Várias versões para essa denominação são descritas. A primeira diz que, antigamente, as pessoas não tinham acesso à energia elétrica e liam à luz de velas. Quando as velas derretiam, acabavam engordurando os livros com sebo que se espalhava. Essa versão não se sustenta, pois é anacrônica.
A palavra “sebo” surgiu na década de 60 e a luz elétrica já existia no país. Outros diziam que os ávidos leitores costumavam levar os livros para todos os lugares embaixo do braço e acabavam sujando.
Porém, a versão que parece ser a mais aceita, conforme Sérgio Rodrigues, etimologista, e Eurico Brandão Júnior, dono do sebo Brandão, é que o termo tenha surgido pelo manuseio por diversas pessoas e, como as mãos têm sal, suor e gordura, os livros ficavam engordurados ou ensebados. Por isso, os alfarrabistas, vendedores de livros antigos usados, ficaram conhecidos no país como caga-sebos.
O Sebo Brandão, criado há bastante tempo no Recife, herdado por Eurico Brandão Júnior, confirma que seu pai foi o primeiro livreiro no país a adotar esse termo para o estabelecimento, nos anos 50. Porém, o comércio só se tornou popular na década de 60. Como era estranha essa denominação, os estrangeiros que passavam por lá na época chamavam-no de Mr. Sebo, por acreditarem que esse era o seu nome.
A maior parte da popularidade dos sebos se deu na região Nordeste, chegando posteriormente ao Rio de Janeiro. No entanto, a comercialização de livros usados já era bastante difundida na Europa. Os livreiros colocavam seu próprio acervo para comercializar e as trocas de exemplares ampliaram-se, principalmente, quando os títulos eram raros ou censurados.
Fontes:
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