Anna e Tess estão de volta para provar que sim, um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar. E depois de assistir a este filme, você vai querer que ele caia três.

Chegou o momento dos anos 2000 serem revividos e revisitados para dar uma folga para os anos 80 e 90. Com isso, estamos recebendo notícias de sequências de filmes que fizeram muito sucesso, além de “Uma Sexta-feira muito louca”, como “O diário de uma princesa” e “O diabo veste Prada”.
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Depois de 22 anos do primeiro filme, “Uma sexta-feira mais louca ainda ” traz consigo Anna como mãe solo de Harper, uma menina apaixonada por surf e como toda adolescente ainda está se adaptando na vida. O quê importante dessa personagem aqui é que Harper tem uma desavença por uma nova “colega” de classe londrina super patricinha e oposta a ela, Lily.
Por conta de um incidente entre as duas na escola, Anna e Eric (pai de Lily) se conhecem e boom: paixão avassaladora. Tudo apenas para contexto e introdução já que isso acontece antes mesmo dos créditos iniciais.

Pausa aqui só para comentar que Manny Jacinto foi de ‘sem noção’ de The Good Place para um belo de um galã.

Ok, voltemos.
“Uma sexta mais louca ainda” compreende não só as adolescentes que se identificavam com a Anna lá atrás como também os presentes telespectadores. O filme é fresco e muito divertido.
Tess bem sucedida prestes a lançar um novo livro e entusiasta em um podcast sobre processo terapêutico familiar e Anna, agora como uma mãe solo que está prestes a se tornar madrasta. É nesse momento de conflito intra familiar e inter familiar que a fórmula se repete, mas sem se forçar ou ser cansativa.

Hoje, assim como grande parte das fãs de “sexta feira muito louca”, Anna é mãe, e então a identificação passa a ser também com a maternidade ainda sendo filha. Os problemas entre Tess e Anna, Anna e Harper, e ainda Harper e Lily.
Ou seja, uma confusão quádrupla onde todas as quatro trocam de corpo nos fornecendo incríveis risadas às custas das referências geracionais. Uso de tecnologia, cultura POP, música e por aí vai!
Assistindo agora como alguém que se identificava com a Anna adolescente posso dizer: “Eu estou velha!”

O que mais me agradou era antes meu receio, o fato de Anna não manter sua essência nessa continuação. E para a nossa alegria e pelo favor da coerência, Anna ainda continua sendo ela mesma, só que claro, madura. Pink Slip está aqui, galera, tem música, tem rock, tem “Take me away“.
Acredito que algo bem pequeno que possa ter me incomodado é a participação mínima do irmão mais novo de Anna. Que, sinceramente, se alguém não lembrasse que ela não era filha única não teria feito diferença.

Mas vamos falar de Jamie Lee Curtis, a atuação dela como adolescente, DE NOVO, está impecável! Claro que é hilário ver uma adolescente, ainda mais geração Z no corpo de uma mulher nos seus sessenta anos, ela entregou tudo quando a gente não achava que ela poderia melhorar mais.
A sinergia de Jamie e Lindsay é muito potente, parece que os anos não passaram e elas vivem mãe e filha intensamente.

Por fim, caso não tenha ficado claro, “uma sexta-feira mais louca ainda” tem 100% de aproveitamento de seus personagens com drama e comédia na medida certa. E foi bem feliz trazendo elementos novos para a narrativa. Dito isto, bora ao cinema?
Veja o trailer do filme aqui:

