O grande ator, comediante e poeta brasileiro Grande Otelo teve um começo de vida bastante sofrida. Ele era filho de uma mãe alcoólatra e um pai que morreu esfaqueado quando era jovem, Isto influenciou determinantemente sua personalidade que, apesar de tão engraçado, tinha um lado também soturno de poeta. O seu nome, na verdade, era Sebastião Bernardo da Costa.
O “grande” é um trocadilho inevitável de seu nome, ao chamar de grande o pequeno homem, negro, de origem humilde, com pai morto esfaqueado e mãe alcoólatra, só destaca aquilo que só o humor pode fazer: transformar em graça o que tinha tudo para dar errado.
Grande Otelo começou no teatro mambembe, passou para o Teatro de Revista, para o cinema e chegou a trabalhar em filmes de Orson Welles – que o considerava o maior ator brasileiro – e Werner Herzog. No cinema nacional, encontrou Oscarito com quem fez grande parte dos sucessos da carreira. Posteriormente, protagonizou a clássica adaptação de Macunaíma, de Mário de Andrade por Joaquim Pedro de Andrade.
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Mas de onde veio o apelido Grande Otelo?
O apelido surgiu na Companhia Lírica Nacional, onde o jovem tomava aulas de canto lírico. Graças a sua voz de tenor, seu maestro disse que um dia Sebastião cantaria a ópera Otelo, de Giuseppe Verdi. No começo era Pequeno Otelo, mas após a fama, a crítica carioca o denominou de Grande. A ópera, por sua vez, foi inspirada na peça de Willian Shakespeare, o Mouro de Veneza. Por sua pequena estatura recebeu o apelido de Pequeno Otelo, mas depois, a crítica o apelidou de “Grande Otelo”, por conta do seu inenarrável talento que o fazia ser imenso diante dos palcos e telas do cinema!