Pesquisa revela que o brasileiro não lê pouco, ele lê muito, porém conteúdos, em sua maioria, de pouca profundidade
Uma discussão tomou o mundo de quem ama livros essa semana: a Receita Federal emitiu nota dizendo que só rico lê no Brasil – ou seja, pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos – e, por isso, os livros não precisavam ter isenção fiscal. Essa é, pelo menos a política desejada pelo ministro da economia Paulo Guedes: taxar livros no Brasil. Porém, o brasileiro lê mesmo pouco?
Segundo uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê bastante: em média, 2,43 livros por ano. Não é um número alto, na verdade é até baixo se comparado a alguns países orientais, como a Índia e a China, que são os países que mais leem no mundo, mas é um número expressivo.
O que a pesquisa revela, segundo matéria do Meon, é que o brasileiro não lê pouco. Pelo contrário, ele lê muito conteúdo, porém, em sua maioria, de pouca profundidade. Matérias jornalísticas mais curtas, resenhas e leituras no geral mais rápidas são os materiais mais lidos.

Sobre a pesquisa
Os dados foram recolhidos em pesquisa divulgada na 4ª edição dos “Retratos da Leitura no Brasil”, desenvolvida em março de 2016, pelo Instituto Pró-Livro e revela ainda que 30% da população nunca comprou um livro. Entre as principais motivações para a leitura das pessoas que foram ouvidas na pesquisa estão: o gosto pela leitura (25%), atualização cultural (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%) e atualização profissional ou exigência do trabalho (7%).
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