entusiasmo a educação e tem falado sobre como a leitura é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico.
Marcelo chegou a comentar, em uma entrevista para o Portugal Giro, sobre a proposta de aumento da taxação dos livros no Brasil:
“É evidente que há uma clivagem econômica e social muito acentuada. Quem lê mais, escreve mais e melhor. Marca o começo da vida. As escolas públicas e particulares têm o dever de corrigir essa desigualdade”
O presidente fez uma doação de 200 mil livros à biblioteca pública de Celorico de Bastos, no distrito de Braga, norte de Portugal, que leva o nome do presidente e é a vila onde nasceu a avó do presidente. Era a vila mais pobre de Portugal nos anos 2000. Após as doações, saiu da invisibilidade e abriram-se novas oportunidades de desenvolvimento. Hoje não ocupa mais o pior lugar no ranking de pobreza português.
Em uma longa e incrível entrevista, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa fala sobre como sua aposta na cultura e na educação por meio dos livros foi responsável por mudar a história dessa pequena vila e pode, também, transformar o país inteiro – e, quem sabe, servir de inspiração para outros países. Você pode ler a íntegra da entrevista no Portugal Giro, coluna d’O Globo, aqui.