Desafiado pelos aplicativos de transporte e pouco familiarizado com as novas tecnologias, o taxista Francisco Carlos da Silva, Carlos “Careca”, como é conhecido, investiu numa proposta para fidelizar os clientes. Ele trouxe para dentro do veículo um estímulo ao hábito da leitura entre os passageiros. Embora esse projeto tenha surgido em outros estados, é a primeira vez que Fortaleza conta com esse serviço.
Ao ver um zelador de um prédio descartar livros usados pelos moradores, surgiu a ideia e resolveu recolhê-los para dentro do carro. Após esse episódio, o projeto cresceu. O porta-malas virou uma biblioteca portátil.
Ao final de cada trajeto, ele distribui os exemplares com seu número de contato no verso de cada livro. A partir dessa proposta, amigos e clientes decidiram colaborar fazendo doações para o bibliotáxi. Com os títulos doados, o taxista ainda abastece a “geladeiras da cultura” e “casinhas de livros”, outros projetos espalhados pela cidade. Inclusive, já recebeu um exemplar pelo correio de uma passageira de outra cidade que utilizou seus serviços em visita a Fortaleza. Emocionado, ele disse ao site G1: “Dentro de um mundo violento como esse de hoje, você conseguir abordar as pessoas por esse lado é fantástico. E assim eu vou ganhando, devagarzinho, dos aplicativos”.
Fontes:
G1
Catraca Livre